sexta-feira, fevereiro 27, 2009

REFINARIA EM BADAJOZ

Realizou-se no início do mês de Fevereiro uma manifestação que juntou mais de mil activistas e responsáveis de plataformas ambientais das regiões espanholas de Extremadura e Andaluzia, em Santa Olall Del Cala contra a construção da refinaria Balboa, proposta para a região de Badajoz. De acordo com o projecto de construção, a refinaria de petróleo deverá ser construída a cerca de cem quilómetros da fronteira portuguesa, uma localização que poderá ter impactes ambientais negativos não só para Espanha mas também para Portugal, segundo alertas de ambientalistas.
Do lado espanhol, Ignacio Sánchez Amor, antigo vice-presidente da Junta da Extremadura (PSOE), espera que o Governo português apoie a construção da refinaria, à semelhança do que sucedeu no passado com investimentos nacionais, como a barragem do Alqueva.

As organizações ambientalistas portuguesas – Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, Liga para a Protecção da Natureza (LPN), Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens (FAPAS) e Grupo de Estudos e Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) – que emitiram um parecer contra a instalação da refinaria, alertam para os impactos do projecto na quantidade e qualidade da água do rio Guadiana e da albufeira de Alqueva. O parecer foi enviado na passada terça-feira para a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), no último dia da consulta pública do processo de Avaliação de Impacto Ambiental do projecto em Portugal.

Os aspectos transfronteiriços mais relevantes que as ONGA (Organizações Não Governamentais de Ambiente) consideram vitais para justificar a recusa de Portugal na instalação da refinaria são:
Afectação do Rio Guadiana e Barragem de Alqueva;
Qualidade do ar, em particular agravamento da poluição por ozono no Verão;
Afectação de espécies e habitats protegidos;
Afectação das zonas costeiras incluindo o Estuário do Rio Guadiana.

Para além disso, de um modo geral, há duas localizações lógicas para as refinarias, em países não produtores de petróleo: 1 - junto à costa (porque é aí que aportam os petroleiros); 2 - junto a grandes cidades (porque é aí que se consomem os produtos petrolíferos). Esta refinaria, nem se encontra junto à costa, nem junto a grandes cidades, logo, têm de haver outras motivações. De facto, trata-se de um projecto com objectivos muito particulares: sustentar o desenvolvimento industrial do próprio grupo (cimenteira, siderurgia, centrais térmicas, petroquímica e o que mais vier a ser projectado), e alicerçar as evidentes ambições hegemónicas que o mesmo tem em relação à Estremadura espanhola e mesmo a Portugal. Não se trata de todo de um projecto de desenvolvimento regional, mas de um projecto corporativo conduzido à revelia dos interesses regionais.

A discussão promete continuar mas algo me diz que a refinaria vai mesmo avançar, apesar de haver muita coisa por explicar. Aguardemos então pela resposta do Estado Português.
SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

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2 comentários:

Anónimo disse...

Mandem os F16 bombardear essa merda dessa refinaria

Anónimo disse...

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