segunda-feira, agosto 28, 2006

ECOVALOR DESCONHECIDO

Os portugueses encontram-se a pagar, desde Maio passado, uma taxa que a maior parte desconhece, conforme noticiou o Diário de Notícias, na edição de 23/Agosto/2006. Trata-se do ecovalor e é aplicado sempre que se compra um electrodoméstico novo, sendo uma taxa que suporta o custo do envio desse equipamento para a reciclagem.
O que acontece é que o sistema que recolhe e encaminha os resíduos para os centros de reciclagem ainda não está totalmente operacional, no entanto a referida taxa continua a ser aplicada.
A taxa é aplicada em inúmeros produtos tais como telemóveis, computadores, impressoras, aparelhos de ar condicionado, televisões, rádios, entre outros.
O custo adicional pode ser acrescentado ao preço do produto e assinalado na factura ou acrescentado sem ser de forma visível, dado que a lei não obriga à publicitação. Pode ainda ser incluído no custo do produto, sendo suportado pelo vendedor sem custos adicionais para o consumidor. Em suma, se em alguns casos o cidadão não sofre directamente o aumento, noutros está a pagar sem saber.
Para além disto, o cidadão também não sabe que também é responsável pela reciclagem desse produto quando ele se transformar em resíduo, ou seja, não sabe que o tem de entregar num local adequado (centro de recepção de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos – REEE).

O Instituto dos Resíduos garante que se trata de uma situação transitória, uma vez que aguardam apenas que as duas entidades gestoras destes resíduos informem onde vão ser os centros de recepção e avancem com as campanhas de sensibilização da população.
As entidades gestoras licenciadas pelo Ministério do Ambiente para gerir estes resíduos, a Amb3E e a ERP Portugal, consideram que a taxa deve ser aplicada mesmo sem o sistema estar completamente operacional, uma vez que há encargos de montagem do sistema, investimentos inerentes à recepção, logística, transporte e tratamento, para os quais é necessário que haja financiamento.
A Amb3E garante que em Setembro a recolha vai avançar na região de Lisboa, Porto e Litoral Oeste enquanto que a ERP Portugal, já fez este mês uma recolha de cinco toneladas junto dos grandes distribuidores.

Quanto às metas comunitárias que têm de ser atingidas são de quatro quilos de REEE por habitante e por ano, metas essas que as entidades gestoras acreditam que vão ser cumpridas.
Ficamos então a guardar pelas campanhas de sensibilização para a população, de modo a que sejam informadas que as taxas “fantasma” que andam a pagar, servem para alguma coisa.
SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado – http://www.inresiduos.pt/ – Página do Instituto dos Resíduos