sexta-feira, março 07, 2008

RECICLAGEM DE FRALDAS

Caros leitores. Antes de mais queiram aceitar desde já o meu pedido de desculpas pelas falhas que tem havido, da minha parte, na publicação Fonte Verde. A dissertação de mestrado já está entregue pelo que prometo não voltar a falhar com a publicação quinzenal deste espaço.
Esta semana falo-vos de uma noticia da Agência Lusa, sobre um estudo de viabilidade financeira, que está a ser efectuado pelo Governo, de um sistema nacional de reciclagem de fraldas descartáveis, já que toneladas destes resíduos são todos os dias depositadas em aterros, onde podem resistir 500 anos, ou queimadas em incineradoras. Os últimos estudos internacionais sobre as fraldas indicam que cada bebé usa cerca de cinco mil fraldas nos primeiros dois ou três anos, o que corresponde a cerca de uma tonelada de resíduos. A sua colocação em aterro é um problema ambiental que vários países têm evitado, recorrendo à instalação de centros de reciclagem que recolhe as fraldas e recicla o plástico e pasta de papel que as compõem.

"Em Portugal não há nenhuma unidade de reciclagem" de fraldas, lamenta Rui Brekemeier, da Quercus, porque não se faz a separação destes resíduos do restante lixo orgânico e o "ambiente é muito lesado por este tipo de produtos", afirma. "Na Holanda, por exemplo, reciclam-se as fraldas separando a parte impermeável, em plástico, da celulose, mas há sempre uma grande parte destes resíduos que não é recuperada", observa o dirigente da Quercus.
Há já uma empresa interessada no negócio, que desde há dois anos aguarda regulamentação e autorização parta instalar três unidades de reciclagem, um negócio que promoveu recentemente em Espanha. Por definir está a forma como poderão ser recolhidas as fraldas, se colocando ecopontos em locais específicos (como creches ou maternidades) ou fazendo a recolha porta-a-porta. Aura Carvalho, da Tecnoexpor, empresa que está a tentar trazer a tecnologia para Portugal, explica que as fraldas descartáveis têm um baixo valor calórico para incineração e que a sua tecnologia pode retirar por completo as fraldas descartáveis dos aterros. A tecnologia, desenvolvida pela empresa Knowaste, mas divulgada pela Tecnoexpor, desinfecta e separa todos os componentes das fraldas – a pasta de papel, o plástico – e transforma-os em produtos reciclados, como telhas, solas de sapatos ou papel de parede.

Para terminar, permitam-me que realce dois pontos: (i) quero felicitar o meu colega e amigo Tiago Gaio, por ter começado a escrever neste jornal, com um espaço sobre Energia. Para além disso felicitá-lo ainda pela organização do Workshop sobre Energias Renováveis que decorreu no NERPOR, na passada terça-feira, dia 4 de Março. Numa terra onde se fala muito da falta de participação, foi possível ver o auditório completamente cheio, com mais de 150 pessoas. (ii) quero ainda prestar uma singela homenagem aos médicos do Hospital Curry Cabral que salvaram a vida da Cláudia (uma amiga minha). Referidos nos últimos tempos na imprensa, relativamente aos elevados ordenados que auferem, pergunto-vos quanto vale uma vida? Quanto vale a vida de um amigo? Pois é, não tem preço…Cláudia, bem-vinda!
SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

1 comentário:

Anónimo disse...

ola gostava de saber sobre a reciclagem de fraldas descartaveis qual o preço por kg que pagam gostava se possivel receber uma resposta obrigado pela etenção