Depois de um interregno para férias, a Fonte Verde está de volta com mais “assuntos verdes” para os habituais leitores. À semelhança de todo o Verão, o mês de Agosto foi bastante atípico, com chuva, vento, algum sol e até granizo do tamanho de ovos…
Apesar de ser um mês tipicamente calmo, em termos ambientais foi bastante agitado, conforme se pôde constatar com a acção de destruição de um campo de milho transgénico.
Mais de 100 activistas com os rostos tapados por máscaras, do “Movimento Verde Eufémia” invadiram e destruíram o campo de milho transgénico na Herdade da Lameira, em Silves, alegando querer repor a ordem ecológica.
Os organismos geneticamente modificados (OGM) são organismos manipulados geneticamente, de modo a favorecer características desejáveis pelo homem. Possuem alterações em trecho(s) do genoma realizadas através da tecnologia do DNA recombinante ou Engenharia Genética.
Apesar de não ser a favor dos OGM, não podia deixar de mostrar a minha discordância pela forma utilizada pelo movimento para se manifestar. Tal como referiu Macário Correia, presidente da Grande Área Metropolitana do Algarve (AMAL), “O direito à manifestação não significa direito à destruição e ao vandalismo”.
Refira-se que o proprietário do terreno em causa, João Menezes, agricultor de 56 anos, tinha tudo legalizado, tendo a seara sido vistoriada pela Direcção-Geral de Protecção de Culturas do Ministério da Agricultura. Por mais esta razão, os activistas deveriam mostrar a sua indignação perante o governo, por exemplo, e não perante aqueles que ganham a vida com lealdade.
O engenheiro técnico responsável pela cultura de milho, Luís Grifo, referiu que Portugal “produz milho apenas para três meses por ano”, assegurando que no resto do ano o milho é importado e 90 por cento é transgénico.
Quanto a mim o acontecimento teve apenas um aspecto positivo: alertar para o problema dos OGM. No entanto condeno veementemente a forma utilizada para veicular a mensagem.
Nesta iniciativa vi alguns ex-colegas meus da faculdade, o que me deixou um pouco triste uma vez que não me identifico com as suas atitudes. Mostraram claramente qual a diferença entre um ambientalista e um Engenheiro do Ambiente. Realço mais uma vez que sou contra os OGM. Defendo a causa ambiental, mas para tal não é necessário agredir terceiros.
Espero que esta atitude de Eco-Terrorismo não se repita porque não abona nada a favor do ambiente, pelo contrário, envergonha os defensores da causa como eu.
SAUDAÇÕES AMBIENTAIS
Apesar de ser um mês tipicamente calmo, em termos ambientais foi bastante agitado, conforme se pôde constatar com a acção de destruição de um campo de milho transgénico.
Mais de 100 activistas com os rostos tapados por máscaras, do “Movimento Verde Eufémia” invadiram e destruíram o campo de milho transgénico na Herdade da Lameira, em Silves, alegando querer repor a ordem ecológica.
Os organismos geneticamente modificados (OGM) são organismos manipulados geneticamente, de modo a favorecer características desejáveis pelo homem. Possuem alterações em trecho(s) do genoma realizadas através da tecnologia do DNA recombinante ou Engenharia Genética.
Apesar de não ser a favor dos OGM, não podia deixar de mostrar a minha discordância pela forma utilizada pelo movimento para se manifestar. Tal como referiu Macário Correia, presidente da Grande Área Metropolitana do Algarve (AMAL), “O direito à manifestação não significa direito à destruição e ao vandalismo”.
Refira-se que o proprietário do terreno em causa, João Menezes, agricultor de 56 anos, tinha tudo legalizado, tendo a seara sido vistoriada pela Direcção-Geral de Protecção de Culturas do Ministério da Agricultura. Por mais esta razão, os activistas deveriam mostrar a sua indignação perante o governo, por exemplo, e não perante aqueles que ganham a vida com lealdade.
O engenheiro técnico responsável pela cultura de milho, Luís Grifo, referiu que Portugal “produz milho apenas para três meses por ano”, assegurando que no resto do ano o milho é importado e 90 por cento é transgénico.
Quanto a mim o acontecimento teve apenas um aspecto positivo: alertar para o problema dos OGM. No entanto condeno veementemente a forma utilizada para veicular a mensagem.
Nesta iniciativa vi alguns ex-colegas meus da faculdade, o que me deixou um pouco triste uma vez que não me identifico com as suas atitudes. Mostraram claramente qual a diferença entre um ambientalista e um Engenheiro do Ambiente. Realço mais uma vez que sou contra os OGM. Defendo a causa ambiental, mas para tal não é necessário agredir terceiros.
Espero que esta atitude de Eco-Terrorismo não se repita porque não abona nada a favor do ambiente, pelo contrário, envergonha os defensores da causa como eu.
SAUDAÇÕES AMBIENTAIS
1 comentário:
Não poderia concordar mais contigo Luís.
Sempre desaprovei este tipo de atitudes! Acredito que apenas contribuem para descredibilizar aqueles que verdadeiramente trabalham nestas matérias fazendo com que a sociedade em geral encare as problemáticas ambientais como meros slogans de grupos activistas que se manifestam contra tudo mas sem propor alternativas viáveis!
Também tenho as minhas sérias dúvidas quanto à segurança alimentar dos OGM mas estando a plantação devidamente licenciada, o manifesto deveria ter sido direccionado às autoridades licenciadoras, nunca ao proprietário e muito menos violando o seu direito de propriedade. Recordo que tão válida é a opinião daqueles que se manifestam contra os OGMs, como daqueles que se manifestam a favor, já que não existem ainda testes que provem os tão receados malefícios destes alimentos.
Lutar pelo "direito ao ambiente" e neste caso à segurança alimentar sim, mas não ultrapassando os direitos dos outros!!
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