Foi no passado dia 12 de Outubro que se conheceu o Prémio Nobel da Paz 2007. Desta feita o prémio foi dividido entre o antigo vice-presidente dos Estados Unidos da América, Al Gore, e o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla inglesa).
O Comité norueguês justificou a atribuição do prémio “pelos esforços de recolha e difusão de conhecimentos sobre as mudanças climáticas provocadas pelo homem e por terem lançado os fundamentos para a adopção de medidas necessárias para a luta contra estas alterações”.
Al Gore, de 59 anos, que fez das alterações climáticas a sua imagem de marca desde que saiu da Casa Branca, venceu este ano o Óscar de Melhor Documentário pelo seu filme ambientalista "Uma Verdade Inconveniente".
Já num artigo anterior “Live Earth – O Balanço” me referi a Al Gore como alguém que estava no bom caminho, após a má imagem deixada enquanto vice-presidente dos americanos. Este prémio que agora recebe vem reconhecer todo o trabalho que tem feito nos últimos tempos, sempre com o objectivo de despertar as mentes mais distraídas para o problema das alterações climáticas.
Na véspera de receber o prémio foi noticiado que um juiz de um tribunal de última instância britânico identificou «nove erros científicos» no filme «Uma Verdade Inconveniente», pelo facto de haver situações que não estavam provadas cientificamente. O juiz Burton estava a analisar se o documentário sobre as alterações climáticas realizado por Al Gore – que sustenta a tese da acção humana como causa do aquecimento global – poderia ser exibido nas salas de aula. A sentença considerou o filme tendencioso, mas permitiu a sua exibição sob condição de que os professores apontem os excertos polémicos e apresentem os argumentos contrários às informações.
Quanto ao Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas, é um grupo científico criado pelas Nações Unidas em 1988 que tem como objectivo monitorizar as alterações climáticas e analisar o conhecimento científico sobre o assunto. Em Fevereiro deste ano, o IPCC divulgou um relatório em que confirmou a extensão do aquecimento terrestre em curso e o grau de responsabilidade humana neste fenómeno.
Conforme noticiado pelo Jornal Público, esta distinção de Al Gore e do IPCC, entre 181 candidatos, é um forte recado à comunidade internacional, a poucas semanas da conferência de Bali, entre 3 e 14 de Dezembro, que deverá traçar um roteiro para novos compromissos na redução das emissões de gases com efeito de estufa para a atmosfera até 2012, depois do fim da primeira fase do Protocolo de Quioto.
A cerimónia de entrega realiza-se em Oslo, a 10 de Dezembro, data do aniversário da morte do fundador do prémio, o filantropo sueco Alfred Nobel, que inventou a dinamite. O Prémio Nobel consiste num diploma, numa medalha de ouro e num cheque no valor de dez milhões de coroas suecas (1,08 milhões de euros).
Na passada semana, e após se terem conhecido os vencedores deste prémio, ouvi na rádio Antena3, um comentário bastante interessante relativamente a este assunto. O locutor daquela estação (do qual não me recordo o nome) referiu que gostava de ver Al Gore candidatar-se à presidência dos Estados Unidos da América, como tem sido inúmeras vezes falado, e que vencesse. Como seria o seu comportamento após a vitória? Será que continuava tão amigo do ambiente como até aqui? O que iria mudar tendo em consideração que os Estados Unidos são actualmente um dos países que mais dióxido de carbono lançam para a atmosfera e, apesar disso, ainda não ratificaram o Protocolo de Quioto? Pois é, talvez tudo mudasse. Ou talvez não… E aí o que faria o Comité que atribui o Nobel? Se calhar retirava o prémio tal como foram retiradas as medalhas, por doping, à atleta americana Marion Jones, conquistadas nos jogos olímpicos de Sydney, em 2000!
Não posso estar mais de acordo com o locutor. Como seria?
SAUDAÇÕES AMBIENTAIS
Sitio recomendado – http://nobelprize.org/ - Página oficial da Fundação Nobel
O Comité norueguês justificou a atribuição do prémio “pelos esforços de recolha e difusão de conhecimentos sobre as mudanças climáticas provocadas pelo homem e por terem lançado os fundamentos para a adopção de medidas necessárias para a luta contra estas alterações”.
Al Gore, de 59 anos, que fez das alterações climáticas a sua imagem de marca desde que saiu da Casa Branca, venceu este ano o Óscar de Melhor Documentário pelo seu filme ambientalista "Uma Verdade Inconveniente".
Já num artigo anterior “Live Earth – O Balanço” me referi a Al Gore como alguém que estava no bom caminho, após a má imagem deixada enquanto vice-presidente dos americanos. Este prémio que agora recebe vem reconhecer todo o trabalho que tem feito nos últimos tempos, sempre com o objectivo de despertar as mentes mais distraídas para o problema das alterações climáticas.
Na véspera de receber o prémio foi noticiado que um juiz de um tribunal de última instância britânico identificou «nove erros científicos» no filme «Uma Verdade Inconveniente», pelo facto de haver situações que não estavam provadas cientificamente. O juiz Burton estava a analisar se o documentário sobre as alterações climáticas realizado por Al Gore – que sustenta a tese da acção humana como causa do aquecimento global – poderia ser exibido nas salas de aula. A sentença considerou o filme tendencioso, mas permitiu a sua exibição sob condição de que os professores apontem os excertos polémicos e apresentem os argumentos contrários às informações.
Quanto ao Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas, é um grupo científico criado pelas Nações Unidas em 1988 que tem como objectivo monitorizar as alterações climáticas e analisar o conhecimento científico sobre o assunto. Em Fevereiro deste ano, o IPCC divulgou um relatório em que confirmou a extensão do aquecimento terrestre em curso e o grau de responsabilidade humana neste fenómeno.
Conforme noticiado pelo Jornal Público, esta distinção de Al Gore e do IPCC, entre 181 candidatos, é um forte recado à comunidade internacional, a poucas semanas da conferência de Bali, entre 3 e 14 de Dezembro, que deverá traçar um roteiro para novos compromissos na redução das emissões de gases com efeito de estufa para a atmosfera até 2012, depois do fim da primeira fase do Protocolo de Quioto.
A cerimónia de entrega realiza-se em Oslo, a 10 de Dezembro, data do aniversário da morte do fundador do prémio, o filantropo sueco Alfred Nobel, que inventou a dinamite. O Prémio Nobel consiste num diploma, numa medalha de ouro e num cheque no valor de dez milhões de coroas suecas (1,08 milhões de euros).
Na passada semana, e após se terem conhecido os vencedores deste prémio, ouvi na rádio Antena3, um comentário bastante interessante relativamente a este assunto. O locutor daquela estação (do qual não me recordo o nome) referiu que gostava de ver Al Gore candidatar-se à presidência dos Estados Unidos da América, como tem sido inúmeras vezes falado, e que vencesse. Como seria o seu comportamento após a vitória? Será que continuava tão amigo do ambiente como até aqui? O que iria mudar tendo em consideração que os Estados Unidos são actualmente um dos países que mais dióxido de carbono lançam para a atmosfera e, apesar disso, ainda não ratificaram o Protocolo de Quioto? Pois é, talvez tudo mudasse. Ou talvez não… E aí o que faria o Comité que atribui o Nobel? Se calhar retirava o prémio tal como foram retiradas as medalhas, por doping, à atleta americana Marion Jones, conquistadas nos jogos olímpicos de Sydney, em 2000!
Não posso estar mais de acordo com o locutor. Como seria?
SAUDAÇÕES AMBIENTAIS
Sitio recomendado – http://nobelprize.org/ - Página oficial da Fundação Nobel
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