sexta-feira, novembro 20, 2009

EXPO ENERGIA 2009

Decorreu esta semana a 4.º edição da Expo Energia, no Taguspark, em Oeiras, organizada pelo jornal Água & Ambiente. O tema deste ano foi: “Decidir o Futuro da Energia em Portugal: Compromissos e apostas para a liderança nas renováveis”. A Expo Energia 2009 pretende ser um lugar de partilha de conhecimentos, experiências e casos práticos de sucesso, estratégias, projectos e tecnologias, de âmbito nacional e internacional, para a eficiência e sustentabilidade do mercado energético em Portugal.
O portal Ambienteonline foi publicando no seu site (http://www.ambienteonline.pt/) resumos diários dos principais aspectos focados nas sessões técnicas, apresentando-se abaixo o tema da energia solar e da energia eólica offshore (consiste na aplicação de torres eólicas no mar).
Relativamente à Energia Solar, Carlos Campos, presidente da Associação Portuguesa da Indústria Solar (Apisolar), defendeu que “é obrigatório que o Programa Solar Térmico 2009, lançado pelo Governo em Março deste ano, continue durante mais um a dois anos”. O responsável considera que o fim dos incentivos ao solar térmico pode ditar a falência de muitas empresas e penalizar o crescimento do sector. Admitiu que os incentivos governamentais possam ser menores do que até então, mas que não poderão terminar. Sem os subsídios do Governo ao solar térmico, “não será possível atingir as metas de produção de energia renovável previstas”, sublinhou.
Refira-se que o Programa Solar Térmico 2009 está previsto terminar no final deste ano, mas o Governo ainda não manifestou uma posição sobre a sua eventual continuidade. No entanto, o presidente da Apisolar espera que tal aconteça, de preferência, antes do Natal.

Quanto à energia eólica offshore, Ana Estanqueiro, investigadora do Laboratório Nacional de Engenharia e Geologia (LNEG) garantiu que “existe um potencial eólico offshore elevado em Portugal, na ordem dos 2000 a 2500 MW, com muito bons indicadores de desempenho”. A directora da Unidade de Energia Eólica e dos Oceanos daquele laboratório garante mesmo que, “ao contrário do que tem vindo a ser assumido, a plataforma continental não afunda rapidamente, uma vez que depois dos 35/40 metros, até aos 300 metros, o declive é muito baixo (cerca de 3 por cento), o que permite a instalação das turbinas eólicas”.
A especialista revelou que na zona Norte do País, particularmente ao largo de Viana do Castelo e do Porto, é possível instalar 500 MW. Mais abaixo, na zona Centro, é possível instalar 700 MW, com uma produtividade que chega a 3400 horas/ano. Estes dados constam do Atlas do Vento Offshore em Portugal, elaborado pelo LNEG.

Em suma, é notório que há ainda muito potencial em Portugal para explorar as energias renováveis pelo que o futuro terá de passar por aqui.


SAUDAÇÕES AMBIENTAIS