terça-feira, dezembro 26, 2006

NATAL AMBIENTAL


Mais um ano passou e o Natal está de volta para animar as crianças e desanimar a carteira dos pais.
Nesta época em que todos se lembram dos mais necessitados (pena ser só nesta altura!), é bom que não nos esqueçamos do ambiente.
Pode dizer-se que no mês de Dezembro a produção de resíduos é bastante elevada, fruto do consumo desmedido que se verifica um pouco por todo o lado.
Neste sentido, a associação ambientalista Quercus, à semelhança do que fez em anos anteriores, enumera alguns conselhos para que todos tenham um Natal mais ecológico. Seleccionei apenas os conselhos “pós Natal”, tendo em conta a altura em que nos encontramos. Assim:
- Guarde os laços e o papel de embrulho para que os possa utilizar noutras ocasiões; muitas embalagens, caixas de prendas, papéis de embrulho podem ser utilizados pelas crianças para fazer divertidos objectos, como máscaras, porta canetas, etc.
- Separe todas as embalagens – papel/cartão; plástico; metal – e coloque-as no ecoponto mais próximo, evitando assim os amontoados de lixo que marcam o dia de Natal; este é um bom momento para verificar se foi um cidadão ambientalmente consciente nas suas compras.
- Depois das festas, vêm as limpezas. Procure reduzir a quantidade e perigosidade dos produtos de limpeza que utiliza. Prefira os biodegradáveis e/ou em recargas.
- Não deite as pilhas para o lixo, coloque sempre no pilhão. As pilhas recarregáveis são uma alternativa económica e ecológica.
- Reflicta ao longo do ano sobre a utilidade que foi dada às prendas que ofereceu.
- Mantenha-se solidário com as diversas campanhas que se vão desenrolando ao longo do ano.

Se seguir estes conselhos, terá certamente um Natal mais sustentável.

Resta-me finalmente, desejar-lhe a si caro(a) leitor(a) e a toda a sua família o Natal mais feliz de todos e que o próximo ano traga tudo aquilo que vocês desejarem.
Quanto a mim, voltarei no próximo ano com mais…

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

domingo, dezembro 10, 2006

OLIMPÍADAS DO AMBIENTE


Estão abertas, até ao próximo dia 05 de Janeiro de 2007, as inscrições para as XII Olimpíadas do Ambiente. Os destinatários são os alunos do 7.º ao 12.º ano de escolaridade do ensino diurno e nocturno de escolas públicas, privadas ou do ensino cooperativo, em Portugal Continental e Ilhas.
Trata-se de um concurso de problemas e questões relacionadas com o Ambiente, abrangendo diversas áreas tais como: conservação da natureza, recursos naturais, poluição, ameaças globais, politica ambiental, entre outros.
A iniciativa tem como objectivos principais incentivar o interesse pela temática ambiental, aprofundando o conhecimento sobre a realidade portuguesa e mundial. Pretende ainda estimular a capacidade oral e escrita, assim como desenvolver a curiosidade científica, estimulando o espírito de equipa e a dinâmica de grupo.
A coordenação está a cargo de uma equipa composta por elementos da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, da Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza e do Zoomarine - Mundo Aquático SA.
Existem duas categorias: A (do 7.º ao 9.º ano de escolaridade) e B (do 10 ao 12.º ano de escolaridade), sendo o preço da inscrição de 10 euros por categoria e por escola. Refira-se que a inscrição deverá ser feita na página de Internet da iniciativa, onde poderão também consultar o regulamento (ver site recomendado).
Todos os alunos inscritos nos anos escolares abrangidos são convidados a participar através da sua escola, e nenhum pode ser discriminado com base na idade, sexo, crenças religiosas, deficiências intelectuais ou motoras, competências específicas ou área de ensino.
O Concurso vai desenrolar-se em três eliminatórias: • 1ª Eliminatória – Teste escrito com questões de escolha múltipla e uma pergunta de desenvolvimento. São apurados para a segunda eliminatória os melhores alunos a nível nacional e também os melhores por escola.
• 2ª Eliminatória – Teste escrito com questões de escolha múltipla e duas perguntas de desenvolvimento. Esta eliminatória decorrerá nas escolas com alunos seleccionados. Para a Final Nacional, são apurados os melhores a nível nacional e os melhores por distrito/ilha.• Final nacional – Ao longo de um fim-de-semana, os finalistas realizarão um teste escrito com questões de escolha múltipla, uma prova oral em grupo, participarão num conjunto de actividades práticas (feira de experiências laboratoriais e descoberta de uma zona protegida) e um colóquio/debate na sessão solene de entrega de prémios. Os vencedores poderão ser posteriormente contactados pelos Serviços de Educação da Fundação Calouste Gulbenkian para participar no London International Youth Science Forum.Trata-se portanto de uma excelente oportunidade para os “nossos” alunos mostrarem aquilo que valem e provarem que o ambiente é para eles algo de muito importante.
SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: www.esb.ucp.pt/olimpiadas - Página das Olimpíadas do Ambiente

segunda-feira, novembro 27, 2006

COMPOSTAGEM NAS ESCOLAS



Arrancou no passado dia 06 de Novembro o projecto “Compostagem nas Escolas”. Desenvolvido pela Câmara Municipal de Portalegre e com a colaboração da VALNOR, o projecto abrange neste momento oito escolas da cidade de Portalegre: Escola Superior de Tecnologia e Gestão, Escola Superior de Educação, Escola Secundária S. Lourenço, Escola Secundária Mouzinho da Silveira, Escola B. 2,3 José Régio, Escola B. 2,3 Cristóvão Falcão, Escola Básica 1 da Corredoura e Escola Básica 1 dos Assentos.
O projecto foi pensado já em 2004, mas por várias razões arrancou apenas este ano. Antecipando o arranque da Central de Compostagem da VALNOR, no próximo ano, pretende levar aos jovens o processo da reciclagem orgânica, uma vez que quanto à reciclagem de inorgânicos como o papel, plástico e o vidro, as coisas têm corrido bem, fruto também das inúmeras acções de divulgação e sensibilização.

Foi entregue a cada escola participante um compostor, que é o recipiente semelhante a um contentor do lixo, no qual se vai desenvolver o processo da reciclagem orgânica. Foi seleccionada uma turma por escola para ficar responsável pelo compostor, no entanto todos podem participar colocando os resíduos orgânicos apropriados tais como: restos de hortaliça, cascas de fruta, folhas e sacos de chá, cascas de batatas, aparas de relva, folhas, ervas, ramos de arbustos, palha, entre outros.
No final do processo o que sobra é uma substância com cheiro a terra semelhante a um solo rico em substâncias orgânicas. O composto pode ser usado em relvados, jardins, quintais, à volta das árvores ou mesmo em plantas envasadas. Este fertilizante melhora a estrutura e porosidade dos solos, quer arenosos quer calcários, permitindo uma melhor retenção de água e nutrientes e um melhor arejamento, reduzindo a erosão. Alguns estudos demonstraram que o uso do composto diminui a ocorrência de determinadas pragas das plantas.
Refira-se que este processo é muito demorado, uma vez que é necessário algum tempo para a matéria orgânica entrar em decomposição, pelo que faço um apelo às escolas participantes, não desmotivem com o passar do tempo, pois o resultado final vai-vos surpreender certamente.
Bom trabalho para todos e que façam um bom composto.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado – http://www.cm-portalegre.pt/ (consultar o tema Ambiente e a secção compostagem doméstica)

domingo, novembro 12, 2006

CHUVA,CHUVA,CHUVA

Nesta secção, que estás prestes a comemorar dois anos de existência, resolvi iniciar com um artigo sobre as alterações climáticas. Agora, passado esse tempo, escrevo novamente sobre o assunto, até porque os acontecimentos dos últimos dias, levaram muitas pessoas a questionarem-se sobre o porquê de determinados acontecimentos.
Será normal chover tanto como tem chovido? E muitos dizem “Claro, estamos no tempo da chuva, se não chover agora quando vai chover?!” ou então “Com 60 anos de vida, eu nunca vi uma coisa assim, não sei de onde vem tanta água!”. Muitas são as opiniões, qual delas a correcta? Talvez não haja resposta correcta…

Iniciou-se no passado dia 06 de Novembro em Nairobi, no Quénia, a 12.ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas para as Alterações Climáticas. A Quercus também está presente através de um membro da Direcção Nacional Francisco Ferreira (por acaso, um antigo professor meu). Vários são os temas debatidos, entre eles: - Que objectivos para a redução de emissões de gases de efeito de estufa após o final do primeiro período de compromissos do Protocolo de Quioto em 2012? - Como envolver os países em desenvolvimento? - Que perspectivas para os Estados Unidos virem a integrar um compromisso no quadro de obrigações existentes e/ou a desenvolver? - Como lidar com o número cada vez maior de evidências relativas aos impactes das alterações climáticas à escala mundial e em Portugal.

A situação actual não está nada favorável, basta olharmos para as palavras do ministro do Ambiente queniano, Kivutha Kibwana, já durante a conferência: «As alterações climáticas estão rapidamente a emergir como uma das ameaças mais sérias que a humanidade alguma vez poderá enfrentar».
Portugal em 2004 estava 40,8% acima de 1990, obrigando o Protocolo de Quioto a um aumento limite de 27%. O Governo já assumiu que em relação à meta de Quioto de 76,3 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente se verificará uma ultrapassagem em 5,8 milhões de toneladas/ano, implicando um custo total de 348 milhões de euros que já começaram a ser assumidos pelos Orçamentos de Estado de 2006 (6 milhões de euros) e 2007 (72 milhões de euros) na constituição de um Fundo de Carbono. Para assegurar o cumprimento das estimativas de cumprimento do Protocolo de Quioto presentes no Programa Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC) publicado em Agosto de 2006, tal implica uma redução média das emissões de gases de efeito de estufa em cerca de 1% por ano entre 2004 (último ano com dados de emissões conhecidos) e 2012. Esta redução decorre da ultrapassagem prevista no PNAC atingir 36,6% acima dos níveis de 1990 (isto é, 9,6% acima dos 27% estabelecidos no Protocolo de Quioto). Sabendo-se que em 2005 houve um aumento das emissões em Portugal derivadas da seca, a redução deverá no entanto ser superior. Esta redução é vista pela Quercus e confesso, que por mim próprio, como muito optimista face à incapacidade de implementação das medidas de redução de gases de efeito de estufa previstas.

No final, vamos pagar (e muito) para poluir…

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: www.quercus.pr – Associação Nacional de Conservação da Natureza

quarta-feira, novembro 01, 2006

PERSU II

Está neste momento em discussão o Plano Estratégico dos Resíduos Sólidos Urbanos 2006-2016 (PERSU II) e a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) já fez sentir o seu desagrado com aquilo que está previsto acontecer.
Trata-se de um documento que visa estabelecer as normas para a próxima década, no que à gestão de resíduos sólidos urbanos diz respeito.
Vários são os pontos de discórdia, o que levou o presidente da ANMP a intervir durante esta semana, chamando a atenção dos portugueses que têm andado “distraídos” com a subida dos preços da electricidade.
As tarifas de resíduos sólidos, já elevadas, irão aumentar ainda mais. A situação pode tornar-se muito complicada para alguns dos municípios que já hoje sentem dificuldades em pagar as suas facturas aos Sistemas responsáveis pela gestão dos resíduos. Depois, quem acaba por sofrer são os munícipes, que vêm assim as suas contas no final do mês a aumentar cada vez mais. Esta tarifa vem normalmente indexada à factura da água.
Refira-se que apesar de em Portalegre essa tarifa já se encontrar presente há algum tempo, muitos são os municípios que ainda não a aplicam e esses terão certamente mais dificuldades num futuro muito próximo. No entanto a tarifa que os munícipes pagam, não consegue cobrir todas as despesas relacionadas com a gestão de resíduos.
A ANMP considera importante a existência de um Plano Estratégico de Resíduos Sólidos Urbanos para a próxima década, no entanto esse Plano deverá ser mais realista e não utópico, não descurando os cidadãos e as suas dificuldades económicas.

A gestão de resíduos é um problema que afecta a todos, pelo facto dos resíduos fazerem parte do nosso dia-a-dia. A mentalidade da população, apesar de estar um pouco diferente para melhor, está ainda um pouco antiquada. São já muitos os que apostam na reciclagem, no entanto ainda há muita gente que não quer saber de ecopontos para nada e ainda gozam quem faz a separação dos resíduos.
Nas escolas, a temática ambiental está cada vez mais presente, e espera-se que a próxima geração seja mais ecológica que a de hoje, uma vez que a continuar assim, qualquer dia não há onde colocar os resíduos. Repare-se que cada pessoa produz em média cerca de 1,5 kg de resíduos por dia, o que dá 45 kg por mês e 540 kg por ano. Isto, repito, apenas para uma pessoa!

O PERSU II é um documento bastante extenso. Por esta razão deveriam dar mais tempo às entidades envolvidas na discussão para que pudessem analisá-lo. Quanto a mim, o facto de darem pouco tempo para análise deste tipo de documentos tem algum objectivo…

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: www.anmp.pt – Página da Associação Nacional de Municípios Portugueses

segunda-feira, outubro 16, 2006

ALENENERGY

Numa altura em que estamos a poucos meses do encerramento de uma das principais indústrias da cidade de Portalegre, acaba de ser inaugurada uma nova firma virada para as energias renováveis.
ALENENERGY – Energias Renováveis, Lda., está localizada na Zona Industrial, mais concretamente na R. Eng.º Cipriano Caleya, 12 – Fracção A. Tem uma equipa jovem e dinâmica composta pelo Eng.º Civil Carlos Guedelha e o pelo Eng.º Mecânico Nuno Falagueira, com um objectivo comum, reforçar as energias renováveis num Alentejo que desperdiça imensas horas de sol por ano, que podem ser bem melhor aproveitadas.
Os produtos que apresentam são variadíssimos, no entanto podemos destacar os painéis solares térmicos, os painéis solares fotovoltaicos, as lareiras e os recuperadores de calor. Para completar o leque de soluções de climatização também comercializam piso radiante, pedras naturais radiantes, ar condicionado, etc.
No presente artigo, pretende-se dar a conhecer mais pormenorizadamente os painéis solares, os quais já foram objecto de destaque nesta secção.
O sistema solar térmico mais comum é o termosifão, que é composto por um circuito primário, no qual entra água da rede e sai água quente, e um circuito secundário, no qual temos água com glicol (anti-congelante). A água quente sobe do circuito secundário para o circuito primário, levando assim ao aquecimento.
No Inverno, com menos horas de sol disponíveis, existe um termóstato ligado a uma resistência eléctrica para proceder ao aquecimento da água.
O painel deverá estar virado a Sul e a sua inclinação deverá situar-se entre os 30 e os 45 graus. A ALENENERGY comercializa painéis com diferentes capacidades, entre os 150 e os 350 litros. A escolha correcta depende do número de pessoas a quem o aparelho vai servir, podendo fazer-se uma média de 50 litros por pessoa. Assim, para uma casa de quatro pessoas, o aparelho indicado será de 200 litros.
Quanto às principais vantagens podemos enumerar algumas:
Economia – um bom equipamento, dimensionado às suas necessidades, permite economizar cerca de 80% nas despesas com aquecimento de água;
Comodidade – a qualquer hora do dia ou da noite, terá sempre à disposição água quente e sem perca de pressão, podendo utilizar várias torneiras ao mesmo tempo;
Segurança – com um sistema solar nunca haverá perigo de intoxicação, incêndio ou explosão dentro da sua casa;
Defesa do ambiente – ao longo dos muitos anos que durará um sistema de aquecimento com energia solar, serão aquecidos muitos milhares de metros cúbicos de água sem queimar oxigénio nem produzir qualquer gás tóxico ou poluente;
Ausência de manutenção;
Crédito – Pode beneficiar de juros bonificados concedido por várias instituições de crédito, o que lhe permite pagar suavemente o equipamento.
Relativamente aos custos, os aparelhos podem variar entre os 1.700 € (painel de 200 litros) e os 3.300 € (painel de 350 litros), valores já com 12% de IVA incluído. Estes custos são relativos, uma vez que um bom sistema de aquecimento com energia solar paga-se a ele próprio com o dinheiro poupado em gás, num prazo de cerca de cinco anos. Refira-se ainda que, conforme estabelecido no diploma do Orçamento de Estado de 2003, artigo 85º, são dedutíveis à colecta do IRS, 30% das importâncias despendidas com a aquisição de equipamentos solares novos, com o limite máximo de 728 euros. Os beneficiários são todas as pessoas singulares, com rendimentos colectáveis não susceptíveis de serem considerados custos nas categorias B (rendimentos empresariais e profissionais).
Relativamente as empresas também têm benefícios mencionados no Despacho Regulamentar n.º 22/99, de 6 de Outubro, que estipula um período mínimo de vida útil de 4 anos do sistema solar, para efeitos de reintegração e amortização do investimento. Esta medida permite uma redução no IRC anual, acumulável com outros incentivos, que pode ter um impacte substancial na recuperação do investimento.
Para mais informações poderá deslocar-se à sede da firma, na morada acima indicada ou então contactar os responsáveis Eng.º Carlos Guedelha (917278861) ou Eng.º Nuno Falagueira (916821970).
A iniciativa merece todo o meu apoio e deverá merecer a atenção de todos, uma vez que está no caminho que deve ser seguido se queremos um mundo mais sustentável. Parabéns aos responsáveis e bons negócios!


SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

segunda-feira, outubro 02, 2006

CENTRAIS DE BIOMASSA

Estão entregues as candidaturas para o concurso lançado pelo Governo para a construção de 15 centrais termoeléctricas a biomassa florestal. No total foram entregues 36 candidaturas, sendo a central da Sertã aquela que atraiu mais concorrentes.
Após a abertura pública das propostas, a Direcção Geral de Energia informou que os lotes com maior potência (10 e 11 MW) foram os que mais candidaturas receberam, havendo dois dos três lotes de menor potência (2 MW) que não receberam qualquer proposta.

O lote 13, até 10 MW, no distrito de Portalegre, recebeu as candidaturas da Biomassas de Portalegre e da EDP – Produção Bioeléctrica, SA.

As centrais de produção de energia eléctrica a biomassa florestal utilizam como combustível a matéria florestal proveniente da silvicultura e dos desperdícios da actividade florestal. Assim é possível utilizar um resíduo que normalmente é depositado em aterro.
A valorização da biomassa florestal faz parte da estratégia nacional para a promoção e desenvolvimento das energias renováveis e de combate aos fogos florestais. Permite ainda reduzir a importação de combustíveis fósseis, como por exemplo o petróleo, e a emissão de dióxido de carbono para a atmosfera.

Os resultados do concurso, para o qual a entrega de propostas terminou no passado dia 19, deverão ser conhecidos no início de 2007. Os investimentos rondam os 250 milhões de euros.
Resta-nos portanto esperar para começar a valorizar os resíduos florestais, conseguindo assim produzir energia eléctrica.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado – www.dge.pt – Página da Direcção Geral de Geologia e Energia

domingo, setembro 10, 2006

MANIFESTAÇÃO ANTI-NUCLEAR

Recebi esta semana um e-mail do Sr. José Janela, o qual muito agradeço, no qual me é chamada a atenção para uma manifestação que vai ser realizada em Espanha no dia 09 de Setembro.
Trata-se de uma manifestação contra a Central Nuclear de Almaraz, organizada pela Confederação Espanhola “Ecologistas en Acción”.
A Central Nuclear espanhola localiza-se na província de Cáceres, junto ao Rio Tejo; fica portanto relativamente próxima do Distrito de Portalegre.
A Quercus, da qual o Sr. José Janela faz parte, irá marcar presença na referida manif e convida todos os sócios e activistas da causa ambiental a estarem presentes. O Núcleo Regional de Portalegre da Quercus assegurará alojamento gratuito a todos aqueles que se desloquem de locais mais afastados e tentará conjugar a disponibilidade de transportes com os colegas espanhóis. Se pretenderem informações mais detalhadas, deverão contactar o Núcleo Regional de Portalegre da Quercus, através do Sr. José Janela pelo e-mail: josejanela@yahoo.com.br.

A manifestação visa protestar contra a Energia Nuclear no seu geral, mas mais especificamente contra a Central de Almaraz, isto porque a Central em questão tem tido incidentes com regularidade, o último dos quais em Junho, tendo-se na altura medido nos arredores da Central, níveis de radioactividade superiores ao permitido.
Estes incidentes têm passado despercebidos do lado de cá da fronteira, isto apesar de no caso de haver um acidente grave, Portugal poder ser um dos principais afectados.

Pela proximidade que existe do nosso distrito à referida Central Nuclear, é importante que se batalhe contra este atentado ambiental, pois em caso de acidente, as consequências são irreversíveis.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado – http://www.ecologistasenaccion.org/ – página da Confederação Espanhola “Ecologistas en Acción”

segunda-feira, agosto 28, 2006

ECOVALOR DESCONHECIDO

Os portugueses encontram-se a pagar, desde Maio passado, uma taxa que a maior parte desconhece, conforme noticiou o Diário de Notícias, na edição de 23/Agosto/2006. Trata-se do ecovalor e é aplicado sempre que se compra um electrodoméstico novo, sendo uma taxa que suporta o custo do envio desse equipamento para a reciclagem.
O que acontece é que o sistema que recolhe e encaminha os resíduos para os centros de reciclagem ainda não está totalmente operacional, no entanto a referida taxa continua a ser aplicada.
A taxa é aplicada em inúmeros produtos tais como telemóveis, computadores, impressoras, aparelhos de ar condicionado, televisões, rádios, entre outros.
O custo adicional pode ser acrescentado ao preço do produto e assinalado na factura ou acrescentado sem ser de forma visível, dado que a lei não obriga à publicitação. Pode ainda ser incluído no custo do produto, sendo suportado pelo vendedor sem custos adicionais para o consumidor. Em suma, se em alguns casos o cidadão não sofre directamente o aumento, noutros está a pagar sem saber.
Para além disto, o cidadão também não sabe que também é responsável pela reciclagem desse produto quando ele se transformar em resíduo, ou seja, não sabe que o tem de entregar num local adequado (centro de recepção de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos – REEE).

O Instituto dos Resíduos garante que se trata de uma situação transitória, uma vez que aguardam apenas que as duas entidades gestoras destes resíduos informem onde vão ser os centros de recepção e avancem com as campanhas de sensibilização da população.
As entidades gestoras licenciadas pelo Ministério do Ambiente para gerir estes resíduos, a Amb3E e a ERP Portugal, consideram que a taxa deve ser aplicada mesmo sem o sistema estar completamente operacional, uma vez que há encargos de montagem do sistema, investimentos inerentes à recepção, logística, transporte e tratamento, para os quais é necessário que haja financiamento.
A Amb3E garante que em Setembro a recolha vai avançar na região de Lisboa, Porto e Litoral Oeste enquanto que a ERP Portugal, já fez este mês uma recolha de cinco toneladas junto dos grandes distribuidores.

Quanto às metas comunitárias que têm de ser atingidas são de quatro quilos de REEE por habitante e por ano, metas essas que as entidades gestoras acreditam que vão ser cumpridas.
Ficamos então a guardar pelas campanhas de sensibilização para a população, de modo a que sejam informadas que as taxas “fantasma” que andam a pagar, servem para alguma coisa.
SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado – http://www.inresiduos.pt/ – Página do Instituto dos Resíduos

segunda-feira, julho 31, 2006

REDE NATURA 2000 EM DISCUSSÃO


Realizou-se no passado dia 18 de Julho, uma reunião no Centro de Congressos da Câmara Municipal de Portalegre, no qual esteve presente o Secretário de Estado do Ambiente, Sr. Dr. Humberto Rosa, reunião essa organizada pela Secção de Municípios com Áreas Protegidas da Associação Nacional de Municípios Portugueses.
O encontro contou com a presença de vários autarcas e técnicos dos quatro cantos do país e foi bastante participada, tendo o debate alguns momentos acesos.
O tema que estava em cima da mesa era a Rede Natura 2000, tema esse já alvo de um artigo nesta mesma secção. Ainda assim, podemos relembrar o que é a Rede Natura 2000. Trata-se de uma rede de áreas designadas para conservar os habitats naturais e as espécies selvagens raras, ameaçadas ou vulneráveis. Esta rede representa o empenho dos países europeus na conservação dos seus recursos naturais a partir do ano 2000 sendo constituída por dois tipos de zonas: as ZEC (Zonas Especiais de Conservação - incluem habitats naturais e espécies de flora e fauna) e as ZPE (Zonas de Protecção Especial - incluem populações significativas de aves selvagens e respectivos habitats).

A Rede Natura 2000 vai aumentar as áreas protegidas do território nacional, situação que levanta alguma polémica entre os autarcas. Para além disto, a questão mais debatida foi o facto de não haver, até ao momento, financiamento que sirva de “incentivo” à aceitação por parte dos municípios destas novas regras.

Respondendo em nome do Governo, o Sr. Secretário de Estado, lá se foi defendendo, revelando que as questões financeiras não são o seu forte.
Todos queriam saber quanto iriam receber, ou se iriam receber algo. No entanto, os municípios foram informados que existem directrizes que não estão directamente relacionadas como o Governo, sendo linhas estratégicas definidas pela União Europeia.
A questão que se coloca é que há municípios que estão cobertos, quase a 100%, por área protegida. Estes municípios colocam várias questões, com toda a lógica, nomeadamente qual será o futuro, em termos de evolução para uma região assim classificada.
O Dr. Humberto Rosa refere que deveria ser um orgulho para qualquer município ter tanta área protegida, mas se pensarmos nos entraves que esse mesmo município terá cada vez que tentar fazer algo, como por exemplo uma qualquer construção, facilmente se percebe que as dificuldades serão muitas.

Já o tinha dito, no artigo em que abordei este tema, mas volto a repetir, é bom que se crie um balanço entre ambas as partes, para que ninguém saia prejudicado com isto.
Sou a favor do ambiente, mas também sou a favor do desenvolvimento. É necessário é que seja um desenvolvimento sustentável, evitando caminhar para posições extremistas, que a nada nos levam.
Aguardemos os próximos capítulos…
SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado - http://www.anmp.pt/anmp/secmun/index.html - Associação Nacional de Municípios

segunda-feira, julho 17, 2006

RESÍDUOS VOLUMOSOS

É com algum desagrado, que mais uma vez venho apelar à compreensão dos portalegrenses relativamente à deposição indevida de resíduos na via pública.
Quando, por exemplo, se procede à instalação de alguns contentores enterrados na nossa cidade, o objectivo principal é que terminem as montanhas de lixo que se iam amontoando à medida que cada um se lembrava de aí colocar o que bem lhe apetecesse. Com isso, conseguimos evitar a má imagem da nossa cidade, não só para os que nos visitam, mas acima de tudo para aqueles que aqui habitam.
No entanto, e apesar dos apelos feitos por variadíssimas pessoas (incluindo eu!), alguns continuam a agir como se nada fosse e como se vivêssemos ainda nos tempos que já lá vão.

Quando alguém tiver um ou mais resíduos volumosos (também conhecidos por monos ou monstros) para deitar fora, poderá agir de várias maneiras:
- Ligar para o Gabinete do Munícipe da Câmara Municipal de Portalegre, através do número grátis 800 200 150, solicitando essa remoção. Esta opção serve apenas para os moradores da cidade de Portalegre; quanto aos outros munícipes, existem nas freguesias rurais algumas cubas onde poderão depositar esses mesmos resíduos;
- Dirigir-se ao Ecocentro de Portalegre, inaugurado no passado dia 5 de Outubro, que se localiza na Zona Industrial de Portalegre.
As pessoas que se localizam noutros concelhos, deverão solicitar informação nas Câmaras Municipais respectivas.

Por vezes, há quem se queixe, e com alguma razão que ainda não há solução para um determinado tipo de resíduo e por essa razão não podem encaminhá-lo correctamente, mas por vezes isto é apenas uma desculpa, porque sempre que podem, lá vão eles deixar o seu sofá, o seu colchão, o seu frigorifico velho e outros mais, ao contentor mais próximo.
Felizmente para nós, há já muita gente que se preocupa com o encaminhamento correcto dos resíduos e ainda bem para nós, caso contrário estaríamos bem tramados!
Aqui fica, mais uma vez, o meu apelo para que se mudem os hábitos e para que caminhemos todos para a melhoria contínua, pois uma cidade nova com uma mentalidade velha não combinam, não acham?


SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

segunda-feira, junho 26, 2006

TÁXIS A GÁS

A discussão está lançada e prevê-se que em breve teremos os táxis movidos a gás natural.
A notícia, veiculada esta semana, não agradou a todos, como não poderia deixar de ser, principalmente pelo facto de haver necessidade de proceder a alterações nos veículos que requerem um investimento de cerca de 1500 euros.
Ainda assim, o gás natural, que virá em substituição do gasóleo, poderá permitir a redução de custos dos taxistas em cerca de 50%.
Esta alteração está prevista no Plano Nacional de Alterações Climáticas (PNAC) e visa reduzir a emissão de dióxido de carbono para a atmosfera (gás extremamente poluente).

Uma das questões que está a levantar alguma polémica prende-se com os locais de abastecimento. A ANTRAL - Associação Nacional dos Transportadores em Automóveis Ligeiros tem um plano, preparado há três anos, para pôr em marcha a reconversão que "nunca mereceu grande interesse das entidades que o podiam apoiar", disse Florêncio Almeida, o presidente daquela estrutura associativa. Segundo ele, o que os taxistas pediam não era muito. "Não queríamos sequer apoios para a reconversão das viaturas, apenas pedíamos terrenos às autarquias para instalar postos de abastecimento de gás natural, que a Fundação ANTRAL exploraria". E garante: "Esses postos seriam explorados por nós, mas o eventual lucro reverteria a favor da assistência social na velhice e na doença aos taxistas e suas famílias." Para Florêncio Almeida, a implementação desta medida exige uma garantia de fornecimento daquele combustível aos taxistas. Mas, até ao momento, não existe em Portugal nenhum posto de abastecimento público de gás natural comprimido.
Na opinião da ANTRAL, a reconversão dos veículos não faz sentido, uma vez que se poderia aproveitar para que, à medida que fossem substituídos os carros mais antigos da praça, os novos viessem já preparados para o gás natural.
Para isto, será também importante o aparecimento de benefícios fiscais para a aquisição destas viaturas, de modo a incentivar os taxistas a adquiri-las.

Para além dos táxis, é bom que a medida seja adoptada para todos os transportes públicos, conseguindo assim uma redução superior de dióxido de carbono e ainda, possibilitando a redução dos preços praticados pelas transportadoras.

Na Área Metropolitana de Lisboa, vão desde já dar um enorme passo nesta matéria, uma vez que quase toda a sua frota de carros de recolha de resíduos vai começar a utilizar gás natural, conforme noticiou o Diário de Noticias no passado dia 20 de Junho.
Uma boa prática, sem dúvida, o que é sempre de louvar.


SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

segunda-feira, junho 12, 2006

SEMANA EM CHEIO

Caros leitores, como certamente se aperceberam através dos meios de comunicação social, comemorou-se na passada 2.ª Feira, dia 5 de Junho, o Dia Mundial do Ambiente.
Ao contrário de anos anteriores, este ano não se realizou a iniciativa “Serra Limpa, Serra Protegida”, não só pelo facto do dia 5 de Junho coincidir com um dia de semana, mas também pela decrescente participação, ano após ano, das gentes da nossa terra (o eterno problema!). Ainda assim, há a assinalar uma série de inaugurações que decorreram nesse mesmo dia. Consciente de que essas inaugurações serão alvo de uma análise mais pormenorizada por quem de direito (entenda-se jornalistas), pretendia destacar dois acontecimentos: a inauguração do Ecocentro de Portalegre e a entrada em funcionamento dos contentores enterrados.

Comecemos então pelo Ecocentro, que está localizado na Zona Industrial, mesmo em frente ao Centro de Formação Profissional. Neste espaço, o munícipe poderá depositar diversos tipos de resíduos tais como papel, cartão, plástico, vidro, velhos electrodomésticos, madeiras não tratadas, restos de jardinagem e óleos alimentares. Refira-se que a deposição de resíduos é gratuita, podendo ser feita de 2.ª a 6.ª Feira, dos 09h-12h e das 14h-18h, enquanto que nos sábados o horário é das 08h-13h. Como vê, tem mais uma razão para não depositar os resíduos volumosos junto aos contentores!

O outro assunto sobre o qual queria falar, é relativo aos contentores enterrados, sobre os quais já escrevi um artigo nesta secção.
Para já, os contentores existentes localizam-se no Bairro dos Assentos, na Urbanização do Planalto, no Largo dos Combatentes, no Largo Dr. Frederico Laranjo, na R. Guilherme Gomes Fernandes (frente à Câmara Municipal de Portalegre), no início da Rua Torre do Pessegueiro (frente ao Restaurante Poeiras) e na Urbanização Bela Vista (perto dos Bombeiros Voluntários).
Nestes locais, assim que os contentores entraram em funcionamento, os contentores verdes que antes existiam foram retirados. O que acontece é que há pessoas que devem pensar que alguém roubou os contentores ou então que os contentores foram a arranjar, uma vez que continuam a depositar os resíduos nos locais onde se encontravam anteriormente!
Sei que há ainda algumas dúvidas sobre que tipos de resíduos podem aí ser colocados, no entanto todos os contentores dão essa informação. Ainda assim, e como há pessoas que não sabem ler, poderão identificar através das cores: castanho (lixo comum), verde (vidro), amarelo (plástico), azul (papel e cartão).
Pior ainda são aquelas pessoas que sabem ler, que não são daltónicas, mas que ainda assim continuam a agir de modo a prejudicar o ambiente; quanto a essas…

Termino com mais uma novidade. Criei há pouco tempo uma página na Internet, na qual coloquei todos os artigos que escrevi até ao momento e que será actualizada sempre que sair um novo artigo. Fi-lo a pensar em vós, que acompanham a Fonte Verde e que por vezes me solicitavam via mail, artigos já publicados. Se tiverem oportunidade visitem-na, poderão aí comentar os artigos, deixar uma opinião ou fazer uma pergunta. O endereço é http://fonteverde.blogspot.com

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

sábado, maio 27, 2006

ENERGIA NUCLEAR

A Quercus, Associação Nacional de Conservação da Natureza, publicou no passado dia 22 de Maio um comunicado no qual referem que a realização de um referendo sobre a introdução da energia nuclear em Portugal, não deverá ser para já uma prioridade.
Segundo a organização não governamental, apenas fará sentido a realização desse mesmo referendo quando estiver definido o local de instalação da central e acima de tudo, quando a energia nuclear for considerada uma opção estratégica para Portugal.
A Quercus apresenta várias razões para esta energia não ser considerada como opção estratégica para o nosso país. “Contrariamente ao que vem sendo apregoado pelos apologistas da central nuclear, esta forma de energia não conseguiu ainda ser economicamente viável, a não ser quando lhe são oferecidas condições muitos especiais quer ao nível de apoios ao financiamento, quer ao nível da passagem de responsabilidades para o Estado”. É pois difícil de acreditar que um projecto como este consiga vingar sem o apoio do Estado.
Este tipo de energia não permite diminuir a dependência do petróleo, o que é um grande problema do nosso país.
Não se trata de uma energia limpa, uma vez que liberta bastante dióxido de carbono ao longo do seu ciclo de vida e produz imensos resíduos perigosos, cujo seu tratamento não é possível.
O risco de ocorrência de acidentes não pode ser excluído, por muito que se afirme que é uma tecnologia segura. Se assim fosse, não haveria necessidade de estar estabelecido internacionalmente o limite de responsabilidade financeira de uma central em caso de acidente. O fundo estabelecido internacionalmente implica que, em caso de ocorrência de um acidente em Portugal onde 10% da população fosse afectada, cada um desses cidadãos receberia 1500€ de indemnização, sendo que desse valor, a central pagaria 47%, o Estado 33% e a comunidade internacional 20%.
A localização deste tipo de infra-estrutura é outro dos entraves com que a energia nuclear se depara, uma vez que é necessária muita água para a sua laboração e com os problemas de seca que temos, não será fácil arranjar um local com água em abundância.
Para além deste factor, existe ainda a opinião pública, que nestas coisas é sempre muito severa! Existe o chamado efeito Nimby, no qual as pessoas referem que podem fazer o que quiserem, desde que não seja às suas portas e neste caso, ninguém vai querer ter uma casa com vista para a central nuclear…
Em suma, a Quercus considera que este não é o debate mais urgente, importa sim implementar efectivamente a eficiência energética, poupando dinheiro ao país, assim como melhorar o desempenho das energias renováveis e aumentar a sua contribuição nacional, estimulando ao mesmo tempo o emprego descentralizado e promovendo o desenvolvimento local.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://quercus.sensocomum.pt/ - página da Quercus

INICIATIVA ECO-CORAÇÃO

Realizou-se no passado Domingo, dia 7 de Maio, mais uma edição das Festas do Sr. dos Aflitos. A romaria de anos anteriores repetiu-se, levando imensas pessoas a percorrer todo o trajecto a pé. Em simultâneo com a realização da festa religiosa, a Câmara Municipal de Portalegre levou a cabo uma iniciativa, na qual tive a oportunidade de estar envolvido, denominada “Eco-Coração”, realizada com o objectivo de sensibilizar as pessoas para a importância de andar a pé, não só para a saúde mas também para o ambiente.
Tendo como lema “…de coração no ambiente…”, a iniciativa consistiu em distribuir t-shirt`s, cujo logótipo foi desnhado pela Gabinete de Comunicação da CMP, e panfletos às pessoas que se deslocavam a pé, alertando-as para o facto de, para além do exercício físico ser também muito importante mantermos uma alimentação saudável.
Foram distribuídas 250 t-shirt`s, com o patrocínio da Delta Cafés e cerca de 400 panfletos, gentilmente cedidos pela Fundação Portuguesa de Cardiologia.
As t-shirt`s foram obviamente escassas para tanta procura, tendo a distribuição durado não mais que dez minutos. Sabemos que muitos foram os que ficaram tristes por não terem levado uma para casa, no entanto era impossível dar uma t-shirt a cada pessoa.
Esta iniciativa contou ainda com a magnífica colaboração do Agrupamento n.º 142 dos Escuteiros, que efectuaram a limpeza do percurso que vai desde o cruzamento da estrada do Crato até à Capela, apanhando imenso lixo que as pessoas continuam a deitar nas bermas da estrada. Durante o percurso estavam duas faixas que alertavam para a protecção do ambiente e estavam distribuidos baldes para a deposição do lixo e caixas amarelas da Valnor para deposição de plásticos e metais, para reciclagem. Ainda assim, há quem continue a preferir o depósito nas bermas.
Para além disto, solicitámos o apoio da Escola Superior de Saúde para que nesse dia estivessem no local da festa a medir a tensão arterial e avaliar os níveis de colesterol das pessoas, no entanto pelo facto de na véspera se ter realizado a Queima das Fitas, levando a que muitos alunos se tivessem ausentado com as suas famílias, esse pedido não pôde ser atendido.
Tendo a perfeita consciência que não conseguimos chegar aos milhares de pessoas que aí se deslocaram, por vários motivos, consideramos que a iniciativa correu bastante bem, tendo os objectivos sido atingidos.
Reforço mais uma vez o apoio prestado pela Delta Cafés, Fundação Portuguesa de Cardiologia e Agrupamento n.º 142 dos Escuteiros, sem os quais a realização desta iniciativa, promovida pela Câmara Municipal de Portalegre, não teria sido possível.
Não podia terminar sem vos pedir que apareçam este fim-de-semana nas Festas de Nossa Sr.ª da Penha, onde este ano sou festeiro pela primeira vez. Poderão provar as belas sardinhas e conviver um pouco, contribuindo assim para que a tradição não morra.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://cardiologia.browser.pt/ – Página da Fundação Portuguesa de Cardiologia

O AMBIENTE NAS COMPRAS

A edição n.º 268 da revista Proteste (Abril), vem alertar os consumidores para o facto de não esquecerem o ambiente enquanto efectuam as suas compras, razão pela qual esta semana resolvi debruçar-me sobre esse assunto.
Ao contrário do que acontecia há uns anos atrás, as grandes superfícies comerciais vieram substituir o comércio tradicional, o que só veio trazer, na maior parte dos casos, fortes impactes ambientais.
Nestes espaços comerciais, existe um grande consumo de recursos, tais como água e energia. Existe ainda uma enorme produção de resíduos, nomeadamente de embalagens. Por este facto, os hipermercados deverão optar por uma correcta gestão ambiental, seleccionando produtos com menor impacto e sensibilizando os consumidores para que escolham esses mesmos produtos.
Centremo-nos agora em exemplos concretos.
A deposição de pilhas usadas é já uma preocupação da maior parte dos hipermercados, no entanto deveria dar-se mais informação aos consumidores sobre quais os benefícios para o ambiente da deposição dessas mesmas pilhas. A par das pilhas, existem também alguns locais que recebem os tinteiros e tonners das impressoras.
Quanto às arcas congeladoras, a maior parte delas são abertas, o que provoca um gasto enorme de energia, razão pela qual estas deverão ser substituídas por arcas fechadas, evitando assim o desperdício de energia.
Devem incentivar os consumidores a optarem por escolher lâmpadas economizadoras, uma vez que estas reduzem o consumo energético. As pessoas normalmente não optam por estas lâmpadas por serem mais caras, no entanto há estudos feitos que revelam que aquilo que poupamos em energia é superior aos gastos efectuados na sua aquisição. Podemos optar por estas lâmpadas apenas nos locais onde estamos com mais frequência, como por exemplo a sala de estar.
Devemos optar por produtos locais frescos e/ou da estação, ajudamos assim a diminuir a emissão de gases com efeito de estufa, uma vez que o uso de transportes é menor e nem sempre é preciso refrigerá-los. Para quem se preocupa com estas questões, pode optar por produtos de agricultura biológica, que reduzem o impacte negativo sobre o solo, a água e o ar, pois não utilizam pesticidas.
Os hipermercados deverão disponibilizar aos consumidores informações das quantidades de produtos que enviam para reciclagem, incentivando assim também esses mesmos consumidores à separação dos resíduos.
Em suma, os super e hipermercados podem influenciar consumidores, fabricantes e importadores para uma melhor gestão ambiental. Podem obrigar os fabricantes a produzir de forma mais ecológica e incentivar os consumidores a optar por esses produtos. Devem propor sistemas de redução do lixo, como sacos reutilizáveis.
Dado que normalmente as cadeias de distribuição vendem as suas próprias marcas, podem seleccionar convenientemente os produtos que desejam associar à sua marca. Estas cadeias possuem as suas próprias revistas de divulgação de informação e folhetos promocionais, o que lhes permite utilizá-las para a difusão da mensagem ambiental.
Se tirarem uma pequena fatia dos enormes lucros que todos os anos atingem e a utilizarem na melhoria do sistema de gestão ambiental, não é só ambiente que fica a ganhar, somos todos nós.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.deco.proteste.pt/ – portal do consumidor

PONTE DE SÔR A ENERGIA SOLAR

Caros leitores, é com muita alegria que vos comunico uma boa noticia para o ambiente da nossa região. Desta feita falo-vos em concreto de Ponte de Sôr.
Com o objectivo de tentar minimizar os custos de gás, a autarquia de Ponte de Sôr lançou um concurso para a aquisição de painéis solares a instalar no complexo desportivo
Em declarações ao portal AmbienteOnline (http://www.ambienteonline.pt/), Sandra Catarino, técnica da autarquia, explicou que o aquecimento das piscinas é um dos principais responsáveis pelo consumo daquele recurso.Através do uso às energias renováveis, «pretendemos alcançar uma poupança de aproximadamente 90 por cento», sublinhou. Para além da piscina, os painéis serão também instalados no estádio municipal, campo multiusos e pavilhão desportivo.Esta tem sido uma das apostas do Executivo municipal, liderado por João Taveira Pinto, que pretende instalar aqueles instrumentos nas escolas do 1º ciclo. «Estão a decorrer concursos para remodelação desses estabelecimentos de ensino, cujas empreitadas contemplam a instalação de painéis solares. O mesmo acontece com os novos centros comunitários», acrescentou.A base de licitação é de cerca de 335 mil euros e o concurso destinado à montagem e fornecimento de painéis solares para a zona desportiva terá a duração de 70 dias, contado a partir da data de adjudicação. Segundo Sandra Catarino, a intenção da câmara municipal é a de que os painéis já possam estar a funcionar no final do próximo semestre.O financiamento será assegurado por verbas inscritas no orçamento do município e o contrato enquadra-se no Programa Operacional da Energia.
Já aqui vos falei, em artigos anteriores, da importância em apostar nas energias renováveis, diminuindo assim a dependência do petróleo, pelo que considero esta opção, por parte da autarquia de Ponte Sôr, uma mais valia para toda a população em geral assim como, inevitavelmente, para o ambiente.
Boas práticas são sempre de louvar, pelo que expresso aqui os meus parabéns pela iniciativa.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

CONTENTORES ENTERRADOS

Se por acaso já passou no Bairro dos Assentos e não anda muito distraído, certamente já se apercebeu de qualquer coisa de diferente por aquelas bandas!
É verdade, os contentores enterrados chegaram aos Assentos.
Pelo facto de eu ter acompanhado a sua colocação e de muita gente me ter questionado sobre o porquê de tantos e tão grandes buracos, esta semana resolvi escrever um pouco sobre a nova coqueluche do mobiliário urbano da nossa cidade.
Os contentores enterrados, há muito vistos em outras cidades, estão finalmente a chegar à nossa cidade. Estes contentores têm uma capacidade de 3m3, equivalem portanto a três contentores verdes dos maiores.
Ao contrário do que muita gente pensa, a sua recolha não é efectuada por aspiração, sendo feita com o carro normal da recolha de resíduos. O carro possui uma grua que eleva o contentor, encaixando-o na traseira do carro, sendo o método de despejo semelhante ao convencional.
Estes contentores têm bastantes vantagens, quando comparados com os contentores de superfície. Para além da sua capacidade ser superior, como já referi, também em termos estéticos são bastante mais atractivos, uma vez que à superfície existe apenas um marco em inox com cerca de um metro de altura, para as pessoas depositarem os resíduos. Assim eliminamos o forte impacto visual, tão característico dos contentores de superfície, assim como minimizamos os cheiros desagradáveis.
No Bairro dos Assentos estão a ser instalados 18 contentores, permitindo assim substituir 54 contentores de superfície, ou seja, quase todos os contentores existentes nos Assentos.
A colocação destes contentores implica a verificação prévia das infra-estruturas existentes no subsolo, uma vez que é necessário abrir um buraco com cerca de dois metros de profundidade. A tarefa não é nada fácil, uma vez que o subsolo está “minado” de cabos e tubagens. Isto leva a que nem sempre consigamos colocar os contentores onde tínhamos inicialmente previsto.
Daqui para o futuro, o objectivo será substituir todos os contentores de superfície pelos contentores enterrados. No entanto, pelo facto de serem ainda bastante caros, esse objectivo será cumprido a longo prazo, isto claro, se entretanto não surgirem outros mais modernos.
Refira-se que estes contentores colocados nos Assentos são apenas para colocar os resíduos sólidos urbanos indiferenciados, vulgo lixo. Quanto aos ecopontos enterrados, ficamos à espera que a VALNOR decida iniciar a sua colocação, é que agora os enormes ecopontos, ficam a destoar dos novos contentores enterrados, não acham?!

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

ECO-CIDADANIA

Com o objectivo de comemorar o dia Mundial da Árvore e das Florestas (21 de Março) e o Dia Mundial da Água (22 de Março), a Câmara Municipal de Portalegre vai levar a cabo uma semana de actividades, entre 20 e 24 de Março, denominada Eco-Cidadania – Educação ambiental para a participação.
Trata-se de uma Ecoteca móvel que irá percorrer as escolas do nosso concelho, interagindo com os alunos.
Essencialmente destinada às crianças das escolas do 1.º ciclo, a iniciativa visa o desenvolvimento da consciência cívica dos jovens como elemento fundamental no processo de formação de cidadãos responsáveis, críticos e intervenientes, proporcionando uma participação activa na Comunidade.
Pretendem-se desenvolver acções de participação/aprendizagem ambiental baseadas na realização de eco-actividades, centradas nas temáticas da Água, Resíduos, Solo e Conservação da Natureza.
As actividades a desenvolver, contam com o apoio de um recurso itinerante, uma carrinha transformada em Ecoteca, que está equipada com meios informáticos (computadores, ligação à Internet), equipamentos audiovisuais (ecrã plasma), que permitem a realização de jogos interactivos e visualização de vídeos temáticos.
No final da sessão, as crianças recebem um certificado de Criança Eco-cidadã e ficam registadas no Clube Eco-vivo, que regularmente disponibilizará informações sobre eventos e eco-notícias.
Durante os cinco dias, as actividades irão chegar até 407 crianças, oriundas de 16 escolas diferentes, tentando assim sensibilizá-las, para que elas possam encaminhar esses ensinamentos aos seus pais, uma vez que nestas matérias são as crianças que dão enormes lições aos pais!
Refira-se que depois de muitos anos a comemorar o Dia Mundial da Árvore com a plantação de novas árvores, penso que se trata de uma boa ideia fazer algo de diferente e as crianças vão agradecer certamente. Não tenho nada contra as árvores, antes pelo contrário, só acho que às vezes é preciso mudar…

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.cceseb.ipbeja.pt/eco

MONÓXIDO DE CARBONO

Existe um novo produto no mercado, disponibilizado pela Galp Energia. Trata-se de um produto inovador e que, acima de tudo, poderá salvar a vida das pessoas. Só é pena o produto ter um nome estrangeiro, Safeair, o que traduzido significa ar seguro.
Mas o que é afinal o Safeair? Trata-se de um aparelho doméstico que detecta a presença de monóxido de carbono na atmosfera, emitindo um sinal sonoro sempre que a presença deste gás tóxico atinja níveis perigosos, informando assim da necessidade de arejar o local e de se tomarem as medidas necessárias de prevenção e segurança.
O monóxido de carbono (CO) é formado pela combinação de um átomo de carbono e de um átomo de oxigénio. É um gás inflamável, inodoro e muito perigoso devido à sua toxicidade. A vida não é mantida em atmosfera de CO e este é produzido, entre outros métodos, por uma combustão incompleta provocada por falta de oxigénio. Por consequência, existe um risco de provocar acidentes domésticos se os sistemas de aquecimento (lareiras, aquecedores, caldeiras ou esquentadores) não forem correctamente utilizados.
O monóxido de carbono combina-se com a hemoglobina do sangue de forma irreversível diminuindo a capacidade de transporte do O2 dos pulmões até aos tecidos, causando dificuldades respiratórias e asfixia. Possui uma afinidade para se combinar com a hemoglobina 210 vezes superior à do oxigénio. A transformação de 50% da hemoglobina em carboxihemoglobina pode conduzir à morte; diminui a percepção visual, a capacidade de trabalho ea destreza manual.
O Safeair é produzido de acordo com as normas europeias e destaca-se pela facilidade de instalação e utilização, e funciona permanentemente durante cinco anos sem necessidade de substituição de baterias.
Quanto ao preço do equipamento, ronda os 34 euros, mas tendo em conta que pode poupar vidas humanas, não se pode considerar que seja caro.
O lançamento deste produto ocorre pouco tempo depois do início da campanha de informação que a Direcção Geral de Geologia e Energia (DGGE) lançou com o lema “O monóxido de carbono não se vê, não se cheira, não se ouve, mas mata”, que visa alertar a população para aquele perigo.
Com este produto continuamos a não ver e a não cheirar o monóxido de carbono, no entanto já temos algo que nos pode avisar do perigo.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: www.galpenergia.pt– Página da Galp

METAS DA RECICLAGEM

Mais um ano se passou e é hora de balanços. Segundo os resultados recentemente divulgados, ainda provisórios, Portugal vai cumprir as metas de 2005 relativamente à reciclagem de embalagens, com excepção do plástico. Os dados foram apresentados pelo Secretário de Estado do Ambiente, no passado dia 3 de Fevereiro.
A Directiva Europeia de 1994 definiu como meta de reciclagem de embalagens os 15 % para cada material. Na maior parte das fileiras, esta meta foi largamente ultrapassada. Vejamos o caso do papel e cartão (60% reciclado), metal (57%), vidro (41%). Quanto às embalagens de plástico, não fomos além dos 11%, razão pela qual a meta não foi atingida.
Existem algumas explicações possíveis para o facto de esta meta não ter sido atingida. A principal razão, que está já a ser sujeita a uma investigação pelo Instituto dos Resíduos e a Inspecção-Geral do Ambiente, é a exportação de plástico sem haver qualquer controle. Refira-se que até ao momento foi já detectada a exportação de mais de 2000 toneladas de plástico!
O facto de ter havido incumprimento nesta fileira, não significa que vamos sofrer penalizações. O que vai acontecer é que existirão incentivos para melhoria da eficácia e recuperação do atraso da reciclagem dos plásticos.
Na minha opinião, para além destes incentivos é também necessário que haja uma inspecção mais apertada, para evitar que alguém se ande a aproveitar do esforço efectuado pelos portugueses, no que à separação de resíduos diz respeito.
É também necessário, agora falando mais concretamente em Portalegre, que os responsáveis pela recolha selectiva, no caso a VALNOR, não deixem os resíduos acumular nos ecopontos, para que as pessoas não se desmotivem. Para além disso, é preciso que comecem a recolocar os pilhões que retiraram de muitos dos ecopontos. Não podemos ensinar as pessoas a fazer a separação e depois tirar-lhes “o pão da boca”.
Quanto às pessoas que fazem a separação, precisam de ter também consciência que ao separem não me estão a ajudar a mim, ao meu vizinho, à Câmara ou a outra entidade qualquer, de uma vez por todas há que haver consciência que estamos todos a contribuir para o nosso bem estar e para o aumento da auto-estima, em prol do ambiente.
Agora estamos já a pensar nas metas para 2011, que serão mais apertadas, vejamos: vidro (60%), papel e cartão (60%), metais (50%), madeira (15%), plásticos (22,5%). Posto isto terá de haver um esforço enorme, tanto dos agentes responsáveis como de todos nós, para que estas metas sejam atingidas.

Mãos à obra!

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: www. naturlink.pt – portal sobre ambiente

INCUMPRIMENTO À VISTA

Mais um ano se passou e conseguimos atingir um novo recorde no que à poluição diz respeito. Para não variar, Portugal atinge o primeiro lugar sempre que se trata de algo prejudicial, rotulando o país de uma imagem muito pouco colorida.
Depois da Rede Eléctrica Nacional disponibilizar os dados para 2005 assim como a Direcção Geral de Energia e Geologia, estes referentes às vendas de gasóleo e gasolina em Portugal, a Quercus efectuou os cálculos envolvendo as emissões do dióxido de carbono (principal gás de efeito de estufa) das diferentes centrais termoeléctricas e da venda de combustíveis para veículos. Chegaram à conclusão que o valor, comparado com os últimos anos, é um valor recorde em termos de poluição desta natureza.
Uma das possíveis causas para esta situação tem a ver com a incapacidade de resposta da parte dos sucessivos Governos na implementação de medidas de conservação de energia e de rápida expansão de energias renováveis.
A taxa de carbono, um dos instrumentos recentemente prometidos pelo Governo, está por implementar. Esta taxa é fundamental para gerar receitas para que o país faça uso aos mecanismos de Quioto, principalmente o mercado de emissões e o mecanismo de desenvolvimento limpo: investimentos em projectos em países em desenvolvimento, nomeadamente na área das energias renováveis, que permitirão descontarem na quota de Portugal as emissões de gases aí reduzidas.
Muitas das medidas aprovadas recentemente poderão ter um efeito relativamente marginal se não conseguirmos poupar energia. A conservação de energia é dez vezes mais rentável que o investimento em energias renováveis, no entanto não tem recebido a atenção suficiente, optando-se apenas por conceder benefícios fiscais para a instalação de energias renováveis.
A floresta, que funciona de sumidouro do dióxido de carbono, está também em risco como bem sabemos, principalmente devido aos incêndios, pelo que por esta via não conseguimos “dissolver” o dióxido de carbono existente.
A Quercus defende que é preciso prosseguir com os compromissos do Protocolo de Quioto, incentivar a população à conservação da energia, ter em atenção a eficiência energética nas construções e continuar a apostar nas energias renováveis.
Para além disso, deverá haver um poder de adaptação face às novas condições existentes no que respeita a alterações climáticas (vagas de calor, cheias, etc.), conforme os resultados apresentados no passado dia 30 de Janeiro pelo Projecto SIAM II (estudo das alterações climáticas em Portugal).
Não poderia terminar sem deixar as minhas sinceras condolências à família do colega José Tuna. Lembrem-se que há pessoas que nunca morrem, pois deixam em nós um carimbo que jamais alguém apagará.

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Site recomendado: www. quercus.pt – Associação Nacional de Conservação da Natureza

ECO-ESCOLAS

Foi na passada semana, mais concretamente nos dias 11, 12 e 13 de Janeiro, que se realizou em Santarém o Seminário Eco-Escolas 2005/2006, no qual tive a oportunidade de estar presente. Com cerca de 400 participantes, oriundos de todo o país, o seminário revelou-se bastante interessante e bem organizado.
O Programa Eco-Escolas é destinado preferencialmente às escolas do Ensino Básico e pretende encorajar acções, reconhecer e premiar o trabalho desenvolvido pela escola na melhoria do seu desempenho ambiental, gestão do espaço escolar e sensibilização da comunidade. Pretende estimular o hábito de participação e a adopção de comportamentos sustentáveis no quotidiano, ao nível pessoal, familiar e comunitário.
Esta iniciativa surgiu em Portugal no ano lectivo 1996/97 através da Associação Bandeira Azul/Fundação para a Educação Ambiental. Desde a sua implementação, o Eco-Escolas tem crescido de forma sustentada procurando aliar o aumento do número de escolas à qualidade do Programa, o qual é monitorizado em Portugal por uma Comissão Nacional constituída por várias entidades: Ministério da Educação, Instituto do Ambiente, Instituto dos Resíduos, Instituto da Água, Instituto do Conservação da Natureza, Agência para a Energia, Direcção Regional do Ambiente dos Açores e Direcção Regional do Ambiente da Madeira.
Os 7 passos do Programa (1-Conselho Eco-Escola; 2 – Auditoria Ambiental; 3 – Plano de Acção; 4 – Monitorização e Avaliação; 5 – Trabalho Curricular; 6 – Envolvimento da Comunidade; 7 – Eco-Código) permitem a criação da que pode ser designada como Agenda 21 Escolar, um dos alicerces da Agenda 21. Desenvolve por outro lado nas crianças e jovens a capacidade de agir e intervir no sentido de melhorar o ambiente envolvente, em suma uma verdadeira educação para a cidadania.
Vários são os temas tais como transportes (tema deste ano), resíduos, água, energia, ruído, espaços exteriores, biodiversidade, agricultura biológica, entre outros, que podem ser aproveitados para que uma escola se possa candidatar à Bandeira Verde, que reconhece a existência na escola de um projecto de educação ambiental de qualidade e participado.
No presente ano lectivo 2005/06 o Programa conta já com as inscrições de 516 escolas em 145 municípios de todo o país. Temos pela primeira vez escolas do nosso concelho inscritas neste Programa como é o caso da Escola de Caia e a Escola de Alegrete, as quais felicito. Pergunto eu do que é que as outras escolas estão à espera para se inscreverem? Tenho conhecimento de alguns projectos com imensa qualidade que as escolas do nosso concelho têm desenvolvido, nomeadamente na área ambiental, no entanto parece que continuam a querer guardar esse trabalhos só para a sua escola, vivendo todos de costas voltadas uns para os outros. Este não é certamente o caminho…

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.abae.pt/ – Associação Bandeira Azul da Europa

PORTALEGRE 21

Caros leitores, estamos no início de mais um ano, pelo que aproveito a oportunidade para vos desejar um óptimo ano de 2006.
Neste novo ano, resolvi abrir a “Fonte Verde” com um artigo sobre a Agenda 21 de Portalegre, denominada Portalegre 21.
Mas o que é afinal a Agenda 21? O conceito surgiu no Rio de Janeiro em 1992, na conhecida Cimeira do Rio, tendo sido reforçado no ano 2002 em Joanesburgo, na Cimeira da Terra.
A Agenda 21 é um instrumento que visa promover o desenvolvimento sustentável, ou seja, um desenvolvimento social e económico que não descure o ambiente. Trata-se de um processo em que a autarquia local trabalha em parceria com todos os sectores da sociedade, com o objectivo de elaborar um plano de acção e implementá-lo com vista ao desenvolvimento sustentável local.
A Câmara Municipal de Portalegre iniciou este processo em 2004, em parceria com uma empresa especializada de Évora, a TTERRA – Auditoria, Projecto e Técnicas Ambientais, Lda. (http://www.tterra.pt/).
Apesar do conceito Agenda 21 ter surgido em 1992, passados 16 anos, continua a ser desconhecido para a maioria dos portugueses. Na minha opinião este facto pode ter duas explicações: por um lado, não existe para este tipo de projectos apoio financeiro por parte do Estado para as autarquias locais; por outro lado, sendo a Agenda 21 um processo de longo prazo e os mandatos dos presidentes de Câmara de apenas quatro anos, este tipo de projectos acaba por ser relegado para segundo plano.
Felizmente em Portalegre, foi feita uma aposta forte por parte da Câmara, aposta essa que só resultará se houver a participação de todos.
Até ao momento foram desenvolvidas diversas actividades, entre as quais: concurso interno para logotipo da Agenda 21 (imagem que acompanha o texto), apresentação interna para os funcionários camarários, reunião com os presidentes das Juntas de Freguesia e entrevista pessoal a cada um deles, entrevistas a vários agentes locais previamente seleccionados (Parque Natural, Centro Regional Segurança Social, Centro de Área Educativa, CerciPortalegre, Centro de Formação Profissional, Instituto Português da Juventude, Associação Tégua, Nerpor, C.P.T. Assentos, C.P.T. S. Cristóvão, Bombeiros Voluntários, Associação Comercial, Natur-al Carnes, Johnson Controls, Robinson e Região de Turismo) e questionários à população distribuídos através dos alunos do 1.º ciclo.
Todas estas actividades ajudaram a construir o Diagnóstico para a Sustentabilidade de Portalegre, que se encontra no portal da Câmara para consulta e comentários. Refira-se que este documento é apenas provisório.
Neste momento é necessário dar um novo passo. Vai ser feita a apresentação pública da Agenda Portalegre 21 no dia 16 de Janeiro, pelas 17h30m, no Museu da Tapeçaria Guy Fino, para a qual se convidam todos os interessados a estar presentes.
Porque não estamos isolados do mundo, é essencial que no âmbito da Portalegre 21 pensemos em termos globais, para que possamos actuar a nível local.
Existe imensa massa crítica em Portalegre que, infelizmente, prefere ficar a debater os assuntos na mesa do café. É necessário que a nossa cidade, o nosso concelho e o nosso distrito acordem do sono quase profundo em que se encontram.
Para evoluirmos, não são só as obras que fazem falta, é preciso que as pessoas mudem a sua mentalidade e sintam que fazem parte de uma sociedade que precisa da sua opinião. Não importa se estamos contra ou a favor daquilo que tem sido feito nos últimos tempos, importa sim criticar e fundamentar a critica, importa sim participar!
Ano novo, vida nova. Espero por si no dia 16 de Janeiro. Participe.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.cm-portalegre.pt/ - Portal da Câmara Municipal de Portalegre

1.º ANIVERSÁRIO

É verdade caros leitores e caras leitoras, a crónica FONTE VERDE completa hoje o seu primeiro aniversário.
Há um ano atrás, quando iniciei esta aventura, nunca imaginei que a crónica viesse a ser lida por tantas pessoas e que viesse a despertar tanto a atenção dos leitores. Sem descurar a popularidade do Jornal Fonte Nova, nunca me passou pela cabeça que um artigo de opinião pudesse coroar-se de sucesso, como até aqui tem acontecido.
Tem sido, até ao momento, uma experiência maravilhosa e gratificante. Por aqui passaram variadíssimos temas, sempre relacionados com a temática ambiental. Escrevi-vos sobre alterações climáticas, sobre o biodiesel, a reciclagem, a educação ambiental, a compostagem doméstica, as energias solar e eólica, entre outros temas, totalizando 24 crónicas.
Recebi imensos e-mails de pessoas com dúvidas, comentários e/ou críticas, sobre os assuntos expostos, tendo respondido a todos eles. As críticas são muito importantes, porque é com elas que nós aprendemos e acreditem, tenho aprendido muito com as criticas que têm sido feitas.
Para além disso recebi ainda o contacto directo das pessoas que me abordaram na rua. Refira-se que esta abordagem, seja ela pessoal ou por correio electrónico, é o prémio mais apetecível do nosso trabalho, é por isso que lutamos diariamente; um artigo só ganha vida depois de ser lido e vocês que estão a ler neste momento são os responsáveis pela vida que existe na crónica que escrevo, tenho de agradecer-vos por isso!
Considero portanto que este primeiro ano de vida foi, sem dúvida, um ano muito positivo.
Numa altura de balanço, não posso deixar de agradecer ao director do Jornal Fonte Nova, o Sr. Aurélio Bentes Bravo, pelo facto de ter aceite o desafio que lhe propuz.
Para além disso, agradeço também a toda a equipa Fonte Nova, que com imenso esforço, torna possível o sucesso deste jornal.
Agora, e porque também mereço, vou de férias, regressando apenas no próximo ano.
Espero poder continuar a contar com a sua participação activa, em prol do ambiente.
Aproveito para desejar a todos os leitores um santo Natal e um Ano de 2006 melhor que este que agora termina.
Encontramo-nos aqui no próximo ano e já sabe…

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

RECICLAGEM AM ALTA

As contas relativas ao terceiro trimestre de 2005 estão feitas e os resultados são animadores. É nítida a preocupação dos portugueses com o meio que os rodeia, sendo a sua preservação o objectivo prioritário.
Até Setembro deste ano, as quantidades de embalagens usadas enviadas para reciclagem cresceram 16,4% face a período homólogo, num total de 233.318 toneladas. Para isso contribuíram todos aqueles que separam os resíduos, colocando-os no ecoponto.
Tem havido um esforço enorme, por parte das entidades reguladoras, em divulgar por todo o país esta forma de baixar a taxa de resíduos depositados nos aterros sanitários, aumentando substancialmente a taxa de reciclagem.
Até Setembro último foram recolhidas para reciclagem mais de 32.922 toneladas de material, entre vidro, papel/cartão, plástico, metal e madeira.
O papel/cartão é, em termos globais, o material mais separado, (105.993 toneladas), seguido do vidro (91.559 toneladas), do plástico (21.397), do metal (10.946) e, por fim, da madeira (3.482).
Segundo Joana Santos, da Sociedade Ponto Verde, “os resultados alcançados demonstram que as retomas têm vindo a crescer de forma sustentada. Ainda assim, apesar de cerca de 40% da população portuguesa referir que já faz a separação das embalagens usadas, existe ainda uma fatia considerável da população que não participa na recolha selectiva”.
Há ainda muita gente que se queixa de termos poucos ecopontos e dizem que é por não terem um ecoponto na sua rua que não fazem a separação dos resíduos, mas a realidade é que no concelho de Portalegre até estamos muito bem servidos, existindo neste momento cerca de 98 ecopontos.
Têm-se registado alguns problemas no que respeita à recolha, porque muitas vezes as pessoas querem colocar os seus resíduos no ecoponto e o mesmo encontra-se cheio, impossibilitando assim a deposição. Pede-se uma atenção especial aos responsáveis pela VALNOR para esta situação, uma vez que corremos o risco de desmotivar as pessoas que separam os resíduos em casa.
Tal como no resto do país, também em Portalegre a reciclagem tem vindo a aumentar pelo que também os Portalegrenses estão de parabéns.
Realce-se ainda a importância do trabalho desenvolvido pela SELENIS em prol do ambiente, que para além de fazer a reciclagem das garrafas de plástico, designadas por PET, efectuou um avultado investimento para conseguir também reciclar as embalagens usadas de óleos alimentares, que antes não se podiam reciclar.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: www.cm-portalegre.pt – Portal da Câmara Municipal de Portalegre – Podem aí ser consultadas as estatísticas do concelho de Portalegre na secção Ambiente

NOVA GARRAFA PLUMA

Encontra-se à venda, desde o passado dia 15 de Outubro, uma nova garrafa de gás butano. Conhecida por Pluma, esta nova garrafa da Galp é, segundo a empresa, muito segura, ergonómica, construída em materiais recicláveis e leves, o que faz com que esta garrafa pese cerca de metade da garrafa tradicional em aço.
No exterior a garrafa é composta por polietileno de alta densidade, integrando um reservatório interior em aço reforçado por uma matriz de polipropileno e fibra de vidro, que lhe triplica a resistência. Dispõe, para além disso, de uma válvula de segurança e de um fusível térmico (protecção em caso de temperaturas extremas).
Refira-se que este projecto, que resultou de um investimento superior a 10 milhões de euros, envolveu a criação de um cluster que agregou as universidades do Porto e do Minho e prestigiadas empresas portuguesas como a Antrol Alfa, Simoldes e Brandia. Trata-se portanto de um projecto 100% português, a pensar nos portugueses.
A produção está a cargo de uma fábrica de elevada tecnologia localizada em Guimarães, fábrica essa que foi construída de raiz para este projecto, tendo resultado na criação de 29 novos postos de trabalho directos.
A Pluma pesa apenas 7,5 quilogramas, contra os 15 da garrafa tradicional em aço. Além disso tem pegas ergonómicas, adaptadas aos contornos das nossas mãos e revestidas de um material suave e confortável.
Como se não bastasse, esta garrafa apresenta ainda um design exclusivo bastante agradável à vista, tornando mais cómodo e limpo o seu transporte e manuseamento.
O mercado do GPL (Gás de Petróleo Liquefeito) em garrafa representa em Portugal um universo de cerca de três milhões de famílias. A Galp Energia é líder neste mercado com vendas acima dos 12 milhões de garrafas/ano.
Considerando a crise profunda que o país atravessa, trata-se sem dúvida de um projecto cheio de inovação, feito pelos portugueses que tantas vezes são criticados por nada saberem fazer. Há que aproveitar a massa crítica de nacionalidade portuguesa e não deixá-la abalar, como até aqui tem acontecido. Convenhamos que lá fora (entenda-se estrangeiro), faz-se muita coisa bem feita, sem dúvida, mas na maior parte das vezes há portugueses envolvidos. É necessário elevar a moral lusa e criar novos projectos inovadores para que sejamos reconhecidos lá fora.
Eu gostei imenso desta nova garrafa, leve como uma pluma, e penso que os senhores que normalmente fazem a distribuição também terão gostado…

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.galpenergia.com/ – Sitio da empresa Galp Energia

LIÇÃO AMAZÓNICA

Foi-me enviado via e-mail este discurso do Ministro da Educação Brasileiro proferido nos EUA, em Março deste ano. O discurso merece ser lido, afinal não é todos os dias que um Brasileiro dá um "baile" educadíssimo aos Americanos...
Durante um debate numa universidade nos Estados Unidos o actual Ministro da Educação CRISTOVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazónia (ideia que surge com alguma insistência nalguns sectores da sociedade americana e que muito incomoda os brasileiros).Um jovem americano fez a pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um Brasileiro. Esta foi a resposta do Sr. Cristovam Buarque:"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazónia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse património, ele é nosso.Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazónia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.Se a Amazónia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro...O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazónia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extracção de petróleo e subir ou não o seu preço.Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser Internacionalizado. Se a Amazónia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazónia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.Antes mesmo da Amazónia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo génio humano. Não se pode deixar esse património cultural, como o património natural Amazónico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país.Não faz muito tempo, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milénio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazónia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos também todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.Nos seus debates, os actuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a ideia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como património que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazónia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um património da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver.Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazónia seja nossa. Só nossa! "
Este discurso foi altamente censurado, não tendo sido publicado. Graças à poderosa arma que é a Internet alguém conseguiu obtê-lo, e ainda bem que o fez porque considero-o uma autêntica lição amazónica ao mundo inteiro.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

RECICLAGEM DE ÓLEOS USADOS

O aproveitamento dos óleos alimentares usados para combustível poderá ser o ponto de partida para um futuro mais sustentável.
O Ministério do Ambiente acaba de promover um acordo, de carácter voluntário, que visa garantir a recolha dos óleos alimentares e o respectivo encaminhamento para as empresas autorizadas que procedem ao seu aproveitamento, como é o caso das que produzem biocombustível.
Nesta primeira fase, pretende-se efectuar a recolha dos óleos nos estabelecimentos de restauração, uma vez que ainda existe uma grande quantidade de óleos que são enviados para o esgoto e/ou para o lixo, contaminando assim as águas e os solos. Estima-se que em Portugal sejam produzidas cerca de 125.000 toneladas deste resíduo pelo que se o podermos reaproveitar, podem daí advir inúmeras vantagens.
Até 2007 pretende-se recolher e valorizar 30% dos óleos e até 2012 o objectivo são os 60%.
Com este acordo, o Instituto dos Resíduos (INR) assume o compromisso de apoiar as empresas de recolha de óleos alimentares, como é o caso da VALNOR, através da definição dos requisitos ambientalmente adequados a essa actividade, assim como a possibilidade de registo on-line dos operadores que procedem à recolha e transporte deste resíduo.
O acordo prevê a criação de uma Estrutura de Gestão, presidida pelo INR e composta pelas diversas associações representativas do sector e que terá ainda um conselho consultivo, no qual estarão representadas as associações de defesa do ambiente.
Trata-se sem dúvida de um pequeno grande passo no mundo da reciclagem. Espera-se agora que o Governo conclua a legislação que tem em preparação no sentido de isentar do Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos o biodiesel produzido a partir de óleos alimentares usados, em unidades de pequena e média dimensão.
Assim, promove-se a recolha e aproveitamento a nível local dos óleos alimentares, sob a forma de biodiesel que pode ser utilizado nas frotas municipais, como já acontece em Sintra, onde foi inaugurado no passado dia 30 de Setembro o primeiro posto de biodiesel em Portugal. A ideia é simples: transformar o óleo que rejeitamos na nossa cozinha em combustível amigo do ambiente. Desde logo três vantagens: o óleo é reciclado e reutilizado, evita-se poluição e problemas no saneamento e poupa-se dinheiro! Refira-se que, tratando-se de um biocombustível alternativo mais barato, haverá uma diminuição das despesas associadas aos consumos de gasóleo pelas frotas municipais.
Para além de Sintra, o projecto está também a ser preparado em Coimbra, Portimão, Lisboa, Funchal e Beja, entre outras.
Fica aqui uma (boa) ideia para o novo executivo da Câmara Municipal de Portalegre, ao qual desejo as maiores felicidades em prol do desenvolvimento, em melhoria contínua, do concelho de Portalegre.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.quercus.pt/ – Associação Nacional de Conservação da Natureza

ATAQUE À POLUIÇÃO AUTOMÓVEL

Começou o ataque à poluição automóvel. Foi aprovada em Conselho de Ministros, no passado dia 22 de Setembro, uma medida que estabelece que o Imposto Automóvel (IA) dos veículos ligeiros de passageiros, novos e usados, deixa de ser definido exclusivamente em função da respectiva cilindrada e passa a considerar um factor ambiental, representado pelo nível de emissões do dióxido de carbono, indexado a escalões de emissões.
Baseado no princípio do poluidor/pagador, pretende-se que se caminhe no sentido da procura de automóveis mais amigos do ambiente e mais eficientes em termos energéticos, em consonância com as mais recentes propostas da Comissão Europeia, que indicam que a fiscalidade automóvel pode contribuir para a minimização dos impactes ambientais negativos resultantes da entrada em circulação dos veículos.
Refira-se que o novo modelo de tributação do IA não provocará um aumento da carga fiscal no sector, registando-se apenas uma redistribuição de modo a estimular opções mais amigas do ambiente.
As alterações legislativas necessárias para concretizar estas orientações serão introduzidas no Orçamento de Estado para 2006 (que talvez surja após as eleições autárquicas!), prevendo-se que tais alterações só comecem a vigorar a partir de 1 de Julho de 2006.
O Sector Automóvel espera para ver. Para o presidente da Associação do Comércio Automóvel, a medida é “avulsa” e representa um “aumento da carga fiscal encapotado”. “A coexistência de um imposto sobre a cilindrada com uma componente ambiental não faz sentido”, diz Fernando Martorel, que lamenta que o sector não tenha ainda sido ouvido. O responsável defende que o IA seja substituído por um imposto em função do valor do carro, sendo a perda de receita fiscal compensada por um aumento gradual do imposto de circulação.
Já o líder da Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel”, Ferreira Nunes, concorda com o “princípio do poluidor/pagador”, apesar de achar que esta é uma medida “titubeante”. “Temos estado a perder tempo nesta matéria”, denuncia o responsável, que vai “esperar para ver” de que forma o Executivo vai regulamentar a lei.
Na minha opinião trata-se de uma medida de louvar, pela qual a Associação Quercus há muito batalhava, vamos agora ver a aplicabilidade que a medida vai ter.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

SEMANA EUROPEIA DA MOBILIDADE

Realiza-se este ano pela 4ª vez consecutiva a Semana Europeia da Mobilidade (SEM), de 16 a 22 de Setembro, e pela 6ª vez o Dia Europeu sem Carros (DESC), no dia 22 de Setembro.
A Campanha Nacional partilha os objectivos Europeus para a recuperação da qualidade ambiental do Velho Continente.
Pretende-se com esta iniciativa:
-encorajar o desenvolvimento de comportamentos compatíveis com o desenvolvimento sustentável e, em particular, com a protecção da qualidade do ar, com a mitigação do aquecimento global e com a redução do ruído;
-consciencializar os cidadãos para os efeitos que a sua escolha de um modo de transporte, terão na qualidade do ambiente;
-proporcionar aos cidadãos oportunidades para se deslocarem a pé, utilizarem a bicicleta e os transportes públicos, em vez do automóvel privado;
-proporcionar aos cidadãos uma oportunidade para redescobrirem a sua cidade ou vila, os seus habitantes e o seu património, num ambiente mais saudável e agradável.
O tema transversal para este ano é “Ir e vir, de outro modo”. O objectivo deste tema é promover viagens pendulares sustentáveis, ou seja para e do local de trabalho, tentando encorajar a utilização de modos de transportes alternativos, tais como a bicicleta, os transportes colectivos, andar a pé e recorrer a esquemas de partilha de carros (car pooling) ou de utilização colectiva do carro (car sharing).
Na SEM vão participar 18 cidades/vilas portuguesas e no DESC vão participar 46 cidades/vilas.
Portalegre irá participar nesta iniciativa europeia, tanto na SEM como no DESC.
As actividades que estão previstas para a nossa cidade são:
-corte de trânsito da Rua 19 de Junho, entre a Praça da República e a Rua de Elvas, no dia 22 de Setembro. Esta será uma medida permanente, uma vez que a via passará a ser interdita ao trânsito;
-eliminação de algumas barreiras arquitectónicas da nossa cidade;
-autocarros eléctricos gratuitos durante toda a semana, de 16 a 22 de Setembro;
-transportes públicos gratuitos durante o dia 22 de Setembro.
Esta iniciativa, é de louvar pelo alcance europeu que conseguiu. No entanto, é pena que só nesta altura as pessoas se lembrem da necessidade de deixar o carro em casa e usar os transportes públicos. Com a subida dos preços dos combustíveis, as pessoas serão obrigadas, mais tarde ou mais cedo, a deixar o carro em casa, ou então a deixar de comer, depende da prioridade!

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.iambiente.pt/ – Instituto do Ambiente

LIXO ELECTRÓNICO

A partir de agora o lixo electrónico já pode ser reciclado. Conhecidos como Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE), frigoríficos, telemóveis, jogos de computador, lâmpadas e todo o tipo de electrodomésticos usados podem agora ser entregues nos ecocentros e enviados para reciclagem (de referir que brevemente entrará em funcionamento o Ecocentro de Portalegre, que se irá localizar na Zona Industrial em frente ao Centro de Formação Profissional).
Para além desta opção, o consumidor poderá, ao comprar um equipamento eléctrico novo, exigir ao distribuidor que fique com o velho sem ter de pagar mais por isso. Caso as empresas de distribuição recusem ou cobrem pelo serviço de troca de equipamentos velhos na compra de um novo, o consumidor pode reclamar junto da Inspecção-Geral do Ambiente.
A recolha também pode ser solicitada às autarquias (no caso de Portalegre, basta ligar o número verde do Gabinete do Munícipe – 800200150), que depois encaminham o equipamento para os operadores de gestão de resíduos. Finalmente são enviados para empresas que os reciclam, valorizam ou reutilizam.
Ao adquirirmos um produto deste tipo, o preço incluirá um ecovalor, servindo o custo deste ecovalor para financiar o processo de recolha, triagem e reciclagem dos REEE.
O objectivo é responsabilizar os produtores e consumidores pelo tratamento dos resíduos produzidos.
As regras desta fileira de reciclagem são ditadas pelo decreto-lei n.º 230/2004 que transpõe para a legislação nacional uma directiva comunitária. O diploma prevê metas que até finais de 2007, sejam reciclados 50 a 70% de resíduos, e reutilizados 50 a 75% e valorizados 70 a 80% variando a percentagem consoante o aparelho.
Estima-se que cada pessoa produza por ano 14 quilos deste tipo de lixo. Segundo as metas comunitárias, até 2006, pelo menos quatro quilos deste total têm de ser reciclados.
Actualmente não há em Portugal empresas que tratem todo o tipo de REEE. Por isso, uma fracção destes terá de ser exportada.
Visto que tem várias opções ecológicas para se “desfazer” destes resíduos, por favor não continue a brindar as nossas bonitas serras com estes presentes envenenados.
Nota Importante – relativamente ao último Fonte Verde (Dia 20 de Agosto – “Afinal tinham razão”) informo os respeitosos leitores que recebi um e-mail do Sr. Henrique Agostinho, da Sociedade Ponto Verde, dizendo que apesar de ter sido divulgado pela Quercus um parecer do Ministério do Ambiente indicando o contentor amarelo como o destino mais adequado para as embalagens de cartão para líquidos alimentares (vulgo “tetra-pak”), infelizmente esse parecer não parece ser de alguma forma vinculativo. Assim sendo continuamos na mesma, sem saber onde colocar o “tetra-pak”.
De qualquer das maneiras, quer opte pelo ecoponto azul ou pelo amarelo, é garantido que os resíduos serão reciclados.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.inr.pt/ – Instituto Nacional dos Resíduos

AFINAL TINHAM RAZÃO

Depois de uma longa batalha, que durou mais de cinco anos de negociações e chamadas de atenção, o Ministério do Ambiente deu finalmente razão à associação ambientalista Quercus quanto ao destino a dar às embalagens tetra pak.
A Sociedade Ponto Verde considerava que estas embalagens deveriam ser colocadas no ecoponto azul enquanto que a Quercus defendia que este tipo de embalagens deveria ser colocado no ecoponto amarelo, pois só este garante uma triagem e encaminhamento correctos deste material, sem aumentar os custos de gestão dos sistemas de tratamento de resíduos.
Desde o início da implementação da recolha selectiva de resíduos de embalagens que as normas de colocação das embalagens de cartão para bebidas foram polémicas, nunca tendo sido aceites pelos grandes sistemas de gestão de resíduos. Esta discrepância nas regras de deposição levou a constantes dúvidas entre os cidadãos e a diversas ineficiências e dificuldades no campo das empresas.
Este tipo de embalagens, requer um tratamento específico (feito em Espanha) e por isso a sua triagem é fundamental para que possam ser recicladas. Até agora estas embalagens pagavam um ponto verde inferior por serem consideradas embalagens de papel, evitando assim o pagamento dos custos de separação na estação de triagem. Assim, esta fileira concorreu de forma desleal face a outras fileiras (como o plástico e o metal) que sempre pagaram esse custo aos sistemas de Resíduos Sólidos Urbanos.
Muitas empresas portuguesas de reciclagem de papel discordavam abertamente da regra de colocação deste tipo de embalagens no contentor azul. Estas embalagens colocavam dificuldades aos pequenos/médios retomadores que acabavam por perder dinheiro, uma vez que o material era pago mas não era aproveitado, sendo posteriormente tratado como refugo. Para além disso, era necessário fazer exportação para Espanha dos lotes de papel e cartão contaminados com este tipo de embalagens, reduzindo a disponibilidade de matéria-prima em território nacional.
A Quercus aguarda agora que haja uma forte campanha de sensibilização junto dos cidadãos de modo a que se coloquem correctamente as embalagens de cartão para bebidas alimentares nos contentores de recolha selectiva de cor amarela, campanha essa que permita esclarecer todas as dúvidas existentes e contribuir para taxas mais elevadas de reciclagem destas embalagens.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

ENERGIA EÓLICA

Um dos grandes tormentos do Mundo de hoje é a questão relativa à energia. O aproveitamento desta ainda não atingiu um nível satisfatório, pelo facto de a maioria da energia utilizada no planeta ser de origem não renovável, seja de fonte mineral, atómica, térmica ou das águas. A energia pode ser utilizada de forma mais civilizada e menos dispendiosa, utilizando para tal fontes renováveis como a energia eólica, solar, das marés, geotérmica e de outras mais.
Em Portugal, o primeiro parque eólico foi criado em 1988 em Santa Maria (Açores), mas actualmente a distribuição destas centrais abrange quase todo o território nacional. No entanto só nos últimos 5 anos, com o Programa Energia, é que se criaram algumas condições para o desenvolvimento real deste tipo de energia, mas todavia insuficientes tendo em conta o panorama verificado em países mais favoráveis à energia eólica.
O Governo apresentou no passado dia 18 de Julho o novo concurso internacional para produção de electricidade em centrais eólicas. Ao todo são 1700 mega watts de potência eólica, para se perceber melhor, o suficiente para se iluminar a cidade de Lisboa.
Tal como disse José Sócrates, “este concurso vai servir para dinamizar a nossa economia, mas também para dar a Portugal um perfil mais sustentável e mais amigo do ambiente no seu desenvolvimento”.
Com o novo concurso pretende-se que Portugal reduza a sua dependência da importação de combustíveis fósseis.
Só o ano passado Portugal importou 86% de energia! O objectivo é que, até 2010, 40% da energia produzida surja a partir de energias renováveis.
Seria necessária a centralização dos processos de licenciamento em apenas um único organismo, que coordenaria e teria a cargo todo o procedimento administrativo, por forma a diminuir os prazos de implementação dos projectos os quais, actualmente, rondam os 2 a 4 anos.
A energia eólica mostra-se como uma das fontes renováveis com maior potencialidade e maior desenvolvimento futuro, não apenas pelas metas estabelecidas, mas também pelo interesse que desperta nas entidades e empresas o desenvolvimento de projectos de grande envergadura e visibilidade, além do retorno financeiro bastante atractivo.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.ineti.pt/ – Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação, I.P.

CO-INCINERAÇÃO

Tal como prometido pelo actual governo no programa eleitoral, a co-incineração de resíduos não perigosos está de volta. Os testes iniciaram-se no dia 29 de Junho e irão prolongar-se até ao dia 15 de Julho, na cimenteira Secil, em Outão.
Depois de efectuados os testes brancos (medição das emissões durante o funcionamento normal da cimenteira sem queima de resíduos), decorrem agora os testes de co-incineração com a queima de 3 toneladas/hora de farinhas animais e de 2,5 toneladas/hora de resíduos de pneus, números estes avançados pela Comissão de Acompanhamento da empresa. De referir que esta Comissão, criada em Janeiro de 2003, inclui representantes da Câmara de Setúbal, Juntas de Freguesia da Anunciada, São Lourenço e São Simão, associação ambientalista Quercus, Parque Natural da Arrábida, Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, Delegado de Saúde do Concelho de Setúbal e Hospital do Outão.
Os testes irão envolver dois fornos, contemplando uma avaliação completa das emissões relativamente aos poluentes legislados e outros muito para além do exigido, de acordo com o tipo de resíduo e a capacidade máxima actual de substituição de combustível, nomeadamente metais pesados e dioxinas.
Caso os resultados concluam pela inexistência de emissões atmosféricas susceptíveis de causar qualquer problema ambiental ou de saúde pública, a Secil poderá vir a utilizar a queima de resíduos como combustível alternativo, diminuindo a dependência de combustíveis fósseis como por exemplo o carvão.
A Comissão de Acompanhamento Ambiental dispõe de capacidade para solicitar à Secil a contratação de um consultor externo cujo trabalho seja desenvolvido para a própria Comissão. Dada a sensibilidade do assunto em causa, a Comissão de Acompanhamento decidiu fazê-lo para o seguimento dos testes de queima de resíduos não perigosos, tendo sido seleccionada a empresa de consultadoria e auditoria internacional SGS. Para além disto, durante o período de testes, bem como noutro qualquer momento, é permitido aos membros da Comissão de Acompanhamento Ambiental a visita à fábrica e o seguimento das operações a serem realizadas.
Os resultados serão objecto de um relatório que será divulgado publicamente por esta Comissão. Parece-me que quaisquer que forem os resultados apresentados, a história não vai acabar por aqui. Não acredito que haja um consenso nesta matéria, tal como não houve até ao momento.
O tempo o dirá…

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.secil.pt/ – Cimenteira SECIL.

AOS BOMBEIROS

Quem disse um dia que os heróis faziam parte do imaginário das crianças, enganou-se redondamente.
Apesar de trabalharem durante todo o ano, são lembrados apenas nesta época do ano devido ao elevado número de incêndios. Contudo e devido às alterações climáticas, esta situação está a mudar. Antes era muito raro que um incêndio ocorresse em pleno Inverno enquanto que hoje ocorrem quase durante todo o ano.
São os primeiros a ser chamados ao local e muitas vezes são também os primeiros a ser criticados. Não se importando com essas criticas, seguem com a mesma vontade cada vez que são chamados. É essa a sua vida, e se tiverem que perdê-la em defesa de algo ou de alguém, não se importam porque sabem que lutaram até ao fim. Têm como lema “Vida por Vida”.
A seca extrema que atravessamos este ano não tem ajudado ao seu trabalho. As temperaturas são muito elevadas, o mato está demasiado seco e a água escasseia. Estes são os três factores que estão apenas do lado do fogo e que em nada ajudam aqueles que o combatem.
O fogo não escolhe nem ricos nem pobres, nem doutores nem desempregados, não escolhe noite nem dia, o fogo avança desenfreadamente por todos os sítios possíveis, seja em Portugal, na Europa, no Mundo.
O hino da Liga dos bombeiros Portugueses transmite realmente aquilo que são:
“De machados erguidos ao alto,Arma branca da paz renascida,O Bombeiro é o guerreiro da esperança,Que luta e que avançaComo anjo da vida.Onde há dor, sofrimento, ou desgraça,Há um homem, há uma mulher sem nome:É o Bombeiro que rompe, que salva e que passa,Sem cor, mas com raça – sem sono e sem fome.”
Quem disse um dia que os heróis faziam parte do imaginário das crianças, enganou-se redondamente. Eles são de carne e osso, chamam-lhes BOMBEIROS.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.lbp.pt/ – Liga dos Bombeiros Portugueses