É já na próxima quinta-feira, dia 5 de Junho, que se comemora mais um Dia Mundial do Ambiente. No entanto, e tendo em consideração a conjuntura nacional e internacional, não será certamente um dia que justifique grandes comemorações.
A escalada dos preços dos combustíveis continua imparável, o que leva já a que alguns governantes sugiram medidas que façam frente à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Muito se tem opinado e especulado sobre esta questão, com muitos prós e contras já enunciados. Eu, como defensor das práticas ambientais, poderia dizer-vos que a solução passaria essencialmente pelo recurso às fontes de energia renováveis, mas isso seria apenas mais uma frase feita, que já todos conhecem.
A realidade é que existem demasiados interesses em torno dos combustíveis, basta ver as guerras que já ocorreram para se perceber até onde é capaz de ir o Homem para alcançar a cadeira mais alta do poder.
O sector das Pescas vê-se obrigado a parar, as grandes transportadoras vão abastecer a Espanha, assim como os moradores nas zonas transfronteiriças. As gasolineiras portuguesas, localizadas nessas mesmas zonas transfronteiriças vêem-se obrigadas a encerrar ou então a abrir do lado espanhol. Os caramelos que se vão buscar a Espanha agora são outros! Enfim, toda uma bola de neve que aumenta exponencialmente, arrastando tudo o que se lhe atravessa.
Certo é que os portugueses estão cada vez mais pobres. O Dr. Mário Soares chamou a atenção do governo para isso mesmo, num artigo de opinião no Diário de Notícias, sugerindo aos responsáveis do PS “uma reflexão profunda sobre as questões” da pobreza, das desigualdades sociais, sobre o descontentamento da classe média, descritas como as que “afligem mais” o país, bem como “as questões prioritárias com elas relacionadas”, que diz serem a saúde, a educação, o desemprego, a previdência social e o trabalho.
Por cá, recebemos esta semana a visita de Estado dos Reis da Noruega, com os quais o Sr. Presidente da República ficou estupefacto por apostarem tanto nas energias renováveis, apesar de serem uns grandes produtores de petróleo.
Destaque também para o Instituto de Engenharia Mecânica e Industrial (INAGI) da Faculdade de Engenharia do Porto que venceu, pela terceira vez consecutiva, a European Shell Eco-Marathon, realizada em França, utilizando um veículo que gastou apenas um litro de gasolina para percorrer 291 quilómetros. Notável, sem dúvida!
Lá fora, os Ministros do Ambiente dos países mais industrializados do mundo afirmaram no passado domingo a sua “vontade política” de apontar para uma redução para metade, até 2050 das emissões de gases com efeito de estufa. O anúncio dos ministros do G8, que reuniram no Japão, ficou, no entanto, aquém do objectivo mais ambicioso de reduzir as emissões até 2020. Será que a vontade política vai ser suficiente para atingir tal objectivo? Algo me diz que não…
Como podem ver, isto não está nada favorável para comemorações do Dia Mundial do Ambiente. Por isso quando nos perguntam como vai a vida, nós respondemos “Vai-se andando!”.
Para terminar gostaria de deixar os meus sentimentos à família enlutada de um homem que deu muito a Portalegre e que esta semana nos deixou após um trágico acidente. Até sempre Sousa Casimiro.
SAUDAÇÕES AMBIENTAIS
A escalada dos preços dos combustíveis continua imparável, o que leva já a que alguns governantes sugiram medidas que façam frente à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Muito se tem opinado e especulado sobre esta questão, com muitos prós e contras já enunciados. Eu, como defensor das práticas ambientais, poderia dizer-vos que a solução passaria essencialmente pelo recurso às fontes de energia renováveis, mas isso seria apenas mais uma frase feita, que já todos conhecem.
A realidade é que existem demasiados interesses em torno dos combustíveis, basta ver as guerras que já ocorreram para se perceber até onde é capaz de ir o Homem para alcançar a cadeira mais alta do poder.
O sector das Pescas vê-se obrigado a parar, as grandes transportadoras vão abastecer a Espanha, assim como os moradores nas zonas transfronteiriças. As gasolineiras portuguesas, localizadas nessas mesmas zonas transfronteiriças vêem-se obrigadas a encerrar ou então a abrir do lado espanhol. Os caramelos que se vão buscar a Espanha agora são outros! Enfim, toda uma bola de neve que aumenta exponencialmente, arrastando tudo o que se lhe atravessa.
Certo é que os portugueses estão cada vez mais pobres. O Dr. Mário Soares chamou a atenção do governo para isso mesmo, num artigo de opinião no Diário de Notícias, sugerindo aos responsáveis do PS “uma reflexão profunda sobre as questões” da pobreza, das desigualdades sociais, sobre o descontentamento da classe média, descritas como as que “afligem mais” o país, bem como “as questões prioritárias com elas relacionadas”, que diz serem a saúde, a educação, o desemprego, a previdência social e o trabalho.
Por cá, recebemos esta semana a visita de Estado dos Reis da Noruega, com os quais o Sr. Presidente da República ficou estupefacto por apostarem tanto nas energias renováveis, apesar de serem uns grandes produtores de petróleo.
Destaque também para o Instituto de Engenharia Mecânica e Industrial (INAGI) da Faculdade de Engenharia do Porto que venceu, pela terceira vez consecutiva, a European Shell Eco-Marathon, realizada em França, utilizando um veículo que gastou apenas um litro de gasolina para percorrer 291 quilómetros. Notável, sem dúvida!
Lá fora, os Ministros do Ambiente dos países mais industrializados do mundo afirmaram no passado domingo a sua “vontade política” de apontar para uma redução para metade, até 2050 das emissões de gases com efeito de estufa. O anúncio dos ministros do G8, que reuniram no Japão, ficou, no entanto, aquém do objectivo mais ambicioso de reduzir as emissões até 2020. Será que a vontade política vai ser suficiente para atingir tal objectivo? Algo me diz que não…
Como podem ver, isto não está nada favorável para comemorações do Dia Mundial do Ambiente. Por isso quando nos perguntam como vai a vida, nós respondemos “Vai-se andando!”.
Para terminar gostaria de deixar os meus sentimentos à família enlutada de um homem que deu muito a Portalegre e que esta semana nos deixou após um trágico acidente. Até sempre Sousa Casimiro.
SAUDAÇÕES AMBIENTAIS
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