sábado, maio 27, 2006

O AMBIENTE NAS COMPRAS

A edição n.º 268 da revista Proteste (Abril), vem alertar os consumidores para o facto de não esquecerem o ambiente enquanto efectuam as suas compras, razão pela qual esta semana resolvi debruçar-me sobre esse assunto.
Ao contrário do que acontecia há uns anos atrás, as grandes superfícies comerciais vieram substituir o comércio tradicional, o que só veio trazer, na maior parte dos casos, fortes impactes ambientais.
Nestes espaços comerciais, existe um grande consumo de recursos, tais como água e energia. Existe ainda uma enorme produção de resíduos, nomeadamente de embalagens. Por este facto, os hipermercados deverão optar por uma correcta gestão ambiental, seleccionando produtos com menor impacto e sensibilizando os consumidores para que escolham esses mesmos produtos.
Centremo-nos agora em exemplos concretos.
A deposição de pilhas usadas é já uma preocupação da maior parte dos hipermercados, no entanto deveria dar-se mais informação aos consumidores sobre quais os benefícios para o ambiente da deposição dessas mesmas pilhas. A par das pilhas, existem também alguns locais que recebem os tinteiros e tonners das impressoras.
Quanto às arcas congeladoras, a maior parte delas são abertas, o que provoca um gasto enorme de energia, razão pela qual estas deverão ser substituídas por arcas fechadas, evitando assim o desperdício de energia.
Devem incentivar os consumidores a optarem por escolher lâmpadas economizadoras, uma vez que estas reduzem o consumo energético. As pessoas normalmente não optam por estas lâmpadas por serem mais caras, no entanto há estudos feitos que revelam que aquilo que poupamos em energia é superior aos gastos efectuados na sua aquisição. Podemos optar por estas lâmpadas apenas nos locais onde estamos com mais frequência, como por exemplo a sala de estar.
Devemos optar por produtos locais frescos e/ou da estação, ajudamos assim a diminuir a emissão de gases com efeito de estufa, uma vez que o uso de transportes é menor e nem sempre é preciso refrigerá-los. Para quem se preocupa com estas questões, pode optar por produtos de agricultura biológica, que reduzem o impacte negativo sobre o solo, a água e o ar, pois não utilizam pesticidas.
Os hipermercados deverão disponibilizar aos consumidores informações das quantidades de produtos que enviam para reciclagem, incentivando assim também esses mesmos consumidores à separação dos resíduos.
Em suma, os super e hipermercados podem influenciar consumidores, fabricantes e importadores para uma melhor gestão ambiental. Podem obrigar os fabricantes a produzir de forma mais ecológica e incentivar os consumidores a optar por esses produtos. Devem propor sistemas de redução do lixo, como sacos reutilizáveis.
Dado que normalmente as cadeias de distribuição vendem as suas próprias marcas, podem seleccionar convenientemente os produtos que desejam associar à sua marca. Estas cadeias possuem as suas próprias revistas de divulgação de informação e folhetos promocionais, o que lhes permite utilizá-las para a difusão da mensagem ambiental.
Se tirarem uma pequena fatia dos enormes lucros que todos os anos atingem e a utilizarem na melhoria do sistema de gestão ambiental, não é só ambiente que fica a ganhar, somos todos nós.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.deco.proteste.pt/ – portal do consumidor

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