sexta-feira, julho 25, 2008

RECICLAGEM AUMENTA

Foram esta semana divulgados os dados respeitantes ao primeiro semestre de 2008, no que à recolha selectiva diz respeito. Nos primeiros seis meses deste ano, a Sociedade Ponto Verde (SPV) recolheu no total 245 mil toneladas de resíduos de embalagens (RE), mais 44 mil toneladas do que no mesmo período de 2007.
As retomas de resíduos de embalagens (RE) cresceram 22 por cento no 1º semestre de 2008 face ao período homólogo em 2007, segundo dados da SPV, a entidade que a nível nacional é responsável pela gestão das retomas deste tipo de resíduos. Materiais como o vidro e papel/cartão apresentam um crescimento total acima dos 10 por cento, mas foi nos RE de plástico que se registou o maior aumento.
De acordo com os dados veiculados pela SPV, nos primeiros seis meses de 2008 houve um aumento em termos absolutos da retoma de RE de 44.503 toneladas face a igual período de 2007. No fluxo não urbano o montante de RE retomados cresceu 37% quando no fluxo urbano (essencialmente proveniente dos ecopontos) o aumento foi de 13 %.
Numa análise da evolução das retomas por tipo de materiais, verificou-se um aumento total no plástico (fluxo urbano e não urbano) de mais 13.599 toneladas do que nos primeiros seis meses de 2007; 30 por cento no papel/cartão (mais 26.456 toneladas) e de 11 por cento no vidro (mais 7.657 toneladas).
No concelho de Portalegre também se verificou o aumento da recolha, em todas as fileiras, comparando com igual período de 2007. A recolha de papel aumentou cerca de 6 %, a recolha de plástico aumentou 13% e a recolha de vidro aumentou cerca de 7%. Refira-se que os últimos dados disponíveis dizem respeito ao mês de Maio (ver gráfico)

Para terminar informo que o Fonte Verde vai de férias, regressando novamente em Setembro. Por isso aproveito para lhe desejar umas boas férias, se for caso disso ou bom trabalho, caso já as tenha gozado. Até lá, bons banhos!

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Sitio recomendado – http://www.pontoverde.pt/

sexta-feira, julho 11, 2008

REUNIÃO DO G8


Os mais altos representantes dos oitos países mais industrializados do mundo, reuniram-se esta semana no Japão, tendo definido que até 2050 vão reduzir mais de metade das emissões de gases com efeito de estufa (GEE). Os Estados Unidos subscreveram a intenção, apesar do privilégio de traçarem as suas próprias datas e limites. Na cimeira aprovaram ainda declarações relativas à crise na energia, na alimentação, assim como às situações no Zimbabué, no Irão e na Coreia do Norte.
No ano passado em Heiligendamm (Alemanha), o G8 – Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália, Japão, Rússia – reconheceu apenas “ponderar seriamente” sobre uma redução de metade das emissões poluentes até meados do século. Agora, o Japão fez prioridade e critério de sucesso da sua presidência do G8 um acordo sobre as alterações climáticas e pela primeira vez foi estabelecido um limite temporal para as desejadas reduções.

Organizações não governamentais (ONG) e os cinco países em desenvolvimento (África do Sul, Brasil, China, índia e México) consideram que esta é uma declaração de boa vontade, mas duvidam dos efeitos concretos da decisão. O acordo “não vai impedir o caos climático”, comentou um activista da Greenpeace. Os representantes dos países emergentes, que estarão reunidos amanhã, consideraram ser mais importante traçar metas a médio prazo, em detrimento de um alcance tão longínquo.
Outro resultado da cimeira do Japão é o apoio do G8 à criação, pelo Banco Mundial, de dois fundos para lutar contra o sobreaquecimento do planeta, ao qual vão dedicar seis mil milhões de dólares (3,8 mil milhões de euros). Um desses fundos, o Fundo para a Tecnologia Limpa, pretende oferecer novos financiamentos a grande escala para investir nos países em desenvolvimento em projectos de tecnologias com baixo consumo de hidrocarbonetos, com a ideia de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa. O outro fundo, o Fundo Estratégico para o Clima, de contornos ainda vagos, visa financiar diversos programas-piloto sobre formas inovadoras de resolver o problema das alterações climáticas.
Já por várias vezes tenho escrito sobre acontecimentos relacionados com as alterações climáticas, pelo que esta reunião do G8 não poderia passar despercebida. Relativamente aos resultados da cimeira importa reter dois pontos fundamentais. Em primeiro lugar, a alteração de pensamento dos Estados Unidos, que sempre têm sido adversos a esta temática. Na minha opinião, esta alteração não é mais do que propaganda política, com o aproximar das eleições americanas.
Relativamente às reduções das emissões de GEE em 50% até 2050 parece-me no mínimo ridículo! Daqui a 42 anos já nenhum destes políticos terá a responsabilidade nas suas mãos pelo que isto não é mais do que passar a bola a quem vem a seguir. Lamentável…

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS


Sitio recomendado – http://ecosfera.publico.pt/