sexta-feira, fevereiro 01, 2008

ÍNDICE DESEMPENHO AMBIENTAL

O anúncio foi feito no Fórum Económico Mundial em Davos, Suíça. Portugal ficou em 18.º lugar no Índice de Desempenho Ambiental, derivado do trabalho feito na área do clima, poluição do ar, água, recursos naturais e qualidade ambiental, conforme noticiou o jornal Público, entre outros. Este índice foi elaborado por uma equipa das universidades de Yale e Columbia.
A lista de 149 países é liderada pela Suíça (95,5 %), logo seguida da Noruega, Suécia e Finlândia. Os últimos são o Níger (39,1%), na 149ª posição, Angola e Serra Leoa. À frente de Portugal (85,8 %) estão ainda a Costa Rica, a Áustria, Nova Zelândia, Letónia, Colômbia, França, Islândia, Canadá, Alemanha, Reino Unido, Eslovénia, Lituânia e Eslováquia. Espanha surge na 30ª posição, os Estados Unidos na 39ª e a China na 105ª.
No contexto da União Europeia, Portugal posiciona-se na 11ª posição, à frente de Países como Itália, Dinamarca, Espanha ou Holanda.
Este índice avalia o desempenho ambiental com base em 25 indicadores, distribuídos por seis categorias de políticas: saúde ambiental, poluição do ar, recursos hídricos, biodiversidade e habitat, recursos naturais e alterações climáticas. Estas categorias resumem-se a dois grandes objectivos do índice: reduzir os efeitos nefastos do Ambiente na saúde humana e promover a vitalidade dos ecossistemas e a gestão sustentável dos recursos naturais.
Os indicadores acabam por reflectir as prioridades ambientais dos governos e a concretização mundial do objectivo 7 dos Objectivos do Milénio, definidos pela ONU no ano 2000: "garantir a sustentabilidade ambiental".
Das seis categorias, Portugal tem o pior desempenho na área da biodiversidade e habitat, ficando abaixo da média. Na verdade, os piores resultados surgem no indicador de áreas marinhas protegidas e conservação efectiva da natureza (prova de que as nossas áreas protegidas estão cada vez mais desprotegidas!). Portugal posiciona-se acima da média europeia em cinco das seis categorias: qualidade ambiental, poluição do ar, água, recursos naturais e alterações climáticas. Os indicadores onde o país conseguiu os melhores resultados passam pelo saneamento básico, água potável, emissões per capita e protecção de habitats críticos.
A análise das posições sugere que “a riqueza é um factor determinante do êxito ambiental”, segundo um comunicado da universidade de Yale. “Os países com melhores resultados (...) adoptaram políticas públicas para mitigar os danos provocados pela actividade económica”. Já os “países com piores classificações, não realizaram as mudanças necessárias na saúde pública ambiental e têm fracos regimes de política pública”. “Cada país tem algo a aprender com o Índice de Desempenho Ambiental. Mesmo os países com melhores posições têm áreas nas quais o seu desempenho não é óptimo”, comentou Daniel C. Esty, director do Centro de Legislação e Política Ambiental da Universidade de Yale e professor de Legislação e Política Ambiental.
Convenhamos que o 18.º posto alcançado por Portugal é um bom resultado. No entanto e apesar de certos avanças já visíveis, nomeadamente a aposta cada vez maior em energias renováveis, há ainda muito a fazer, pelo que é possível atingir um resultado ainda melhor. Brevemente voltarei a abordar este tema, o qual também desenvolvi na dissertação de mestrado que estou a terminar.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Sitio recomendado – http://epi.yale.edu/Home

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