quinta-feira, maio 25, 2006

BIOCUMBUSTÍVEIS

A procura de combustíveis alternativos, de origem renovável, tem constituído um objectivo a nível mundial, de forma mais acentuada, desde a década de 70. Este interesse deriva da crescente tomada de consciência sobre a diminuição das reservas mundiais de petróleo e das sucessivas crises petrolíferas que, de forma cíclica, vieram evidenciar a necessidade de diminuir a dependência energética dos países não produtores.
Existe hoje uma maior sensibilização da população, em geral, para a protecção do ambiente. É reconhecido que, actualmente, o sector dos transportes é responsável pela maior parte da poluição urbana. A utilização de biocombustíveis nos transportes urbanos conduz, como tem sido demonstrado nos diversos testes realizados, à diminuição das emissões para a atmosfera de CO, de hidrocarbonetos e de partículas. Além disso, a sua utilização contribui, de forma positiva, para o balanço global de CO2, responsável em grande parte pelo efeito de estufa.
Assim sendo, pode perguntar-se porque é que o uso de biocombustíveis não se encontra mais disseminado? De facto, se a produção de biocombustíveis não apresenta problemas técnicos relevantes, o custo de produção permanece ainda elevado, em comparação com os combustíveis convencionais obtidos a partir do petróleo. Como é sabido, o preço de venda ao consumidor dos combustíveis de origem fóssil é formado por uma componente correspondente aos custos de produção e outra relativa à margem de comercialização do fabricante, acrescidas do imposto especial sobre os produtos petrolíferos e, finalmente, do IVA.
O Governo aprovou finalmente em Conselho de Ministros a isenção de imposto sobre os produtos petrolíferos (ISP) para os biocombustíveis, como medida para desenvolver este combustível verde e reduzir a dependência de Portugal face ao petróleo. A directiva comunitária sobre os biocombustíveis estabelece que cada Estado-membro deve assegurar que, até 31 de Dezembro do corrente ano, toda a gasolina e gasóleo utilizados nos transportes públicos incorpore 2% de biocombustível. A isenção de ISP era um dos principais incentivos aguardados pelos agentes económicos interessados em desenvolver a fileira de biocombustíveis em Portugal. A criação desta fileira permitirá instalar fábricas de biodiesel e bioetanol e diminuir a dependência das importações de petróleo.
Tendo em conta que os preços da gasolina e do gasóleo não param de subir, temos aqui uma boa alternativa.

SAUDAÇÕES AMBIENTAIS

Site recomendado: http://www.oeinerge.pt/ – Agência Municipal de Energia e Ambiente de Oeiras

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