sexta-feira, abril 17, 2009

L´AQUILA

A província de Áquila é a maior, a mais montanhosa e a que tem menor densidade populacional da região de Abruzzo, no centro da Itália. Faz fronteira com as províncias de Teramo ao norte, Pescara e Chieti ao leste, Isernia (na região de Molise) ao sul e Frosinone, Roma e Rieti (na região de Lazio) a oeste. A sua capital é a cidade de L'Aquila. Situada a menos de 100 quilómetros de Roma, Áquila tem 68 mil habitantes, e mais 100 mil na área circundante.
Muito se tem falado nos últimos tempos de toda esta região, infelizmente pelos piores motivos. A notícia correu o mundo “(…) a província de Áquila foi abalada hoje, dia 6 de Abril, por um sismo de magnitude 5,8 graus na escala de Richter(…)”. Como era de esperar, num sismo desta magnitude, tirou a vida a cerca de 300 pessoas, deixando milhares desalojadas, povoações destruídas e o mundo destroçado.

Mas não foi a primeira vez que Áquila viu isto. O maior terramoto de Áquila remonta ao ano de 1703, altura em que a cidade, fundada em 1200, teve de ser uma vez mais reconstruída. A localização geográfica de Áquila, num vale rodeado pelas montanhas de Apennine, motivou ao longo dos anos vários estudos geológicos. Diversos terramotos ao longo da história (1349, 1461 e 1646) atingiram repetidamente o centro histórico daquela que foi, em tempos, uma poderosa cidade medieval. Junto dos turistas ganhou fama pelas igrejas. É também aqui que se situa uma das mais populares e bem sucedidas equipas de rugby. Mas o seu verdadeiro poder recai no passado. Fundada pelo Imperador Frederico II, mais tarde conquistou o estatuto de segunda cidade do reino de Nápoles. A sua proximidade a Roma, valeu-lhe grandes rivalidades entre a monarquia e a Igreja. A cidade ficou completamente destruída e chegou a ser abandonada temporariamente durante o século XIII, antes de ressurgir de cara lavada. Chegou a ser um importante centro de comércio de lã e seda.

Estes episódios levam-me a pensar no que aconteceria se o mesmo se passasse por cá. E recorde-se o sismo de Lisboa, no ano 1755. Quero com isto dizer que, apesar da recente aposta, através de elevados investimentos, na área da Protecção Civil, considero que perante uma situação de catástrofe natural deste tipo, jamais haverá equipas à altura da situação. Não quero com isto descurar o trabalho dos técnicos desta área, mas há situações contra as quais o homem não tem qualquer poder. Na natureza ninguém manda!
As imagens deixam-nos tristes. Ver as pessoas perderem todas as suas coisas, desde a sua família, a sua casa e os seus bens pessoais, este não pode ser encarado como um acampamento de fim-de-semana. Mas certos que não foi a primeira vez que aconteceu nem será a última, resta limpar os destroços, cumprir as cerimónias fúnebres e arregaçar as mangas para renascer. A vida é isto mesmo, cair e levantar.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Sítio recomendado – http://www.provincia.laquila.it/

sexta-feira, abril 03, 2009

PLANO NACIONAL DE ACÇÃO AMBIENTE E SAÚDE

A Organização Mundial de Saúde (OMS) refere que 14 por cento das doenças registadas em Portugal têm relação directa com problemas ambientais, sendo responsáveis pela morte de, pelo menos, 15 mil pessoas por ano. Entre as várias doenças destaque para o cancro, as doenças cardiovasculares e as disfunções neurofisiátricas.

O Plano Nacional de Acção Ambiente e Saúde (PNAAS) é uma das esperanças para inverter esta tendência. O PNAAS visa melhorar as políticas de prevenção, controlo e redução de riscos para a saúde com origem em factores ambientais, promovendo a integração do conhecimento e da inovação, assegurando a coerência com as políticas, planos e programas existentes. O documento prevê, nomeadamente, o levantamento, a sistematização e a integração da informação, quer ao nível dos factores de risco, quer ao nível da descrição do estado de saúde dos indivíduos e grupos populacionais. Contudo, o documento que foi apresentado no dia 5 de Junho de 2007, nessa altura já com 13 anos de atraso, continua por passar da teoria à prática, apesar de o seu período de vigência englobar os anos de 2007 a 2013, ou seja, já conta com mais dois anos de atraso. Confrontado com esta questão, o ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia, garantiu ao portal AmbienteOnline que, ainda este ano, espera ver o plano no terreno.
O impacto do ambiente na saúde é um tema que suscita elevada preocupação em todo o mundo. Cerca de 13 milhões de pessoas morrem anualmente, um pouco por todo o mundo devido a más condições ambientais. A falta de qualidade da água, incluindo saneamento e higiene deficiente, e poluição devido ao uso de combustíveis fósseis para preparação de alimentos e aquecimento, é responsável por mais de 10 por cento dos óbitos em 23 países. As principais vítimas são as crianças com menos de cinco anos, sendo mais afectadas por diarreias e infecções respiratórias.

Com a implantação do PNAAS, o investigador no Instituto Superior Técnico, Amílcar Soares, espera que em 2013 “se esteja noutro patamar de qualidade no que respeita à saúde ambiente, particularmente no que concerne à integração e envolvimento dos diferentes actores – governos central e regional, autarquias, centros de saúde, industrias, centros de investigação, entre outros, na solução dos principais problemas”. Por sua vez, Filipe Duarte Santos, professor catedrático da Universidade de Lisboa, não tem dúvidas de que o PNAAS irá contribuir para combater os efeitos negativos da degradação ambiental na saúde dos portugueses. O programa, opina o investigador, só peca por «surgir com manifesto atraso», já que, no final de 2006, eram 30 os países europeus com planos de ambiente e saúde.

Tendo em consideração que neste momento o PNAAS está com 15 anos de atraso e ainda não se vislumbra a sua implantação, algo me diz que ainda não és este ano, ou será?

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Sítio recomendado – http://www.ambienteonline.pt