sábado, maio 27, 2006

ENERGIA NUCLEAR

A Quercus, Associação Nacional de Conservação da Natureza, publicou no passado dia 22 de Maio um comunicado no qual referem que a realização de um referendo sobre a introdução da energia nuclear em Portugal, não deverá ser para já uma prioridade.
Segundo a organização não governamental, apenas fará sentido a realização desse mesmo referendo quando estiver definido o local de instalação da central e acima de tudo, quando a energia nuclear for considerada uma opção estratégica para Portugal.
A Quercus apresenta várias razões para esta energia não ser considerada como opção estratégica para o nosso país. “Contrariamente ao que vem sendo apregoado pelos apologistas da central nuclear, esta forma de energia não conseguiu ainda ser economicamente viável, a não ser quando lhe são oferecidas condições muitos especiais quer ao nível de apoios ao financiamento, quer ao nível da passagem de responsabilidades para o Estado”. É pois difícil de acreditar que um projecto como este consiga vingar sem o apoio do Estado.
Este tipo de energia não permite diminuir a dependência do petróleo, o que é um grande problema do nosso país.
Não se trata de uma energia limpa, uma vez que liberta bastante dióxido de carbono ao longo do seu ciclo de vida e produz imensos resíduos perigosos, cujo seu tratamento não é possível.
O risco de ocorrência de acidentes não pode ser excluído, por muito que se afirme que é uma tecnologia segura. Se assim fosse, não haveria necessidade de estar estabelecido internacionalmente o limite de responsabilidade financeira de uma central em caso de acidente. O fundo estabelecido internacionalmente implica que, em caso de ocorrência de um acidente em Portugal onde 10% da população fosse afectada, cada um desses cidadãos receberia 1500€ de indemnização, sendo que desse valor, a central pagaria 47%, o Estado 33% e a comunidade internacional 20%.
A localização deste tipo de infra-estrutura é outro dos entraves com que a energia nuclear se depara, uma vez que é necessária muita água para a sua laboração e com os problemas de seca que temos, não será fácil arranjar um local com água em abundância.
Para além deste factor, existe ainda a opinião pública, que nestas coisas é sempre muito severa! Existe o chamado efeito Nimby, no qual as pessoas referem que podem fazer o que quiserem, desde que não seja às suas portas e neste caso, ninguém vai querer ter uma casa com vista para a central nuclear…
Em suma, a Quercus considera que este não é o debate mais urgente, importa sim implementar efectivamente a eficiência energética, poupando dinheiro ao país, assim como melhorar o desempenho das energias renováveis e aumentar a sua contribuição nacional, estimulando ao mesmo tempo o emprego descentralizado e promovendo o desenvolvimento local.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://quercus.sensocomum.pt/ - página da Quercus

INICIATIVA ECO-CORAÇÃO

Realizou-se no passado Domingo, dia 7 de Maio, mais uma edição das Festas do Sr. dos Aflitos. A romaria de anos anteriores repetiu-se, levando imensas pessoas a percorrer todo o trajecto a pé. Em simultâneo com a realização da festa religiosa, a Câmara Municipal de Portalegre levou a cabo uma iniciativa, na qual tive a oportunidade de estar envolvido, denominada “Eco-Coração”, realizada com o objectivo de sensibilizar as pessoas para a importância de andar a pé, não só para a saúde mas também para o ambiente.
Tendo como lema “…de coração no ambiente…”, a iniciativa consistiu em distribuir t-shirt`s, cujo logótipo foi desnhado pela Gabinete de Comunicação da CMP, e panfletos às pessoas que se deslocavam a pé, alertando-as para o facto de, para além do exercício físico ser também muito importante mantermos uma alimentação saudável.
Foram distribuídas 250 t-shirt`s, com o patrocínio da Delta Cafés e cerca de 400 panfletos, gentilmente cedidos pela Fundação Portuguesa de Cardiologia.
As t-shirt`s foram obviamente escassas para tanta procura, tendo a distribuição durado não mais que dez minutos. Sabemos que muitos foram os que ficaram tristes por não terem levado uma para casa, no entanto era impossível dar uma t-shirt a cada pessoa.
Esta iniciativa contou ainda com a magnífica colaboração do Agrupamento n.º 142 dos Escuteiros, que efectuaram a limpeza do percurso que vai desde o cruzamento da estrada do Crato até à Capela, apanhando imenso lixo que as pessoas continuam a deitar nas bermas da estrada. Durante o percurso estavam duas faixas que alertavam para a protecção do ambiente e estavam distribuidos baldes para a deposição do lixo e caixas amarelas da Valnor para deposição de plásticos e metais, para reciclagem. Ainda assim, há quem continue a preferir o depósito nas bermas.
Para além disto, solicitámos o apoio da Escola Superior de Saúde para que nesse dia estivessem no local da festa a medir a tensão arterial e avaliar os níveis de colesterol das pessoas, no entanto pelo facto de na véspera se ter realizado a Queima das Fitas, levando a que muitos alunos se tivessem ausentado com as suas famílias, esse pedido não pôde ser atendido.
Tendo a perfeita consciência que não conseguimos chegar aos milhares de pessoas que aí se deslocaram, por vários motivos, consideramos que a iniciativa correu bastante bem, tendo os objectivos sido atingidos.
Reforço mais uma vez o apoio prestado pela Delta Cafés, Fundação Portuguesa de Cardiologia e Agrupamento n.º 142 dos Escuteiros, sem os quais a realização desta iniciativa, promovida pela Câmara Municipal de Portalegre, não teria sido possível.
Não podia terminar sem vos pedir que apareçam este fim-de-semana nas Festas de Nossa Sr.ª da Penha, onde este ano sou festeiro pela primeira vez. Poderão provar as belas sardinhas e conviver um pouco, contribuindo assim para que a tradição não morra.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://cardiologia.browser.pt/ – Página da Fundação Portuguesa de Cardiologia

O AMBIENTE NAS COMPRAS

A edição n.º 268 da revista Proteste (Abril), vem alertar os consumidores para o facto de não esquecerem o ambiente enquanto efectuam as suas compras, razão pela qual esta semana resolvi debruçar-me sobre esse assunto.
Ao contrário do que acontecia há uns anos atrás, as grandes superfícies comerciais vieram substituir o comércio tradicional, o que só veio trazer, na maior parte dos casos, fortes impactes ambientais.
Nestes espaços comerciais, existe um grande consumo de recursos, tais como água e energia. Existe ainda uma enorme produção de resíduos, nomeadamente de embalagens. Por este facto, os hipermercados deverão optar por uma correcta gestão ambiental, seleccionando produtos com menor impacto e sensibilizando os consumidores para que escolham esses mesmos produtos.
Centremo-nos agora em exemplos concretos.
A deposição de pilhas usadas é já uma preocupação da maior parte dos hipermercados, no entanto deveria dar-se mais informação aos consumidores sobre quais os benefícios para o ambiente da deposição dessas mesmas pilhas. A par das pilhas, existem também alguns locais que recebem os tinteiros e tonners das impressoras.
Quanto às arcas congeladoras, a maior parte delas são abertas, o que provoca um gasto enorme de energia, razão pela qual estas deverão ser substituídas por arcas fechadas, evitando assim o desperdício de energia.
Devem incentivar os consumidores a optarem por escolher lâmpadas economizadoras, uma vez que estas reduzem o consumo energético. As pessoas normalmente não optam por estas lâmpadas por serem mais caras, no entanto há estudos feitos que revelam que aquilo que poupamos em energia é superior aos gastos efectuados na sua aquisição. Podemos optar por estas lâmpadas apenas nos locais onde estamos com mais frequência, como por exemplo a sala de estar.
Devemos optar por produtos locais frescos e/ou da estação, ajudamos assim a diminuir a emissão de gases com efeito de estufa, uma vez que o uso de transportes é menor e nem sempre é preciso refrigerá-los. Para quem se preocupa com estas questões, pode optar por produtos de agricultura biológica, que reduzem o impacte negativo sobre o solo, a água e o ar, pois não utilizam pesticidas.
Os hipermercados deverão disponibilizar aos consumidores informações das quantidades de produtos que enviam para reciclagem, incentivando assim também esses mesmos consumidores à separação dos resíduos.
Em suma, os super e hipermercados podem influenciar consumidores, fabricantes e importadores para uma melhor gestão ambiental. Podem obrigar os fabricantes a produzir de forma mais ecológica e incentivar os consumidores a optar por esses produtos. Devem propor sistemas de redução do lixo, como sacos reutilizáveis.
Dado que normalmente as cadeias de distribuição vendem as suas próprias marcas, podem seleccionar convenientemente os produtos que desejam associar à sua marca. Estas cadeias possuem as suas próprias revistas de divulgação de informação e folhetos promocionais, o que lhes permite utilizá-las para a difusão da mensagem ambiental.
Se tirarem uma pequena fatia dos enormes lucros que todos os anos atingem e a utilizarem na melhoria do sistema de gestão ambiental, não é só ambiente que fica a ganhar, somos todos nós.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.deco.proteste.pt/ – portal do consumidor

PONTE DE SÔR A ENERGIA SOLAR

Caros leitores, é com muita alegria que vos comunico uma boa noticia para o ambiente da nossa região. Desta feita falo-vos em concreto de Ponte de Sôr.
Com o objectivo de tentar minimizar os custos de gás, a autarquia de Ponte de Sôr lançou um concurso para a aquisição de painéis solares a instalar no complexo desportivo
Em declarações ao portal AmbienteOnline (http://www.ambienteonline.pt/), Sandra Catarino, técnica da autarquia, explicou que o aquecimento das piscinas é um dos principais responsáveis pelo consumo daquele recurso.Através do uso às energias renováveis, «pretendemos alcançar uma poupança de aproximadamente 90 por cento», sublinhou. Para além da piscina, os painéis serão também instalados no estádio municipal, campo multiusos e pavilhão desportivo.Esta tem sido uma das apostas do Executivo municipal, liderado por João Taveira Pinto, que pretende instalar aqueles instrumentos nas escolas do 1º ciclo. «Estão a decorrer concursos para remodelação desses estabelecimentos de ensino, cujas empreitadas contemplam a instalação de painéis solares. O mesmo acontece com os novos centros comunitários», acrescentou.A base de licitação é de cerca de 335 mil euros e o concurso destinado à montagem e fornecimento de painéis solares para a zona desportiva terá a duração de 70 dias, contado a partir da data de adjudicação. Segundo Sandra Catarino, a intenção da câmara municipal é a de que os painéis já possam estar a funcionar no final do próximo semestre.O financiamento será assegurado por verbas inscritas no orçamento do município e o contrato enquadra-se no Programa Operacional da Energia.
Já aqui vos falei, em artigos anteriores, da importância em apostar nas energias renováveis, diminuindo assim a dependência do petróleo, pelo que considero esta opção, por parte da autarquia de Ponte Sôr, uma mais valia para toda a população em geral assim como, inevitavelmente, para o ambiente.
Boas práticas são sempre de louvar, pelo que expresso aqui os meus parabéns pela iniciativa.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

CONTENTORES ENTERRADOS

Se por acaso já passou no Bairro dos Assentos e não anda muito distraído, certamente já se apercebeu de qualquer coisa de diferente por aquelas bandas!
É verdade, os contentores enterrados chegaram aos Assentos.
Pelo facto de eu ter acompanhado a sua colocação e de muita gente me ter questionado sobre o porquê de tantos e tão grandes buracos, esta semana resolvi escrever um pouco sobre a nova coqueluche do mobiliário urbano da nossa cidade.
Os contentores enterrados, há muito vistos em outras cidades, estão finalmente a chegar à nossa cidade. Estes contentores têm uma capacidade de 3m3, equivalem portanto a três contentores verdes dos maiores.
Ao contrário do que muita gente pensa, a sua recolha não é efectuada por aspiração, sendo feita com o carro normal da recolha de resíduos. O carro possui uma grua que eleva o contentor, encaixando-o na traseira do carro, sendo o método de despejo semelhante ao convencional.
Estes contentores têm bastantes vantagens, quando comparados com os contentores de superfície. Para além da sua capacidade ser superior, como já referi, também em termos estéticos são bastante mais atractivos, uma vez que à superfície existe apenas um marco em inox com cerca de um metro de altura, para as pessoas depositarem os resíduos. Assim eliminamos o forte impacto visual, tão característico dos contentores de superfície, assim como minimizamos os cheiros desagradáveis.
No Bairro dos Assentos estão a ser instalados 18 contentores, permitindo assim substituir 54 contentores de superfície, ou seja, quase todos os contentores existentes nos Assentos.
A colocação destes contentores implica a verificação prévia das infra-estruturas existentes no subsolo, uma vez que é necessário abrir um buraco com cerca de dois metros de profundidade. A tarefa não é nada fácil, uma vez que o subsolo está “minado” de cabos e tubagens. Isto leva a que nem sempre consigamos colocar os contentores onde tínhamos inicialmente previsto.
Daqui para o futuro, o objectivo será substituir todos os contentores de superfície pelos contentores enterrados. No entanto, pelo facto de serem ainda bastante caros, esse objectivo será cumprido a longo prazo, isto claro, se entretanto não surgirem outros mais modernos.
Refira-se que estes contentores colocados nos Assentos são apenas para colocar os resíduos sólidos urbanos indiferenciados, vulgo lixo. Quanto aos ecopontos enterrados, ficamos à espera que a VALNOR decida iniciar a sua colocação, é que agora os enormes ecopontos, ficam a destoar dos novos contentores enterrados, não acham?!

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

ECO-CIDADANIA

Com o objectivo de comemorar o dia Mundial da Árvore e das Florestas (21 de Março) e o Dia Mundial da Água (22 de Março), a Câmara Municipal de Portalegre vai levar a cabo uma semana de actividades, entre 20 e 24 de Março, denominada Eco-Cidadania – Educação ambiental para a participação.
Trata-se de uma Ecoteca móvel que irá percorrer as escolas do nosso concelho, interagindo com os alunos.
Essencialmente destinada às crianças das escolas do 1.º ciclo, a iniciativa visa o desenvolvimento da consciência cívica dos jovens como elemento fundamental no processo de formação de cidadãos responsáveis, críticos e intervenientes, proporcionando uma participação activa na Comunidade.
Pretendem-se desenvolver acções de participação/aprendizagem ambiental baseadas na realização de eco-actividades, centradas nas temáticas da Água, Resíduos, Solo e Conservação da Natureza.
As actividades a desenvolver, contam com o apoio de um recurso itinerante, uma carrinha transformada em Ecoteca, que está equipada com meios informáticos (computadores, ligação à Internet), equipamentos audiovisuais (ecrã plasma), que permitem a realização de jogos interactivos e visualização de vídeos temáticos.
No final da sessão, as crianças recebem um certificado de Criança Eco-cidadã e ficam registadas no Clube Eco-vivo, que regularmente disponibilizará informações sobre eventos e eco-notícias.
Durante os cinco dias, as actividades irão chegar até 407 crianças, oriundas de 16 escolas diferentes, tentando assim sensibilizá-las, para que elas possam encaminhar esses ensinamentos aos seus pais, uma vez que nestas matérias são as crianças que dão enormes lições aos pais!
Refira-se que depois de muitos anos a comemorar o Dia Mundial da Árvore com a plantação de novas árvores, penso que se trata de uma boa ideia fazer algo de diferente e as crianças vão agradecer certamente. Não tenho nada contra as árvores, antes pelo contrário, só acho que às vezes é preciso mudar…

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.cceseb.ipbeja.pt/eco

MONÓXIDO DE CARBONO

Existe um novo produto no mercado, disponibilizado pela Galp Energia. Trata-se de um produto inovador e que, acima de tudo, poderá salvar a vida das pessoas. Só é pena o produto ter um nome estrangeiro, Safeair, o que traduzido significa ar seguro.
Mas o que é afinal o Safeair? Trata-se de um aparelho doméstico que detecta a presença de monóxido de carbono na atmosfera, emitindo um sinal sonoro sempre que a presença deste gás tóxico atinja níveis perigosos, informando assim da necessidade de arejar o local e de se tomarem as medidas necessárias de prevenção e segurança.
O monóxido de carbono (CO) é formado pela combinação de um átomo de carbono e de um átomo de oxigénio. É um gás inflamável, inodoro e muito perigoso devido à sua toxicidade. A vida não é mantida em atmosfera de CO e este é produzido, entre outros métodos, por uma combustão incompleta provocada por falta de oxigénio. Por consequência, existe um risco de provocar acidentes domésticos se os sistemas de aquecimento (lareiras, aquecedores, caldeiras ou esquentadores) não forem correctamente utilizados.
O monóxido de carbono combina-se com a hemoglobina do sangue de forma irreversível diminuindo a capacidade de transporte do O2 dos pulmões até aos tecidos, causando dificuldades respiratórias e asfixia. Possui uma afinidade para se combinar com a hemoglobina 210 vezes superior à do oxigénio. A transformação de 50% da hemoglobina em carboxihemoglobina pode conduzir à morte; diminui a percepção visual, a capacidade de trabalho ea destreza manual.
O Safeair é produzido de acordo com as normas europeias e destaca-se pela facilidade de instalação e utilização, e funciona permanentemente durante cinco anos sem necessidade de substituição de baterias.
Quanto ao preço do equipamento, ronda os 34 euros, mas tendo em conta que pode poupar vidas humanas, não se pode considerar que seja caro.
O lançamento deste produto ocorre pouco tempo depois do início da campanha de informação que a Direcção Geral de Geologia e Energia (DGGE) lançou com o lema “O monóxido de carbono não se vê, não se cheira, não se ouve, mas mata”, que visa alertar a população para aquele perigo.
Com este produto continuamos a não ver e a não cheirar o monóxido de carbono, no entanto já temos algo que nos pode avisar do perigo.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: www.galpenergia.pt– Página da Galp

METAS DA RECICLAGEM

Mais um ano se passou e é hora de balanços. Segundo os resultados recentemente divulgados, ainda provisórios, Portugal vai cumprir as metas de 2005 relativamente à reciclagem de embalagens, com excepção do plástico. Os dados foram apresentados pelo Secretário de Estado do Ambiente, no passado dia 3 de Fevereiro.
A Directiva Europeia de 1994 definiu como meta de reciclagem de embalagens os 15 % para cada material. Na maior parte das fileiras, esta meta foi largamente ultrapassada. Vejamos o caso do papel e cartão (60% reciclado), metal (57%), vidro (41%). Quanto às embalagens de plástico, não fomos além dos 11%, razão pela qual a meta não foi atingida.
Existem algumas explicações possíveis para o facto de esta meta não ter sido atingida. A principal razão, que está já a ser sujeita a uma investigação pelo Instituto dos Resíduos e a Inspecção-Geral do Ambiente, é a exportação de plástico sem haver qualquer controle. Refira-se que até ao momento foi já detectada a exportação de mais de 2000 toneladas de plástico!
O facto de ter havido incumprimento nesta fileira, não significa que vamos sofrer penalizações. O que vai acontecer é que existirão incentivos para melhoria da eficácia e recuperação do atraso da reciclagem dos plásticos.
Na minha opinião, para além destes incentivos é também necessário que haja uma inspecção mais apertada, para evitar que alguém se ande a aproveitar do esforço efectuado pelos portugueses, no que à separação de resíduos diz respeito.
É também necessário, agora falando mais concretamente em Portalegre, que os responsáveis pela recolha selectiva, no caso a VALNOR, não deixem os resíduos acumular nos ecopontos, para que as pessoas não se desmotivem. Para além disso, é preciso que comecem a recolocar os pilhões que retiraram de muitos dos ecopontos. Não podemos ensinar as pessoas a fazer a separação e depois tirar-lhes “o pão da boca”.
Quanto às pessoas que fazem a separação, precisam de ter também consciência que ao separem não me estão a ajudar a mim, ao meu vizinho, à Câmara ou a outra entidade qualquer, de uma vez por todas há que haver consciência que estamos todos a contribuir para o nosso bem estar e para o aumento da auto-estima, em prol do ambiente.
Agora estamos já a pensar nas metas para 2011, que serão mais apertadas, vejamos: vidro (60%), papel e cartão (60%), metais (50%), madeira (15%), plásticos (22,5%). Posto isto terá de haver um esforço enorme, tanto dos agentes responsáveis como de todos nós, para que estas metas sejam atingidas.

Mãos à obra!

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: www. naturlink.pt – portal sobre ambiente

INCUMPRIMENTO À VISTA

Mais um ano se passou e conseguimos atingir um novo recorde no que à poluição diz respeito. Para não variar, Portugal atinge o primeiro lugar sempre que se trata de algo prejudicial, rotulando o país de uma imagem muito pouco colorida.
Depois da Rede Eléctrica Nacional disponibilizar os dados para 2005 assim como a Direcção Geral de Energia e Geologia, estes referentes às vendas de gasóleo e gasolina em Portugal, a Quercus efectuou os cálculos envolvendo as emissões do dióxido de carbono (principal gás de efeito de estufa) das diferentes centrais termoeléctricas e da venda de combustíveis para veículos. Chegaram à conclusão que o valor, comparado com os últimos anos, é um valor recorde em termos de poluição desta natureza.
Uma das possíveis causas para esta situação tem a ver com a incapacidade de resposta da parte dos sucessivos Governos na implementação de medidas de conservação de energia e de rápida expansão de energias renováveis.
A taxa de carbono, um dos instrumentos recentemente prometidos pelo Governo, está por implementar. Esta taxa é fundamental para gerar receitas para que o país faça uso aos mecanismos de Quioto, principalmente o mercado de emissões e o mecanismo de desenvolvimento limpo: investimentos em projectos em países em desenvolvimento, nomeadamente na área das energias renováveis, que permitirão descontarem na quota de Portugal as emissões de gases aí reduzidas.
Muitas das medidas aprovadas recentemente poderão ter um efeito relativamente marginal se não conseguirmos poupar energia. A conservação de energia é dez vezes mais rentável que o investimento em energias renováveis, no entanto não tem recebido a atenção suficiente, optando-se apenas por conceder benefícios fiscais para a instalação de energias renováveis.
A floresta, que funciona de sumidouro do dióxido de carbono, está também em risco como bem sabemos, principalmente devido aos incêndios, pelo que por esta via não conseguimos “dissolver” o dióxido de carbono existente.
A Quercus defende que é preciso prosseguir com os compromissos do Protocolo de Quioto, incentivar a população à conservação da energia, ter em atenção a eficiência energética nas construções e continuar a apostar nas energias renováveis.
Para além disso, deverá haver um poder de adaptação face às novas condições existentes no que respeita a alterações climáticas (vagas de calor, cheias, etc.), conforme os resultados apresentados no passado dia 30 de Janeiro pelo Projecto SIAM II (estudo das alterações climáticas em Portugal).
Não poderia terminar sem deixar as minhas sinceras condolências à família do colega José Tuna. Lembrem-se que há pessoas que nunca morrem, pois deixam em nós um carimbo que jamais alguém apagará.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: www. quercus.pt – Associação Nacional de Conservação da Natureza

ECO-ESCOLAS

Foi na passada semana, mais concretamente nos dias 11, 12 e 13 de Janeiro, que se realizou em Santarém o Seminário Eco-Escolas 2005/2006, no qual tive a oportunidade de estar presente. Com cerca de 400 participantes, oriundos de todo o país, o seminário revelou-se bastante interessante e bem organizado.
O Programa Eco-Escolas é destinado preferencialmente às escolas do Ensino Básico e pretende encorajar acções, reconhecer e premiar o trabalho desenvolvido pela escola na melhoria do seu desempenho ambiental, gestão do espaço escolar e sensibilização da comunidade. Pretende estimular o hábito de participação e a adopção de comportamentos sustentáveis no quotidiano, ao nível pessoal, familiar e comunitário.
Esta iniciativa surgiu em Portugal no ano lectivo 1996/97 através da Associação Bandeira Azul/Fundação para a Educação Ambiental. Desde a sua implementação, o Eco-Escolas tem crescido de forma sustentada procurando aliar o aumento do número de escolas à qualidade do Programa, o qual é monitorizado em Portugal por uma Comissão Nacional constituída por várias entidades: Ministério da Educação, Instituto do Ambiente, Instituto dos Resíduos, Instituto da Água, Instituto do Conservação da Natureza, Agência para a Energia, Direcção Regional do Ambiente dos Açores e Direcção Regional do Ambiente da Madeira.
Os 7 passos do Programa (1-Conselho Eco-Escola; 2 – Auditoria Ambiental; 3 – Plano de Acção; 4 – Monitorização e Avaliação; 5 – Trabalho Curricular; 6 – Envolvimento da Comunidade; 7 – Eco-Código) permitem a criação da que pode ser designada como Agenda 21 Escolar, um dos alicerces da Agenda 21. Desenvolve por outro lado nas crianças e jovens a capacidade de agir e intervir no sentido de melhorar o ambiente envolvente, em suma uma verdadeira educação para a cidadania.
Vários são os temas tais como transportes (tema deste ano), resíduos, água, energia, ruído, espaços exteriores, biodiversidade, agricultura biológica, entre outros, que podem ser aproveitados para que uma escola se possa candidatar à Bandeira Verde, que reconhece a existência na escola de um projecto de educação ambiental de qualidade e participado.
No presente ano lectivo 2005/06 o Programa conta já com as inscrições de 516 escolas em 145 municípios de todo o país. Temos pela primeira vez escolas do nosso concelho inscritas neste Programa como é o caso da Escola de Caia e a Escola de Alegrete, as quais felicito. Pergunto eu do que é que as outras escolas estão à espera para se inscreverem? Tenho conhecimento de alguns projectos com imensa qualidade que as escolas do nosso concelho têm desenvolvido, nomeadamente na área ambiental, no entanto parece que continuam a querer guardar esse trabalhos só para a sua escola, vivendo todos de costas voltadas uns para os outros. Este não é certamente o caminho…

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.abae.pt/ – Associação Bandeira Azul da Europa

PORTALEGRE 21

Caros leitores, estamos no início de mais um ano, pelo que aproveito a oportunidade para vos desejar um óptimo ano de 2006.
Neste novo ano, resolvi abrir a “Fonte Verde” com um artigo sobre a Agenda 21 de Portalegre, denominada Portalegre 21.
Mas o que é afinal a Agenda 21? O conceito surgiu no Rio de Janeiro em 1992, na conhecida Cimeira do Rio, tendo sido reforçado no ano 2002 em Joanesburgo, na Cimeira da Terra.
A Agenda 21 é um instrumento que visa promover o desenvolvimento sustentável, ou seja, um desenvolvimento social e económico que não descure o ambiente. Trata-se de um processo em que a autarquia local trabalha em parceria com todos os sectores da sociedade, com o objectivo de elaborar um plano de acção e implementá-lo com vista ao desenvolvimento sustentável local.
A Câmara Municipal de Portalegre iniciou este processo em 2004, em parceria com uma empresa especializada de Évora, a TTERRA – Auditoria, Projecto e Técnicas Ambientais, Lda. (http://www.tterra.pt/).
Apesar do conceito Agenda 21 ter surgido em 1992, passados 16 anos, continua a ser desconhecido para a maioria dos portugueses. Na minha opinião este facto pode ter duas explicações: por um lado, não existe para este tipo de projectos apoio financeiro por parte do Estado para as autarquias locais; por outro lado, sendo a Agenda 21 um processo de longo prazo e os mandatos dos presidentes de Câmara de apenas quatro anos, este tipo de projectos acaba por ser relegado para segundo plano.
Felizmente em Portalegre, foi feita uma aposta forte por parte da Câmara, aposta essa que só resultará se houver a participação de todos.
Até ao momento foram desenvolvidas diversas actividades, entre as quais: concurso interno para logotipo da Agenda 21 (imagem que acompanha o texto), apresentação interna para os funcionários camarários, reunião com os presidentes das Juntas de Freguesia e entrevista pessoal a cada um deles, entrevistas a vários agentes locais previamente seleccionados (Parque Natural, Centro Regional Segurança Social, Centro de Área Educativa, CerciPortalegre, Centro de Formação Profissional, Instituto Português da Juventude, Associação Tégua, Nerpor, C.P.T. Assentos, C.P.T. S. Cristóvão, Bombeiros Voluntários, Associação Comercial, Natur-al Carnes, Johnson Controls, Robinson e Região de Turismo) e questionários à população distribuídos através dos alunos do 1.º ciclo.
Todas estas actividades ajudaram a construir o Diagnóstico para a Sustentabilidade de Portalegre, que se encontra no portal da Câmara para consulta e comentários. Refira-se que este documento é apenas provisório.
Neste momento é necessário dar um novo passo. Vai ser feita a apresentação pública da Agenda Portalegre 21 no dia 16 de Janeiro, pelas 17h30m, no Museu da Tapeçaria Guy Fino, para a qual se convidam todos os interessados a estar presentes.
Porque não estamos isolados do mundo, é essencial que no âmbito da Portalegre 21 pensemos em termos globais, para que possamos actuar a nível local.
Existe imensa massa crítica em Portalegre que, infelizmente, prefere ficar a debater os assuntos na mesa do café. É necessário que a nossa cidade, o nosso concelho e o nosso distrito acordem do sono quase profundo em que se encontram.
Para evoluirmos, não são só as obras que fazem falta, é preciso que as pessoas mudem a sua mentalidade e sintam que fazem parte de uma sociedade que precisa da sua opinião. Não importa se estamos contra ou a favor daquilo que tem sido feito nos últimos tempos, importa sim criticar e fundamentar a critica, importa sim participar!
Ano novo, vida nova. Espero por si no dia 16 de Janeiro. Participe.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.cm-portalegre.pt/ - Portal da Câmara Municipal de Portalegre

1.º ANIVERSÁRIO

É verdade caros leitores e caras leitoras, a crónica FONTE VERDE completa hoje o seu primeiro aniversário.
Há um ano atrás, quando iniciei esta aventura, nunca imaginei que a crónica viesse a ser lida por tantas pessoas e que viesse a despertar tanto a atenção dos leitores. Sem descurar a popularidade do Jornal Fonte Nova, nunca me passou pela cabeça que um artigo de opinião pudesse coroar-se de sucesso, como até aqui tem acontecido.
Tem sido, até ao momento, uma experiência maravilhosa e gratificante. Por aqui passaram variadíssimos temas, sempre relacionados com a temática ambiental. Escrevi-vos sobre alterações climáticas, sobre o biodiesel, a reciclagem, a educação ambiental, a compostagem doméstica, as energias solar e eólica, entre outros temas, totalizando 24 crónicas.
Recebi imensos e-mails de pessoas com dúvidas, comentários e/ou críticas, sobre os assuntos expostos, tendo respondido a todos eles. As críticas são muito importantes, porque é com elas que nós aprendemos e acreditem, tenho aprendido muito com as criticas que têm sido feitas.
Para além disso recebi ainda o contacto directo das pessoas que me abordaram na rua. Refira-se que esta abordagem, seja ela pessoal ou por correio electrónico, é o prémio mais apetecível do nosso trabalho, é por isso que lutamos diariamente; um artigo só ganha vida depois de ser lido e vocês que estão a ler neste momento são os responsáveis pela vida que existe na crónica que escrevo, tenho de agradecer-vos por isso!
Considero portanto que este primeiro ano de vida foi, sem dúvida, um ano muito positivo.
Numa altura de balanço, não posso deixar de agradecer ao director do Jornal Fonte Nova, o Sr. Aurélio Bentes Bravo, pelo facto de ter aceite o desafio que lhe propuz.
Para além disso, agradeço também a toda a equipa Fonte Nova, que com imenso esforço, torna possível o sucesso deste jornal.
Agora, e porque também mereço, vou de férias, regressando apenas no próximo ano.
Espero poder continuar a contar com a sua participação activa, em prol do ambiente.
Aproveito para desejar a todos os leitores um santo Natal e um Ano de 2006 melhor que este que agora termina.
Encontramo-nos aqui no próximo ano e já sabe…

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

RECICLAGEM AM ALTA

As contas relativas ao terceiro trimestre de 2005 estão feitas e os resultados são animadores. É nítida a preocupação dos portugueses com o meio que os rodeia, sendo a sua preservação o objectivo prioritário.
Até Setembro deste ano, as quantidades de embalagens usadas enviadas para reciclagem cresceram 16,4% face a período homólogo, num total de 233.318 toneladas. Para isso contribuíram todos aqueles que separam os resíduos, colocando-os no ecoponto.
Tem havido um esforço enorme, por parte das entidades reguladoras, em divulgar por todo o país esta forma de baixar a taxa de resíduos depositados nos aterros sanitários, aumentando substancialmente a taxa de reciclagem.
Até Setembro último foram recolhidas para reciclagem mais de 32.922 toneladas de material, entre vidro, papel/cartão, plástico, metal e madeira.
O papel/cartão é, em termos globais, o material mais separado, (105.993 toneladas), seguido do vidro (91.559 toneladas), do plástico (21.397), do metal (10.946) e, por fim, da madeira (3.482).
Segundo Joana Santos, da Sociedade Ponto Verde, “os resultados alcançados demonstram que as retomas têm vindo a crescer de forma sustentada. Ainda assim, apesar de cerca de 40% da população portuguesa referir que já faz a separação das embalagens usadas, existe ainda uma fatia considerável da população que não participa na recolha selectiva”.
Há ainda muita gente que se queixa de termos poucos ecopontos e dizem que é por não terem um ecoponto na sua rua que não fazem a separação dos resíduos, mas a realidade é que no concelho de Portalegre até estamos muito bem servidos, existindo neste momento cerca de 98 ecopontos.
Têm-se registado alguns problemas no que respeita à recolha, porque muitas vezes as pessoas querem colocar os seus resíduos no ecoponto e o mesmo encontra-se cheio, impossibilitando assim a deposição. Pede-se uma atenção especial aos responsáveis pela VALNOR para esta situação, uma vez que corremos o risco de desmotivar as pessoas que separam os resíduos em casa.
Tal como no resto do país, também em Portalegre a reciclagem tem vindo a aumentar pelo que também os Portalegrenses estão de parabéns.
Realce-se ainda a importância do trabalho desenvolvido pela SELENIS em prol do ambiente, que para além de fazer a reciclagem das garrafas de plástico, designadas por PET, efectuou um avultado investimento para conseguir também reciclar as embalagens usadas de óleos alimentares, que antes não se podiam reciclar.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: www.cm-portalegre.pt – Portal da Câmara Municipal de Portalegre – Podem aí ser consultadas as estatísticas do concelho de Portalegre na secção Ambiente

NOVA GARRAFA PLUMA

Encontra-se à venda, desde o passado dia 15 de Outubro, uma nova garrafa de gás butano. Conhecida por Pluma, esta nova garrafa da Galp é, segundo a empresa, muito segura, ergonómica, construída em materiais recicláveis e leves, o que faz com que esta garrafa pese cerca de metade da garrafa tradicional em aço.
No exterior a garrafa é composta por polietileno de alta densidade, integrando um reservatório interior em aço reforçado por uma matriz de polipropileno e fibra de vidro, que lhe triplica a resistência. Dispõe, para além disso, de uma válvula de segurança e de um fusível térmico (protecção em caso de temperaturas extremas).
Refira-se que este projecto, que resultou de um investimento superior a 10 milhões de euros, envolveu a criação de um cluster que agregou as universidades do Porto e do Minho e prestigiadas empresas portuguesas como a Antrol Alfa, Simoldes e Brandia. Trata-se portanto de um projecto 100% português, a pensar nos portugueses.
A produção está a cargo de uma fábrica de elevada tecnologia localizada em Guimarães, fábrica essa que foi construída de raiz para este projecto, tendo resultado na criação de 29 novos postos de trabalho directos.
A Pluma pesa apenas 7,5 quilogramas, contra os 15 da garrafa tradicional em aço. Além disso tem pegas ergonómicas, adaptadas aos contornos das nossas mãos e revestidas de um material suave e confortável.
Como se não bastasse, esta garrafa apresenta ainda um design exclusivo bastante agradável à vista, tornando mais cómodo e limpo o seu transporte e manuseamento.
O mercado do GPL (Gás de Petróleo Liquefeito) em garrafa representa em Portugal um universo de cerca de três milhões de famílias. A Galp Energia é líder neste mercado com vendas acima dos 12 milhões de garrafas/ano.
Considerando a crise profunda que o país atravessa, trata-se sem dúvida de um projecto cheio de inovação, feito pelos portugueses que tantas vezes são criticados por nada saberem fazer. Há que aproveitar a massa crítica de nacionalidade portuguesa e não deixá-la abalar, como até aqui tem acontecido. Convenhamos que lá fora (entenda-se estrangeiro), faz-se muita coisa bem feita, sem dúvida, mas na maior parte das vezes há portugueses envolvidos. É necessário elevar a moral lusa e criar novos projectos inovadores para que sejamos reconhecidos lá fora.
Eu gostei imenso desta nova garrafa, leve como uma pluma, e penso que os senhores que normalmente fazem a distribuição também terão gostado…

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.galpenergia.com/ – Sitio da empresa Galp Energia

LIÇÃO AMAZÓNICA

Foi-me enviado via e-mail este discurso do Ministro da Educação Brasileiro proferido nos EUA, em Março deste ano. O discurso merece ser lido, afinal não é todos os dias que um Brasileiro dá um "baile" educadíssimo aos Americanos...
Durante um debate numa universidade nos Estados Unidos o actual Ministro da Educação CRISTOVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazónia (ideia que surge com alguma insistência nalguns sectores da sociedade americana e que muito incomoda os brasileiros).Um jovem americano fez a pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um Brasileiro. Esta foi a resposta do Sr. Cristovam Buarque:"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazónia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse património, ele é nosso.Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazónia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.Se a Amazónia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro...O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazónia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extracção de petróleo e subir ou não o seu preço.Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser Internacionalizado. Se a Amazónia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazónia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.Antes mesmo da Amazónia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo génio humano. Não se pode deixar esse património cultural, como o património natural Amazónico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país.Não faz muito tempo, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milénio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazónia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos também todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.Nos seus debates, os actuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a ideia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como património que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazónia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um património da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver.Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazónia seja nossa. Só nossa! "
Este discurso foi altamente censurado, não tendo sido publicado. Graças à poderosa arma que é a Internet alguém conseguiu obtê-lo, e ainda bem que o fez porque considero-o uma autêntica lição amazónica ao mundo inteiro.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

RECICLAGEM DE ÓLEOS USADOS

O aproveitamento dos óleos alimentares usados para combustível poderá ser o ponto de partida para um futuro mais sustentável.
O Ministério do Ambiente acaba de promover um acordo, de carácter voluntário, que visa garantir a recolha dos óleos alimentares e o respectivo encaminhamento para as empresas autorizadas que procedem ao seu aproveitamento, como é o caso das que produzem biocombustível.
Nesta primeira fase, pretende-se efectuar a recolha dos óleos nos estabelecimentos de restauração, uma vez que ainda existe uma grande quantidade de óleos que são enviados para o esgoto e/ou para o lixo, contaminando assim as águas e os solos. Estima-se que em Portugal sejam produzidas cerca de 125.000 toneladas deste resíduo pelo que se o podermos reaproveitar, podem daí advir inúmeras vantagens.
Até 2007 pretende-se recolher e valorizar 30% dos óleos e até 2012 o objectivo são os 60%.
Com este acordo, o Instituto dos Resíduos (INR) assume o compromisso de apoiar as empresas de recolha de óleos alimentares, como é o caso da VALNOR, através da definição dos requisitos ambientalmente adequados a essa actividade, assim como a possibilidade de registo on-line dos operadores que procedem à recolha e transporte deste resíduo.
O acordo prevê a criação de uma Estrutura de Gestão, presidida pelo INR e composta pelas diversas associações representativas do sector e que terá ainda um conselho consultivo, no qual estarão representadas as associações de defesa do ambiente.
Trata-se sem dúvida de um pequeno grande passo no mundo da reciclagem. Espera-se agora que o Governo conclua a legislação que tem em preparação no sentido de isentar do Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos o biodiesel produzido a partir de óleos alimentares usados, em unidades de pequena e média dimensão.
Assim, promove-se a recolha e aproveitamento a nível local dos óleos alimentares, sob a forma de biodiesel que pode ser utilizado nas frotas municipais, como já acontece em Sintra, onde foi inaugurado no passado dia 30 de Setembro o primeiro posto de biodiesel em Portugal. A ideia é simples: transformar o óleo que rejeitamos na nossa cozinha em combustível amigo do ambiente. Desde logo três vantagens: o óleo é reciclado e reutilizado, evita-se poluição e problemas no saneamento e poupa-se dinheiro! Refira-se que, tratando-se de um biocombustível alternativo mais barato, haverá uma diminuição das despesas associadas aos consumos de gasóleo pelas frotas municipais.
Para além de Sintra, o projecto está também a ser preparado em Coimbra, Portimão, Lisboa, Funchal e Beja, entre outras.
Fica aqui uma (boa) ideia para o novo executivo da Câmara Municipal de Portalegre, ao qual desejo as maiores felicidades em prol do desenvolvimento, em melhoria contínua, do concelho de Portalegre.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.quercus.pt/ – Associação Nacional de Conservação da Natureza

ATAQUE À POLUIÇÃO AUTOMÓVEL

Começou o ataque à poluição automóvel. Foi aprovada em Conselho de Ministros, no passado dia 22 de Setembro, uma medida que estabelece que o Imposto Automóvel (IA) dos veículos ligeiros de passageiros, novos e usados, deixa de ser definido exclusivamente em função da respectiva cilindrada e passa a considerar um factor ambiental, representado pelo nível de emissões do dióxido de carbono, indexado a escalões de emissões.
Baseado no princípio do poluidor/pagador, pretende-se que se caminhe no sentido da procura de automóveis mais amigos do ambiente e mais eficientes em termos energéticos, em consonância com as mais recentes propostas da Comissão Europeia, que indicam que a fiscalidade automóvel pode contribuir para a minimização dos impactes ambientais negativos resultantes da entrada em circulação dos veículos.
Refira-se que o novo modelo de tributação do IA não provocará um aumento da carga fiscal no sector, registando-se apenas uma redistribuição de modo a estimular opções mais amigas do ambiente.
As alterações legislativas necessárias para concretizar estas orientações serão introduzidas no Orçamento de Estado para 2006 (que talvez surja após as eleições autárquicas!), prevendo-se que tais alterações só comecem a vigorar a partir de 1 de Julho de 2006.
O Sector Automóvel espera para ver. Para o presidente da Associação do Comércio Automóvel, a medida é “avulsa” e representa um “aumento da carga fiscal encapotado”. “A coexistência de um imposto sobre a cilindrada com uma componente ambiental não faz sentido”, diz Fernando Martorel, que lamenta que o sector não tenha ainda sido ouvido. O responsável defende que o IA seja substituído por um imposto em função do valor do carro, sendo a perda de receita fiscal compensada por um aumento gradual do imposto de circulação.
Já o líder da Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel”, Ferreira Nunes, concorda com o “princípio do poluidor/pagador”, apesar de achar que esta é uma medida “titubeante”. “Temos estado a perder tempo nesta matéria”, denuncia o responsável, que vai “esperar para ver” de que forma o Executivo vai regulamentar a lei.
Na minha opinião trata-se de uma medida de louvar, pela qual a Associação Quercus há muito batalhava, vamos agora ver a aplicabilidade que a medida vai ter.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

SEMANA EUROPEIA DA MOBILIDADE

Realiza-se este ano pela 4ª vez consecutiva a Semana Europeia da Mobilidade (SEM), de 16 a 22 de Setembro, e pela 6ª vez o Dia Europeu sem Carros (DESC), no dia 22 de Setembro.
A Campanha Nacional partilha os objectivos Europeus para a recuperação da qualidade ambiental do Velho Continente.
Pretende-se com esta iniciativa:
-encorajar o desenvolvimento de comportamentos compatíveis com o desenvolvimento sustentável e, em particular, com a protecção da qualidade do ar, com a mitigação do aquecimento global e com a redução do ruído;
-consciencializar os cidadãos para os efeitos que a sua escolha de um modo de transporte, terão na qualidade do ambiente;
-proporcionar aos cidadãos oportunidades para se deslocarem a pé, utilizarem a bicicleta e os transportes públicos, em vez do automóvel privado;
-proporcionar aos cidadãos uma oportunidade para redescobrirem a sua cidade ou vila, os seus habitantes e o seu património, num ambiente mais saudável e agradável.
O tema transversal para este ano é “Ir e vir, de outro modo”. O objectivo deste tema é promover viagens pendulares sustentáveis, ou seja para e do local de trabalho, tentando encorajar a utilização de modos de transportes alternativos, tais como a bicicleta, os transportes colectivos, andar a pé e recorrer a esquemas de partilha de carros (car pooling) ou de utilização colectiva do carro (car sharing).
Na SEM vão participar 18 cidades/vilas portuguesas e no DESC vão participar 46 cidades/vilas.
Portalegre irá participar nesta iniciativa europeia, tanto na SEM como no DESC.
As actividades que estão previstas para a nossa cidade são:
-corte de trânsito da Rua 19 de Junho, entre a Praça da República e a Rua de Elvas, no dia 22 de Setembro. Esta será uma medida permanente, uma vez que a via passará a ser interdita ao trânsito;
-eliminação de algumas barreiras arquitectónicas da nossa cidade;
-autocarros eléctricos gratuitos durante toda a semana, de 16 a 22 de Setembro;
-transportes públicos gratuitos durante o dia 22 de Setembro.
Esta iniciativa, é de louvar pelo alcance europeu que conseguiu. No entanto, é pena que só nesta altura as pessoas se lembrem da necessidade de deixar o carro em casa e usar os transportes públicos. Com a subida dos preços dos combustíveis, as pessoas serão obrigadas, mais tarde ou mais cedo, a deixar o carro em casa, ou então a deixar de comer, depende da prioridade!

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.iambiente.pt/ – Instituto do Ambiente

LIXO ELECTRÓNICO

A partir de agora o lixo electrónico já pode ser reciclado. Conhecidos como Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE), frigoríficos, telemóveis, jogos de computador, lâmpadas e todo o tipo de electrodomésticos usados podem agora ser entregues nos ecocentros e enviados para reciclagem (de referir que brevemente entrará em funcionamento o Ecocentro de Portalegre, que se irá localizar na Zona Industrial em frente ao Centro de Formação Profissional).
Para além desta opção, o consumidor poderá, ao comprar um equipamento eléctrico novo, exigir ao distribuidor que fique com o velho sem ter de pagar mais por isso. Caso as empresas de distribuição recusem ou cobrem pelo serviço de troca de equipamentos velhos na compra de um novo, o consumidor pode reclamar junto da Inspecção-Geral do Ambiente.
A recolha também pode ser solicitada às autarquias (no caso de Portalegre, basta ligar o número verde do Gabinete do Munícipe – 800200150), que depois encaminham o equipamento para os operadores de gestão de resíduos. Finalmente são enviados para empresas que os reciclam, valorizam ou reutilizam.
Ao adquirirmos um produto deste tipo, o preço incluirá um ecovalor, servindo o custo deste ecovalor para financiar o processo de recolha, triagem e reciclagem dos REEE.
O objectivo é responsabilizar os produtores e consumidores pelo tratamento dos resíduos produzidos.
As regras desta fileira de reciclagem são ditadas pelo decreto-lei n.º 230/2004 que transpõe para a legislação nacional uma directiva comunitária. O diploma prevê metas que até finais de 2007, sejam reciclados 50 a 70% de resíduos, e reutilizados 50 a 75% e valorizados 70 a 80% variando a percentagem consoante o aparelho.
Estima-se que cada pessoa produza por ano 14 quilos deste tipo de lixo. Segundo as metas comunitárias, até 2006, pelo menos quatro quilos deste total têm de ser reciclados.
Actualmente não há em Portugal empresas que tratem todo o tipo de REEE. Por isso, uma fracção destes terá de ser exportada.
Visto que tem várias opções ecológicas para se “desfazer” destes resíduos, por favor não continue a brindar as nossas bonitas serras com estes presentes envenenados.
Nota Importante – relativamente ao último Fonte Verde (Dia 20 de Agosto – “Afinal tinham razão”) informo os respeitosos leitores que recebi um e-mail do Sr. Henrique Agostinho, da Sociedade Ponto Verde, dizendo que apesar de ter sido divulgado pela Quercus um parecer do Ministério do Ambiente indicando o contentor amarelo como o destino mais adequado para as embalagens de cartão para líquidos alimentares (vulgo “tetra-pak”), infelizmente esse parecer não parece ser de alguma forma vinculativo. Assim sendo continuamos na mesma, sem saber onde colocar o “tetra-pak”.
De qualquer das maneiras, quer opte pelo ecoponto azul ou pelo amarelo, é garantido que os resíduos serão reciclados.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.inr.pt/ – Instituto Nacional dos Resíduos

AFINAL TINHAM RAZÃO

Depois de uma longa batalha, que durou mais de cinco anos de negociações e chamadas de atenção, o Ministério do Ambiente deu finalmente razão à associação ambientalista Quercus quanto ao destino a dar às embalagens tetra pak.
A Sociedade Ponto Verde considerava que estas embalagens deveriam ser colocadas no ecoponto azul enquanto que a Quercus defendia que este tipo de embalagens deveria ser colocado no ecoponto amarelo, pois só este garante uma triagem e encaminhamento correctos deste material, sem aumentar os custos de gestão dos sistemas de tratamento de resíduos.
Desde o início da implementação da recolha selectiva de resíduos de embalagens que as normas de colocação das embalagens de cartão para bebidas foram polémicas, nunca tendo sido aceites pelos grandes sistemas de gestão de resíduos. Esta discrepância nas regras de deposição levou a constantes dúvidas entre os cidadãos e a diversas ineficiências e dificuldades no campo das empresas.
Este tipo de embalagens, requer um tratamento específico (feito em Espanha) e por isso a sua triagem é fundamental para que possam ser recicladas. Até agora estas embalagens pagavam um ponto verde inferior por serem consideradas embalagens de papel, evitando assim o pagamento dos custos de separação na estação de triagem. Assim, esta fileira concorreu de forma desleal face a outras fileiras (como o plástico e o metal) que sempre pagaram esse custo aos sistemas de Resíduos Sólidos Urbanos.
Muitas empresas portuguesas de reciclagem de papel discordavam abertamente da regra de colocação deste tipo de embalagens no contentor azul. Estas embalagens colocavam dificuldades aos pequenos/médios retomadores que acabavam por perder dinheiro, uma vez que o material era pago mas não era aproveitado, sendo posteriormente tratado como refugo. Para além disso, era necessário fazer exportação para Espanha dos lotes de papel e cartão contaminados com este tipo de embalagens, reduzindo a disponibilidade de matéria-prima em território nacional.
A Quercus aguarda agora que haja uma forte campanha de sensibilização junto dos cidadãos de modo a que se coloquem correctamente as embalagens de cartão para bebidas alimentares nos contentores de recolha selectiva de cor amarela, campanha essa que permita esclarecer todas as dúvidas existentes e contribuir para taxas mais elevadas de reciclagem destas embalagens.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

ENERGIA EÓLICA

Um dos grandes tormentos do Mundo de hoje é a questão relativa à energia. O aproveitamento desta ainda não atingiu um nível satisfatório, pelo facto de a maioria da energia utilizada no planeta ser de origem não renovável, seja de fonte mineral, atómica, térmica ou das águas. A energia pode ser utilizada de forma mais civilizada e menos dispendiosa, utilizando para tal fontes renováveis como a energia eólica, solar, das marés, geotérmica e de outras mais.
Em Portugal, o primeiro parque eólico foi criado em 1988 em Santa Maria (Açores), mas actualmente a distribuição destas centrais abrange quase todo o território nacional. No entanto só nos últimos 5 anos, com o Programa Energia, é que se criaram algumas condições para o desenvolvimento real deste tipo de energia, mas todavia insuficientes tendo em conta o panorama verificado em países mais favoráveis à energia eólica.
O Governo apresentou no passado dia 18 de Julho o novo concurso internacional para produção de electricidade em centrais eólicas. Ao todo são 1700 mega watts de potência eólica, para se perceber melhor, o suficiente para se iluminar a cidade de Lisboa.
Tal como disse José Sócrates, “este concurso vai servir para dinamizar a nossa economia, mas também para dar a Portugal um perfil mais sustentável e mais amigo do ambiente no seu desenvolvimento”.
Com o novo concurso pretende-se que Portugal reduza a sua dependência da importação de combustíveis fósseis.
Só o ano passado Portugal importou 86% de energia! O objectivo é que, até 2010, 40% da energia produzida surja a partir de energias renováveis.
Seria necessária a centralização dos processos de licenciamento em apenas um único organismo, que coordenaria e teria a cargo todo o procedimento administrativo, por forma a diminuir os prazos de implementação dos projectos os quais, actualmente, rondam os 2 a 4 anos.
A energia eólica mostra-se como uma das fontes renováveis com maior potencialidade e maior desenvolvimento futuro, não apenas pelas metas estabelecidas, mas também pelo interesse que desperta nas entidades e empresas o desenvolvimento de projectos de grande envergadura e visibilidade, além do retorno financeiro bastante atractivo.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.ineti.pt/ – Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação, I.P.

CO-INCINERAÇÃO

Tal como prometido pelo actual governo no programa eleitoral, a co-incineração de resíduos não perigosos está de volta. Os testes iniciaram-se no dia 29 de Junho e irão prolongar-se até ao dia 15 de Julho, na cimenteira Secil, em Outão.
Depois de efectuados os testes brancos (medição das emissões durante o funcionamento normal da cimenteira sem queima de resíduos), decorrem agora os testes de co-incineração com a queima de 3 toneladas/hora de farinhas animais e de 2,5 toneladas/hora de resíduos de pneus, números estes avançados pela Comissão de Acompanhamento da empresa. De referir que esta Comissão, criada em Janeiro de 2003, inclui representantes da Câmara de Setúbal, Juntas de Freguesia da Anunciada, São Lourenço e São Simão, associação ambientalista Quercus, Parque Natural da Arrábida, Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, Delegado de Saúde do Concelho de Setúbal e Hospital do Outão.
Os testes irão envolver dois fornos, contemplando uma avaliação completa das emissões relativamente aos poluentes legislados e outros muito para além do exigido, de acordo com o tipo de resíduo e a capacidade máxima actual de substituição de combustível, nomeadamente metais pesados e dioxinas.
Caso os resultados concluam pela inexistência de emissões atmosféricas susceptíveis de causar qualquer problema ambiental ou de saúde pública, a Secil poderá vir a utilizar a queima de resíduos como combustível alternativo, diminuindo a dependência de combustíveis fósseis como por exemplo o carvão.
A Comissão de Acompanhamento Ambiental dispõe de capacidade para solicitar à Secil a contratação de um consultor externo cujo trabalho seja desenvolvido para a própria Comissão. Dada a sensibilidade do assunto em causa, a Comissão de Acompanhamento decidiu fazê-lo para o seguimento dos testes de queima de resíduos não perigosos, tendo sido seleccionada a empresa de consultadoria e auditoria internacional SGS. Para além disto, durante o período de testes, bem como noutro qualquer momento, é permitido aos membros da Comissão de Acompanhamento Ambiental a visita à fábrica e o seguimento das operações a serem realizadas.
Os resultados serão objecto de um relatório que será divulgado publicamente por esta Comissão. Parece-me que quaisquer que forem os resultados apresentados, a história não vai acabar por aqui. Não acredito que haja um consenso nesta matéria, tal como não houve até ao momento.
O tempo o dirá…

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.secil.pt/ – Cimenteira SECIL.

AOS BOMBEIROS

Quem disse um dia que os heróis faziam parte do imaginário das crianças, enganou-se redondamente.
Apesar de trabalharem durante todo o ano, são lembrados apenas nesta época do ano devido ao elevado número de incêndios. Contudo e devido às alterações climáticas, esta situação está a mudar. Antes era muito raro que um incêndio ocorresse em pleno Inverno enquanto que hoje ocorrem quase durante todo o ano.
São os primeiros a ser chamados ao local e muitas vezes são também os primeiros a ser criticados. Não se importando com essas criticas, seguem com a mesma vontade cada vez que são chamados. É essa a sua vida, e se tiverem que perdê-la em defesa de algo ou de alguém, não se importam porque sabem que lutaram até ao fim. Têm como lema “Vida por Vida”.
A seca extrema que atravessamos este ano não tem ajudado ao seu trabalho. As temperaturas são muito elevadas, o mato está demasiado seco e a água escasseia. Estes são os três factores que estão apenas do lado do fogo e que em nada ajudam aqueles que o combatem.
O fogo não escolhe nem ricos nem pobres, nem doutores nem desempregados, não escolhe noite nem dia, o fogo avança desenfreadamente por todos os sítios possíveis, seja em Portugal, na Europa, no Mundo.
O hino da Liga dos bombeiros Portugueses transmite realmente aquilo que são:
“De machados erguidos ao alto,Arma branca da paz renascida,O Bombeiro é o guerreiro da esperança,Que luta e que avançaComo anjo da vida.Onde há dor, sofrimento, ou desgraça,Há um homem, há uma mulher sem nome:É o Bombeiro que rompe, que salva e que passa,Sem cor, mas com raça – sem sono e sem fome.”
Quem disse um dia que os heróis faziam parte do imaginário das crianças, enganou-se redondamente. Eles são de carne e osso, chamam-lhes BOMBEIROS.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.lbp.pt/ – Liga dos Bombeiros Portugueses

SERRA LIMPA, SERRA PROTEGIDA

Foi no passado dia 5 de Junho, Dia Mundial do Ambiente, que se realizou mais uma iniciativa de limpeza em pleno Parque Natural da Serra de S. Mamede. Tratou-se da 2ª edição de uma acção organizada pela Câmara Municipal de Portalegre, na qual colaboraram também as Juntas de Freguesia de Alegrete, Carreiras, Reguengo, Ribeira de Nisa e S. Julião, assim como outras entidades nomeadamente o Parque Natural da Serra de S. Mamede, os Sapadores Florestais, os Bombeiros Voluntários, a Cruz Vermelha e os Escoteiros.
No total participaram cerca de 70 pessoas que durante toda a manhã trabalharam arduamente debaixo de uma temperatura arrasadora em prol do Ambiente.
O meu artigo vem no sentido de perguntar às pessoas que são do Concelho de Portalegre, a razão pela qual não estiveram presentes nesta acção de limpeza? Faz-me alguma confusão como é possível haver uma participação tão baixa da população para uma causa tão nobre como esta. Basta ligarmos a televisão para nos depararmos com os lamentos das pessoas que devido aos incêndios perderam tudo o que tinham (onde é que eu já vi isto?!). Mas será preciso chegar a este ponto para perceber que algo tem que mudar na mentalidade das pessoas! É fácil atribuir a culpa ao Estado por causa da falta de meios, mas será só esse o problema? É preciso começar tudo a arder novamente para as pessoas da nossa região se mobilizarem como foi em 2003? Não deveria ser, mas penso ser essa a realidade!
As matas estão sujas e a precisar de ser limpas e quando se organiza uma acção como estas comparecem 70 pessoas!!! Se mais pessoas tivesse havido, mais lixo se tinha apanhado, uma vez que a Serra continua suja.
Deixo um desafio à população: juntem a vossa família e vão até à Serra de S. Mamede apanhar o lixo que ainda aí permanece. Se todos apanharmos um pouco, não custa e estamos a ajudar na prevenção de uma época de incêndios que se prevê avassaladora! Se por acaso não quiserem limpar, então não sujem mais!
A todos aqueles que estiveram presentes nesta acção no passado dia 5 de Junho, bem hajam!

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

REDE NATURA 2000

Bastante falada nos últimos tempos, importa antes de mais perceber o que é afinal a Rede Natura 2000. Trata-se de uma rede de áreas designadas para conservar os habitats naturais e as espécies selvagens raras, ameaçadas ou vulneráveis. Esta rede representa o empenho dos países europeus na conservação dos seus recursos naturais a partir do ano 2000 sendo constituída por dois tipos de zonas: as ZEC (Zonas Especiais de Conservação - incluem habitats naturais e espécies de flora e fauna) e as ZPE (Zonas de Protecção Especial - incluem populações significativas de aves selvagens e respectivos habitats).
Em Portugal, as áreas protegidas ocupam 7,2% do território nacional. A proposta nacional para os sítios Natura 2000 aumenta em 14,1%, a área afecta à conservação. Na hipótese destas áreas serem incluídas na lista final de sítios da Rede Natura 2000, Portugal terá 21,3% do seu território classificado. Será suficiente? A resposta exacta é desconhecida mas investigadores calculam que a área necessária para reduzir, de forma significativa, o ritmo actual de extinções oscila entre 50-70% dos territórios nacionais.
No cerne do conflito que envolve a selecção de áreas para a Rede Natura 2000 estão lógicas contraditórias. De um lado está o sector da conservação em que a lógica é o da maximização da área afecta à Rede. Do outro lado está o sector de produção em que a lógica é o da minimização da área afecta à Rede.
Para resolver estas questões contraditórias é necessário que sejam criadas linhas de financiamento Europeias, específicas para a gestão dos sítios Natura 2000, através de uma transferência de verbas associadas à produção agrícola para o sector da conservação. A título de exemplo, poderia acontecer algo do tipo: em vez de se atribuir ao agricultor um subsídio para produzir 100 hectares de girassol, pode-se financiar a “produção” de um total de 15 abetardas, 2 casais de águias caçadeiras e 3 trigueirões por hectare.
Na raiz da resolução deste conflito está o conceito de desenvolvimento sustentável. É necessário que haja uma forte intervenção dos organismos públicos. O financiamento comunitário à gestão das áreas Natura 2000 é um passo importante no sentido de compensarem os agricultores pelas eventuais perdas de rendimento e/ou oportunidades que poderão advir da classificação das suas propriedades. Outras formas de compensação deverão ser estudadas de forma a corrigir a desigualdade entre agricultores sob regimes de conservação e os restantes.
Mas atenção, uma vez que não são só os agricultores que poderão ser prejudicados. A Rede Natura 2000 poderá vir a inviabilizar projectos futuros mesmo ao nível do concelho de Portalegre. Será esse o preço a pagar pela preservação das espécies. Quanto a custos, cada um define os seus consoante o ponto de vista: ou estão do lado da preservação ou do lado da produção. É bom que se crie um balanço entre ambas as partes, para que ninguém saia prejudicado com isto.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.icn.pt/ – Instituto Conservação da Natureza

ENERGIA SOLAR

Ao contrário de outras fontes de energia, o sol é um recurso renovável e inofensivo para o ambiente. Contudo, não estamos a aproveitá-lo da melhor maneira. Por exemplo, em Portugal, que é um país com um dos valores de irradiação solar mais elevados da Europa (cerca de três mil horas por ano), o aproveitamento dessa energia está muito aquém do seu pleno potencial.
Até 2001, instalaram-se em Portugal cerca de 231 mil metros quadrados de painéis solares, o que perfaz à volta de 21 m2 por cada 1000 habitantes. Se compararmos, por exemplo, com a Alemanha, e tendo em consideração que a irradiação solar é muito menor, os números revelam uma maior aposta: cerca de 44 m2.
Um dos factores que poderá explicar a fraca adesão dos portugueses é o preço dos equipamentos. Facilmente se percebe se tivermos em conta que um sistema solar térmico ronda os 2500 euros. Por isto, investir em painéis solares ainda não está ao alcance de todas as bolsas. O panorama seria mais animador se fossem implementados mais incentivos financeiros para o momento da compra.
Na prática, os benefícios fiscais em vigor são quase inexistentes, dado não serem cumulativos, por exemplo, com o crédito à habitação. Cabe ao governo, mais concretamente aos ministérios das Finanças e da Economia, implementar medidas concretas que estimulem a aposta nas energias renováveis.
Valerá então a pena investir na energia solar? Considerando apenas os custos de energia, e comparando os sistemas térmicos com as formas de energia convencionais, a poupança obtida é assinalável. Ao usarmos um sistema solar, em vez de esquentador de chama automática a gás propano, podemos poupar mais de 300 euros por ano. Fazendo as contas, são precisos cerca de oito anos para o nosso investimento ter retorno. Estes cálculos foram feitos sem considerar o aumento do preço da energia. Ao contrário das outras, que recorrem a uma fonte esgotável, a energia do sol é gratuita. Por isso, quanto maior for o aumento dos combustíveis, mais se poupará com a energia solar.
Para que em Portugal se aposte mais neste tipo de energia, poderíamos seguir o exemplo espanhol, em que é possível beneficiar de incentivos financeiros, que podem inclusive ultrapassar os 50 % do custo do investimento. A comparticipação de 50 % na compra dos painéis solares é a melhor aposta em termos de retorno do investimento, ultrapassando os incentivos fiscais.
Nós por cá, já temos sol, portanto senhores ministros, falta a vossa parte!

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.spes.pt/ – Sociedade Portuguesa de Energia Solar

quinta-feira, maio 25, 2006

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O conceito de Educação Ambiental tem experimentado uma assinalável evolução. Inicialmente, assume um carácter naturalista, o qual integra a defesa do regresso ao passado e a recusa do desenvolvimento e do progresso. Actualmente, assume um carácter tendencialmente realista, o qual assenta na existência de um equilíbrio entre o meio natural e o homem, com vista à construção de um futuro pensado e vivido numa lógica de desenvolvimento e progresso. Neste contexto, a Educação Ambiental é aceite, cada vez mais, como sinónimo de educação para o desenvolvimento sustentável ou de educação para a sustentabilidade.
A necessidade de uma educação que tenha como finalidade a formação de cidadãos ambientalmente cultos, intervenientes e preocupados com a defesa e melhoria da qualidade do ambiente natural e humano reúne um largo consenso, tanto a nível internacional, como no nosso país. Neste sentido, a Educação Ambiental deverá constituir uma preocupação de carácter geral e permanente na implementação do processo de educação.
Em que consiste afinal a Educação Ambiental? Os próximos tópicos respondem a isto mesmo:
• Compreender a necessidade de salvaguardar os equilíbrios ambientais, como suporte da biodiversidade e da diversidade de habitats a ecossistemas, naturais ou artificiais.
• Compreender a importância da gestão conservativa dos recursos naturais, incluindo os recursos energéticos, considerando todas as suas formas de exploração, uso racional e preservação.
• Reconhecer e valorizar a importância da interdependência dos factores económicos, sociais, políticos e ecológicos, sobre os quais assenta a noção de desenvolvimento sustentável.
• Considerar de modo explícito as questões ambientais no âmbito dos processos de planeamento, ordenamento e desenvolvimento.
• Adquirir uma visão globalizante das questões ambientais, numa perspectiva sistémica e considerando as suas relações de complexidade e universalidade.
• Manifestar mudança de comportamentos, ao nível individual e social, que traduza a adopção de novas atitudes e de um novo sistema de valores, face ao reconhecimento da importância do ambiente como base da subsistência futura.
• Manifestar atitudes e opiniões de carácter crítico ou de avaliação perante problemas ambientais concretos, sugerindo soluções ou abordagens alternativas.
• Reconhecer e valorizar a qualidade do ambiente envolvente, contribuindo para a sua defesa ao nível das atitudes e comportamentos quotidianos.
• Colaborar de forma activa e responsável em acções visando a defesa e melhoria do ambiente, empreendidas por iniciativa própria ou como adesão a iniciativas alheias, contribuindo assim para a resolução dos problemas ambientais relevantes.
• Compreender a necessidade de cooperação ao nível individual, colectivo e institucional, de modo a promover as melhores soluções para a prevenção e resolução de problemas ambientais, quer estes se manifestem localmente, quer sejam de âmbito nacional ou internacional.
Desenvolver, progressivamente, uma consciência ambiental global básica que evolua no sentido do desenvolvimento de consciências ambientais mais específicas e especializadas constitui o desafio presente da Educação Ambiental e a garantia da nossa própria sobrevivência.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.aspea.org/ -Associação Portuguesa de Educação Ambiental

COMPOSTAGEM DOMÉSTICA

A compostagem é um processo biológico em que os microrganismos transformam a matéria orgânica, como estrume, folhas, papel e restos de comida, num material semelhante ao solo a que se chama composto. Para realizar a compostagem utilizamos um compostor ou pilha de compostagem que deve estar suficientemente próximo de casa, num local com fácil acesso e água perto para facilitar a rega. Se possível, reserve um local próximo do compostor para armazenar temporariamente os resíduos antes de os adicionar ao processo. Se possível coloque o compostor em cima da terra e não numa superfície impermeabilizada, porque além de possibilitar a drenagem da água facilita a entrada de microrganismos benéficos do solo para a sua pilha.
Uma outra forma de reciclar os resíduos orgânicos sem usar um compostor consiste em escavar um buraco na terra com cerca de 60 cm de diâmetro e 25 a 40 cm de profundidade e aí colocar os resíduos orgânicos, cobrindo-os de seguida com uma camada de terra ou folhas secas. No entanto, numa realidade ambiente urbana em que o espaço disponível para a compostagem pode ser reduzido, um compostor apresenta vantagens a nível estético e prático, além de ajudar a reter o calor. Se optar pelo uso de um compostor, pode construí-lo com recurso a poucos materiais e ainda menos dinheiro, ou então adquiri-lo comercialmente.
Os materiais orgânicos que podem ser compostados classificam-se de uma forma simplificada em castanhos e verdes; os castanhos são aqueles que contêm maior proporção de carbono, como palha, serradura e relva seca e os verdes são os que têm maior proporção de azoto, como restos de cozinha e relva fresca. Não junte carne, peixe, ossos, lacticínios e gorduras porque podem atrair animais indesejáveis. Excrementos de animais também não devem ser compostados, porque podem conter microrganismos patogénicos que podem sobreviver ao processo de compostagem. Os resíduos de jardim tratados com pesticidas também não devem ser compostados, tal como plantas com doenças.
Depois de escolher o local e o compostor mais adequada às suas necessidades e disponibilidades, pode começar a compostagem propriamente dita.
No fundo do compostor coloque ramos grossos aleatoriamente para promover o arejamento e depois uma camada de 5 a 10 cm de materiais castanhos.
Por cima coloque uma camada de resíduos verdes, que podem, por exemplo, ser resíduos de cozinha ou relva verde.
Cubra com outra camada de resíduos castanhos, mas não precisa de adicionar mais terra. Uma pequena quantidade de terra contém microrganismos suficientes para iniciar o processo de compostagem.
Regue cada camada de forma a manter um teor de humidade adequado.
Repita este processo até obter cerca de um metro de altura. A última camada a adicionar deve ser sempre de resíduos castanhos. Estes diminuem os problemas de odores e a proliferação de insectos e outros animais indesejáveis.
Os componentes iniciais não são reconhecíveis e o que sobra é uma substância com cheiro a terra semelhante a um solo rico em substâncias orgânicas. O composto pode ser usado em relvados, jardins, quintais, à volta das árvores ou mesmo em plantas envasadas. Este fertilizante melhora a estrutura e porosidade dos solos, quer arenosos quer calcários, permitindo uma melhor retenção de água e nutrientes e um melhor arejamento, reduzindo a erosão. Alguns estudos demonstraram que o uso do composto diminui a ocorrência de determinadas pragas das plantas. Ao melhorar as características do solo, o composto contribui para a vitalidade das plantas. Quando o composto estiver pronto deve retirá-lo da pilha de compostagem. Podem usar um crivo para separar o material que ainda não foi degradado. Deixe o composto repousar duas a quatro semanas antes da sua aplicação, especialmente em plantas sensíveis. Esta fase de repouso é designada por fase de maturação. O composto é geralmente aplicado uma vez por ano, na altura das sementeiras. É preferível aplicá-lo na Primavera ou no Outono, altura em que o solo se encontra quente. No Verão seca demasiado e, no Inverno, o solo está demasiado frio.
Ao compostar estamos sem dúvida a ajudar o ambiente e poupamos dinheiro em fertilizantes! Por isso, mãos à obra!!!

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: www.escolasverdes.org/compostagem - Página de Compostagem do Centro de Demonstração de Compostagem da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa

VIAGEM AO FUTURO

Caros leitores, esta semana partilho convosco um e-mail que recebi e que, tendo em conta a realidade mundial, tem todo o sentido em ser integralmente transcrito.
“Ano 2070. Acabo de completar 50 anos, mas a minha aparência é de alguém com 85. Tenho sérios problemas renais porque bebo muito pouca água. Creio que me resta pouco tempo. Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade. Recordo quando tinha 5 anos. Tudo era muito diferente. Havia muitas árvores nos parques, as casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro com cerca de uma hora. Agora usamos toalhas de azeite mineral para limpar a pele. Antes, todas as mulheres mostravam as suas formosas cabeleiras. Agora, devemos rapar a cabeça para a manter limpa sem água. Antes, o meu pai lavava o carro com a água que saía de uma mangueira. Hoje, os meninos não acreditam que a água se utilizava dessa forma. Recordo que havia muitos anúncios que diziam CUIDA DA ÁGUA, só que ninguém lhes ligava - pensávamos que a água jamais podia acabar. Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aquíferos estão irreversivelmente contaminados ou esgotados. Antes, a quantidade de água indicada como ideal para beber eram oito copos por dia por pessoa adulta. Hoje só posso beber meio copo. A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo e tivemos que voltar a usar os poços sépticos (fossas) como no século passado já que as redes de esgotos não se usam por falta de água. A aparência da população é horrorosa; corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas na pele provocadas pelos raios ultravioletas que já não tem a capa de ozono que os filtrava na atmosfera. Imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia por todos os lados. As infecções gastrointestinais, as enfermidades da pele e das vias urinárias são as principais causas de morte. A industria está paralisada e o desemprego é dramático. As fábricas dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e pagam-nos em agua potável o salário. Os assaltos por um bidão de água são comuns nas ruas desertas. A comida é 80% sintética. Pelo facto da pele se encontrar ressequida, uma jovem de 20 anos está como se tivesse 40. Os cientistas investigam, mas não parece haver solução possível. Não se pode fabricar água, o oxigénio também está degradado por falta de árvores e isso ajuda a diminuir o coeficiente intelectual das novas gerações. Alterou-se também a morfologia dos espermatozóides de muitos indivíduos e como consequência há muitos meninos com insuficiências, mutações e deformações. O governo cobra-nos pelo ar que respiramos (137 m3 por dia por habitante adulto). As pessoas que não podem pagar são retiradas das “zonas ventiladas”. Estas estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam a energia solar. Embora não sendo de boa qualidade, pode-se respirar. A idade média é de 35 anos. Em alguns países existem manchas de vegetação normalmente perto de um rio, que é fortemente vigiado pelo exército. A água tornou-se num tesouro muito cobiçado mais do que o ouro ou os diamantes. Aqui não há árvores, porque quase nunca chove e quando se regista precipitação, é de chuva ácida. As estações do ano têm sido severamente alteradas pelos testes atómicos. Advertiam-nos que devíamos cuidar do meio ambiente e ninguém fez caso. Quando a minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem descrevo o bonito que eram os bosques, lhe falo da chuva, das flores, do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a agua que quisesse, o saudável que era a gente, ela pergunta-me:
Papá! Porque se acabou a água?
Então, sinto um nó na garganta; não deixo de me sentir culpado, porque pertenço à geração que foi destruindo o meio ambiente ou simplesmente não levámos em conta tantos avisos. Agora os nossos filhos pagam um preço alto e sinceramente creio que a vida na terra já não será possível dentro de muito pouco tempo porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível. Como gostaria voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isto, quando ainda podíamos fazer algo para salvar ao nosso planeta terra !”
Documento extraído da revista biográfica 'Crónicas de los Tiempos' de Abril de 2002.
Dá que pensar…

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

NOVO MINISTRO DO AMBIENTE

Ultrapassadas que estão as eleições legislativas e depois da expectativa em torno das figuras que integrariam o XVII Governo Constitucional, eis que as dúvidas estão finalmente desfeitas. A pasta do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional fica a cargo de Francisco Nunes Correia.
Professor catedrático de Recursos Hídricos e Ambiente e foi coordenador do Projecto Polis e do Plano Nacional da Política de Ambiente. Ocupa desde o ano passado o cargo de Presidente do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e é professor catedrático no Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura do Instituto Superior Técnico, Universidade Técnica de Lisboa. Nunes Correia pertence também ao Conselho Nacional da Água, desde a sua constituição em 1994, e é coordenador europeu do Projecto Comunitário de Investigação no Domínio dos Recursos Hídricos. Este independente estreia-se assim em funções governamentais.
O presidente da Quercus, Hélder Spínola, teceu rasgados elogios a Nunes Correia referindo que tem condições para desenvolver um bom trabalho, salientando a sua qualificação técnica, em particular no que diz respeito aos recursos hídricos, que ultimamente têm estado na ordem do dia.
O dirigente da Liga da Protecção da Natureza, José Alho, referiu-se ao novo governante como sendo uma “pessoa qualificada do ponto de vista técnico e político”. O dirigente da associação ambiental destacou a importância de Nunes Correia no programa de requalificação urbana Polis, no qual tem provas dadas, uma vez que o novo ministro foi coordenador do Programa Polis para a Requalificação Urbana e Valorização Ambiental das Cidades.
Quanto a mim, o que destaco mais na escolha deste ministro é o facto de vir inverter a tendência dos três últimos anos no sector do Ambiente, onde se tem verificado a ocupação da pasta pelos chamados “outsiders”, ou seja, pessoas que não tinham formação nessa área.
Pode dizer-se que o sector do Ambiente surge assim reforçado no elenco governativo apresentado por José Sócrates, na medida em que conta com as presenças de um ex-ministro do Ambiente como Primeiro-ministro, o próprio José Sócrates, e de um ex-secretário de Estado da área do Ambiente como ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira.
Tal como alguém disse, quando se referia ao Ministro das Finanças, que a maior luta seria dentro do próprio Governo e não tanto com a oposição, considero que o mesmo se pode aplicar ao Ministro do Ambiente. Mais do que dinheiro, faz falta muita vontade política para resolver a maior parte dos problemas ambientais.
Será que isto vai mudar? O futuro o dirá!

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.portugal.gov.pt/ – Portal do Governo

ECOPONTO DOMÉSTICO

Já se encontra à venda nas grandes superfícies o novo ecoponto doméstico tripartido, fabricado pela OTTO Industrial, em parceria com a Sociedade Ponto Verde (SPV). O ecoponto dispõe de uma divisão para o plástico e o metal, outra para papel e cartão e por fim, uma divisão para o vidro, à semelhança do que sucede com os ecopontos de rua.
O produto lançado pela SPV surge como resposta à necessidade manifestada pela população de encontrar um equipamento que permitisse fazer de forma correcta e eficaz a separação dos resíduos em casa, para posterior reciclagem.
Segundo um estudo recente encomendado pela SPV à Metris/Gfk, os cidadãos afirmaram que participariam mais na separação se tivessem ao seu alcance meios para o fazer, nomeadamente ecopontos domésticos. O mesmo estudo refere que cerca de 80% dos inquiridos afirmam utilizar sacos de supermercado para proceder à separação de resíduos.
Indo ao encontro das necessidades da população, este ecoponto foi dimensionado para caber debaixo de qualquer lava-loiça, e nele podem ser utilizados os vulgares sacos de supermercado.
A venda dos novos ecopontos domésticos superou todas as expectativas, o que se percebe perfeitamente se tivermos em conta que em apenas mês e meio foram comercializadas quatro mil unidades por semana, o dobro do previsto.
Depois deste sucesso, a SPV prepara-se para abrir concurso para um Ecoponto Familiar. Este novo ecoponto destina-se a quem produz mais embalagens e que por outro lado, tem menos disponibilidade para se dirigir ao ecoponto da sua zona. Ainda de acordo com a SPV o novo modelo de ecoponto deve ter uma capacidade aproximada de 80 litros (o dobro do ecoponto doméstico), três divisórias que se distingam através das cores utilizadas no ecoponto convencional e pedal para abertura da tampa.
Para Henrique Agostinho, Director de Comunicação da SPV, este é um desafio interessante, “vamos escolher um novo modelo de ecoponto e promover a sua distribuição e divulgação. Só estamos à espera de propostas de fabricantes desta área que queiram aproveitar esta fantástica oportunidade de negócio”.
Quanto a nós, resta-nos esperar que cheguem novidades. E já sabe, se não quer correr o risco que o seu filho o obrigue, continue a reciclar!

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.pontoverde.pt/ - Sociedade Ponto Verde

O AMBIENTE NAS LEGISLATIVAS

Uma vez que nos encontramos a apenas uma semana das eleições legislativas, resolvi com o artigo de hoje fazer uma viagem em traços gerais, por aquilo que os principais partidos pretendem fazer em termos ambientais.
PPD-PSD
A nível de saneamento básico, propõem aumentar a cobertura da população para 90 %. Propõem ainda reduzir os níveis de CO2, de 141% para 127 % (tendo por base o valor de 1990).
PS
Sobre os resíduos industriais perigosos, prometem a instalação de dois CIRVER (centros de tratamento e eliminação de lixos perigosos). Para além disso, pretendem retomar o processo da co-incineração nas cimenteiras.
CDS-PP
Pretendem definir uma política das cidades com “urgência”, concretizar o programa de demolições nas áreas protegidas e concretizar o investimento para a instalação de um sistema nacional de recolha e de tratamento de resíduos industriais perigosos.
PCP-PEV
No campo dos resíduos, chama a atenção para a política de redução de resíduos urbanos e industriais, bem como a reciclagem e reutilização, com soluções racionais e integradas a nível nacional, incentivando a utilização de materiais biodegradáveis. Para além disto, apostam na reordenação das áreas metropolitanas.
BE
Defendem alternativas à incineração de resíduos perigosos, como por exemplo a valorização orgânica (compostagem e digestão anaeróbia) e a redução e reciclagem, que são mais baratas e fiáveis do que a incineração. Apostam no cumprimento dos objectivos globais do Protocolo de Quioto, para reduzir até 2012 a quantidade de emissões de CO2 para se atingir o nível de 1990.
São propostas bastante semelhantes, ficando claramente sublinhada a problemática dos resíduos perigosos, embora com soluções diferentes, e o cumprimento de Quioto. Contudo, se não houver um grande investimento no sector ambiental, todas estas promessas não passarão disso mesmo. Quanto a mim, os interesses económicos continuam a sobrepor-se aos interesses ambientais e depois, as consequências são inevitáveis…
Resta-me fazer-lhe um apelo ao voto, pois é o futuro de todos que está em causa. No fim, que vença o melhor!

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: www.sapo.pt/especial/legislativas2005/ -Dossier especial sobre as legislativas

BIOCUMBUSTÍVEIS

A procura de combustíveis alternativos, de origem renovável, tem constituído um objectivo a nível mundial, de forma mais acentuada, desde a década de 70. Este interesse deriva da crescente tomada de consciência sobre a diminuição das reservas mundiais de petróleo e das sucessivas crises petrolíferas que, de forma cíclica, vieram evidenciar a necessidade de diminuir a dependência energética dos países não produtores.
Existe hoje uma maior sensibilização da população, em geral, para a protecção do ambiente. É reconhecido que, actualmente, o sector dos transportes é responsável pela maior parte da poluição urbana. A utilização de biocombustíveis nos transportes urbanos conduz, como tem sido demonstrado nos diversos testes realizados, à diminuição das emissões para a atmosfera de CO, de hidrocarbonetos e de partículas. Além disso, a sua utilização contribui, de forma positiva, para o balanço global de CO2, responsável em grande parte pelo efeito de estufa.
Assim sendo, pode perguntar-se porque é que o uso de biocombustíveis não se encontra mais disseminado? De facto, se a produção de biocombustíveis não apresenta problemas técnicos relevantes, o custo de produção permanece ainda elevado, em comparação com os combustíveis convencionais obtidos a partir do petróleo. Como é sabido, o preço de venda ao consumidor dos combustíveis de origem fóssil é formado por uma componente correspondente aos custos de produção e outra relativa à margem de comercialização do fabricante, acrescidas do imposto especial sobre os produtos petrolíferos e, finalmente, do IVA.
O Governo aprovou finalmente em Conselho de Ministros a isenção de imposto sobre os produtos petrolíferos (ISP) para os biocombustíveis, como medida para desenvolver este combustível verde e reduzir a dependência de Portugal face ao petróleo. A directiva comunitária sobre os biocombustíveis estabelece que cada Estado-membro deve assegurar que, até 31 de Dezembro do corrente ano, toda a gasolina e gasóleo utilizados nos transportes públicos incorpore 2% de biocombustível. A isenção de ISP era um dos principais incentivos aguardados pelos agentes económicos interessados em desenvolver a fileira de biocombustíveis em Portugal. A criação desta fileira permitirá instalar fábricas de biodiesel e bioetanol e diminuir a dependência das importações de petróleo.
Tendo em conta que os preços da gasolina e do gasóleo não param de subir, temos aqui uma boa alternativa.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.oeinerge.pt/ – Agência Municipal de Energia e Ambiente de Oeiras

ÁGUA - UM DESAFIO

Se não fosse pelo frio que se faz sentir, ninguém diria que estamos em pleno Inverno. Há imenso tempo que não chove e as consequências são já bem visíveis. Os terrenos encontram-se bastante secos e as reservas das albufeiras encontram-se alguns metros abaixo do nível normal para esta altura. O risco de incêndios continua eminente, exemplo disso foi o que deflagrou recentemente na Serra da Estrela, no mínimo, impensável, se tivermos em conta que estamos em Janeiro!
Por tudo isto, é necessário pouparmos o máximo de água possível e não desperdiçar este bem precioso indispensável à vida.
Com este artigo, pretendo dar alguns conselhos úteis para reduzirmos o consumo de água:
- No banho de imersão gastamos cerca de 260 litros de água enquanto que no duche, o gasto ronda os 25 litros. Esta deve ser portanto a nossa opção.
- Enquanto escovamos os dentes, ou nos barbeamos, devemos fechar a torneira. Conseguimos assim poupar cerca de 20 litros de água.
- Na cozinha devemos evitar lavar a loiça em água corrente, utilizando para tal a bacia do lava-loiça ou um alguidar. Também não devemos lavar a loiça peça a peça, podemos juntá-la e lavá-la uma ou duas vezes por dia. Se pelo contrário optarmos pela máquina de lavar, não devemos pô-la a trabalhar sem a carga completa, uma vez que por cada lavagem se consomem 60 litros de água, aproximadamente.
- Quanto à máquina de lavar roupa, devemos seguir a mesma lógica, havendo neste caso um consumo de 150 litros por lavagem.
- No que à rega diz respeito, há plantas que necessitam de pouca água, devemos portanto evitar regá-las sem necessidade, se possível utilizando água de poços ou ribeiros ou mesmo água da lavagem de frutos ou legumes. O período de rega é também bastante importante, devendo efectuar-se de manhã cedo ou à noite. Poupamos assim água que se perderia com o calor.
Para além disto, é ainda necessário cumprir outras regras gerais:
-sempre que verificar a existência de uma fuga num cano, numa torneira ou num autoclismo, tente resolver o problema o mais rapidamente possível;
-quando houver cortes (previstos) no abastecimento de água da rede pública, armazene só a água de que vai necessitar. Se lhe sobrou água depois de normalizada a situação, não a deite fora;
Se vir uma fuga numa boca de rega ou noutro ponto da conduta avise os Serviços Municipalizados, para que possam resolver a situação.
Não se esqueça, poupe hoje para ter amanhã.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.min-agricultura.pt/ – Instituto da Água

AMBIENTE VS. AGRICULTURA

Está prestes a iniciar-se uma revolução no sector da Agricultura. Com o inicio do novo ano, os agricultores terão de cumprir novas regras sob o risco de perderem os apoios estabelecidos no âmbito da Politica Agrícola Comum (PAC). Estamos a falar em números que rondam os 168 milhões de euros por ano! O Ambiente passa a ter um papel fundamental na atribuição desses mesmos apoios; terá portanto que se inovar o sector agrícola, o que não será nada fácil, uma vez que se trata de um sector marcado por práticas tradicionais e avesso às inovações tecnológicas. Assim, a preocupação ambiental terá necessariamente que estar a par da produção.
A atribuição de apoios estará ainda limitada a outras condicionantes. Em 2005 têm de ser cumpridos oito dispositivos: directivas habitats, nitratos, aves, águas subterrâneas e espalhamento de lamas e três directivas sobre a identificação animal, patológica da carne e registo. Em 2006 surgem mais sete condicionantes e em 2007 mais três.
“O que mais vai condicionar a agricultura é o ambiente”, quem o afirma é o Presidente da Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP), Luís Mira, adiantando que “são custos acrescidos para o agricultor, pois este vai ter de usar produtos menos agressivos, por vezes mais caros e menos eficientes que se reflecte numa produção mais baixa, além de adquirir equipamentos que reduzam o consumo da água e instrumentos de medição da textura do solo, entre outros”. Apesar de tudo, o presidente da CAP acredita que a adaptação será facilmente conseguida pelos agricultores, uma vez que está em causa a recepção de apoios por parte destes. Quem não concorda com esta posição é Eugénio Sequeira, ex-presidente da Liga Para a Protecção da Natureza, não vendo capacidade, meios ou verbas suficientes para se cumprirem as directivas. Considera ainda que “a PAC poderia ser um importante instrumento de apoio ao ambiente se fosse de facto aplicada, sobretudo em Portugal onde há um maior risco de desertificação e uma maior diversidade biológica. Neste sentido, o Governo Português devia preocupar-se em obter mais verbas através do pilar do desenvolvimento rural, demonstrando que os agricultores nacionais estão a prestar um serviço ambiental (salvando espécies, construindo a paisagem, preservando o montado, produzindo água sem poluição, combatendo a desertificação)”.
A Agricultura Europeia e também a Agricultura Portuguesa atribuirão cada vez mais importância ao seu desempenho ambiental, em particular ao desempenho ligado à conservação da biodiversidade. Existe uma convergência no território entre as políticas de desenvolvimento rural, consideradas num âmbito lato em que também se inclui a politica florestal e a politica da conservação da natureza. Existe também uma convergência importante no financiamento das duas politicas. Por tudo isto faz sentido associar estes sectores (desenvolvimento rural e conservação da natureza) sob a mesma tutela politica, como aliás já fizeram outros países da U.E. como a Áustria e o Reino Unido.
Esta poderá ser a oportunidade de Portugal reconverter o sector agrícola, tradicionalmente focalizado no cultivo de cereais, corrigindo a sua especialização de acordo com as necessidades do mercado europeu e internacional.
Resta-me desejar-lhe um óptimo ano de 2005.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.min-agricultura.pt/ – Ministério da Agricultura, Pescas e Florestas